Capítulo 4

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Essa vai para todas as minhas garotas

Que estão na boate curtindo as novidades [...]

Run The World (Girls)

Beyoncé

Malu

Eu tinha morrido e estava no paraíso dos caras gostosos pra cacete, só podia ser isso. Como assim esses homens tinham simplesmente surgido aqui ao meu redor? Onde estava Stella quando precisava-se dela para comentar sobre esse fenômeno? Quer dizer, aquilo era tipo um milagre, você precisava de outra pessoa ali, vendo contigo, porque se você contasse depois, poderiam não acreditar.

Eu ainda estava sob o impacto de ter trombado, correção, de ter chocado minha bunda na virilha do pai de Julia, e de repente ele estava ali, me olhando com aquele par de olhos verde-água e aquela barba que me dava vontade de... de quê, Maria Luiza? Esquece o cara, ele provavelmente é casado e você não fica com caras casados, esqueceu?

Então, de repente, surge outro deus de cabelo preto e olhos azuis, de deixar a pessoa sem fôlego. Como assim, Brasil? Mesmo o tal Marcos sendo um gato, não havia como negar, eu tinha que dizer que o Sr. Stein, quer dizer, o Teo, era muito mais gostoso na minha humilde opinião, só para constar. E quando ele inclinou-se e falou com aquela voz grave perto do meu ouvido... eu quase derreti todinha em uma poça de gosma de tesão, no chão, à sua frente.

O gato de olhos azuis, Marcos, estava falando comigo. Concentra aqui, Malu.

— Professora, olha que interessante. Você ensina no Alpha, Maria Luiza? — ele perguntou, com um sorriso de derreter calcinhas, eu tinha certeza, bebendo algo que parecia uísque. Não derreteu a minha só porque ela já tinha sido derretida antes pelo olhar de Teo, e pelo sorriso lindo que ele deu. Mas só por isso.

Dei uma puxadinha na minha blusa, botando-a no ombro novamente. Eu estava sinceramente puta com aquela blusa. Quando eu a provei, mais cedo ao sair de casa, ela ficava lá perfeita no meu ombro, charmosa. Agora, foi só eu dançar umas três vezes com Stella, e a danada não parava mais na porra do lugar, e eu tinha que ficar puxando, discretamente. Eu esperava que ela não descesse mais e expusesse o meu sutiã. E não, isso não era sexy, era irritante.

— Não, na verdade eu não dou aulas no Alpha, mas sou professora de dança. — eu estava dizendo quando Teo puxou-me de lado pelo cotovelo, gentilmente, e meio que sentou na borda da banqueta que ficava entre mim e o tal primo dele, cruzando os braços e encarando firmemente o cara. Ele estava sendo protetor comigo, era isso?

Era ali naquela banqueta que Stella estava sentada, bêbada, antes de ir rapidamente atender o telefonema do Carlos, finalmente. Ela tinha saído para falar em um lugar mais calmo, e eu ia segui-la quando meu brinco de 50 paus caiu perto do balcão. E, minha amiga, se ele custasse 5 reais, eu ia abaixar para pegar, imagina 50 contos do jeito que as coisas estavam hoje, certo?

— Marcos, você pode me dar um instante aqui? Eu estava no meio de uma conversa. — ouvi Teo dizer educadamente, e escondi um sorriso, aproveitando para ajustar a blusa e o cabelo no ombro, procurar Stella com os olhos no meio daquele povo todo. Não devia tê-la deixado ir sozinha, pensei, preocupada, mas então avistei o indício do seu coque meio desmanchado vindo na nossa direção, e respirei aliviada.

Nesse momento, outro cara vinha se aproximando. E, meu Deus misericordioso... o que era aquilo, definitivamente, uma avalanche de deuses? Este era alto, tão alto quanto Teo, ou mais até. Seu corpo era longo e musculoso, o cabelo preto mais comprido, ondulado e uma barba cerrada.

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