Capítulo 5

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Alguma coisa no
jeito em que ela anda...

[...] Alguma coisa em
seu jeito que me encanta

Something

The Beatles

Teo


Eu estava saindo da boate, guiando Malu à minha frente no meio da multidão. Minha mão estava firmemente posicionada logo acima da sua bunda espetacular, dividido entre a pressa de chegar até a entrada e ficar babando naquele seu rebolado. Como eu era mais alto, observava por cima da sua cabeça alguns caras virando para vê-la passar, visivelmente interessados. Aproximei-me mais e passei um braço em volta da sua cintura, e percorremos os últimos metros meio que completamente colados.

Eu não me considerava um cara ciumento, territorial ou algo desse tipo, nunca fui dado a cenas explícitas de ciúmes ou essas babaquices que uns caras pareciam apreciar, principalmente porque, verdade seja dita, eu nunca precisei exatamente ficar em torno de uma mulher reclamando sua atenção ou precisando afastar outros caras para que ela prestasse atenção em mim. Simples assim.

Agora, por exemplo, eu ia praticamente abraçado a Malu. Minha furiosa ereção praticamente grudada no seu traseiro, porque eu estava levando a mulher para foder. Por favor, nada mais normal que ir fazendo uma carranca para um imbecil ou outro que parecia querer tentar uma gracinha naquela hora.

Quando chegamos à porta da boate, graças aos deuses, eu estava com tanto tesão quanto estava lá dentro, após provar daquela boca cheia e deliciosa e sentir o corpo espetacular daquela mulher grudado ao meu. Vir praticamente esfregando o meu pau em ponto de bala na sua bunda no meio da multidão não tinha ajudado em nada a melhorar a situação.

Foda-se que ela era professora de Julia, pensei, tirando as chaves do carro do bolso da minha calça e levando-a pela mão em direção ao local onde havia estacionado. Não era como se eu fosse namorar ou ter um caso com ela, no máximo faria algo para amenizar essa atração violenta que pareceu me consumir desde que a vi. Não tinha muita coisa para ser debatido ou pensado sobre essa situação.

Como eu deixei claro dentro da boate, de forma um pouco idiota, eu tinha que admitir, era apenas uma foda. Uma noite de prazer com uma mulher linda que tinha me dado um puta tesão em um local numa sexta à noite. Quantas vezes aquilo já tinha acontecido antes? Muitas. E aquela não seria diferente.

Ela vinha estranhamente silenciosa, ao meu lado; o leve ecoar dos seus saltos apenas, enquanto me seguia para o carro. Por um momento, lá dentro, achei que Malu fosse me dar um tapa ou algo dramático assim, virar e sair, o que não seria de todo estranho, caso ela fosse uma dessas mulheres que achavam que conheciam um cara na balada e no outro dia queriam acordar com flores e um pedido de casamento. Acredite, elas existem. Eu já tive a minha cota delas e tento fugir dessa espécie como o diabo foge da cruz.

Fiquei por alguns momentos em dúvida sobre como encaixar Malu nessas categorias, ou mesmo se ela encaixava-se em alguma. Ela parecia uma mulher reservada, mas ao mesmo tempo ousada. Quando deixou claro seu desejo por mim, o meu próprio desejo foi à estratosfera, já que poucas coisas eram mais sensuais do que observar uma mulher realmente com tesão por você: era a porra de uma delícia. Eu não era o tipo de cara que curtia inocência e jogo de esconde-esconde, não tinha a menor paciência para isso. E gostei de vê-la decidida, sensual e receptiva.

De todo modo, o fato era que eu queria deixar bem claro, independente de qual categoria Malu se encaixasse, o que ela poderia esperar daquela interação: sexo. Era assim que eu sempre fazia com todas as mulheres com as quais fodia aleatoriamente. Deixava bem claro que aquilo acabava exatamente ali, o que não significava que não podíamos voltar a nós ver. Eu não tinha essa merda de uma vez e nunca mais, ou de não repetir transa, como o babaca do Ricardo, haja vista o meu "acordo de foda" de mais de dois anos com Suzana.

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