Tudo que eu queria era ser independente, e mudar de país foi o primeiro passo, eu queria realizar meus sonhos, construir meu mundo.
Era tudo calmaria, até aquele furação em forma de homem invadir minha vida.
Ele era o doce convite par o inferno e eu...
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Mesmo em meu dia de folga, o dia costuma começar cedo , levantei tomei um banho coloquei uma calça e uma blusa de mangas, peguei minha toca e fui pra cozinha fazer meu café, terminando de comer peguei meu violão e fui para La Fiore.
— Bom dia Lavínia...
Disse Luke, que já estava a minha espera à porta.
— Bom dia sumido, até que fim resolveu aparecer!
Ele sorri.
— Estava muito ocupado, e bom eu precisava de um tempo...
Pego sua mão, seu bem do que ele fala; Giovana.
— Bom vamos, que a Giulia tá louca a sua espera...
Entro com Luke no pequeno estúdio, dando de cara com Giulia, que logo me monopoliza. Ela adorava me tratar como sua modelo para qualquer que fosse as idéias dela.
— Trouxe um vestido maravilhoso pra você, vai ficar perfeito!
Anuncia ela me medindo por inteira.
— E os sapatos, são uns sonhos....
Vejo os olhos dela brilhar, a abraço em agradecimento. Giulia trabalha como Hostes no La Fiore e desde que me conheceu, ela se disponibilizou a me ajudar com as roupas para as noites de apresentações. Peguei meu violão e começamos a repassar as músicas do repertório, escolhemos algumas da Alicia Keys, e arrisquei a cantar uma em italiano, e depois de algumas horas encerramos o ensaio.
...
Voltei para casa depois de almoçar com Luke, ele me contou sobre sua conversa com Giovana que resolveram que agora estão em um relacionamento aberto, não muito diferente do que já tinham. Fico feliz por eles, apesar de achar isso de relacionamento aberto uma besteira ainda maior, como aguentar isso de imaginar a pessoa que você gosta, está com outras pessoas e ainda achar isso normal?
Bom essa a minha opinião, mas se para eles funciona desta maneira, que seja, eu só espero que parem de entrar em guerra por qualquer coisa e sejam felizes com suas escolhas.
...
Cheguei em casa um pouco antes das quatro horas, eu estava um pouco nervosa com essa saída com Gian, está com a família dele, e até mesmo com ele. Principalmente depois das mil caraminholas que Giovanna fez questão de por em minha cabeça.
Tomei um banho, já estava na hora de me arrumar para ir, escolhi um vestido azul com mangas, bem solto, soltei os cabelos, fiz uma maquiagem leve só para não chegar de cara limpa.
Alguns minutos depois Gian me liga, avisando que já esta a minha espera, peguei minha pequena bolsa, pus o celular dentro e sair, ele já estava lá, muito bonito por sinal, nunca tinha visto ele sem aquele terno, agora ele vestia uma camisa polo branca marcando todos os músculos definidos dele e um jeans preto, não dava pra negar ele estava lindo.
— Voce está linda!
Ele disse assim que parei na sua frente.
— Obrigado...
— Não por isso.
Logo ele abre a porta do carro.
Confesso que eu estava com receio de fica a sós com ele, fica desconfortável por minha mente barulhenta, mas ele não deixou nada aparente, ou tentou me constranger com algo, pelo contrário, foi gentil e me fez sentir a vontade.
A comemoração foi linda, a família dele é bem unida e me recebeu gentilmente, e por alguns instantes me lembrei da minha, sua mãe e suas irmãs me recebem muito bem e me deixaram super a vontade em sua casa. Eram pessoas simples, e dava para perceber o elo de amor entre eles.
A pessoas da família estavam entretidas em uma conversa alegre regada a risadas, e disfarçadamente eu observava Gian me olhando, e mesmo quando estava perto de mim ele agora estava a me encarar diferente e dava pra ver que ele estava nervoso e acabei por perguntar qual era o problema.
E e foi ai que tudo aconteceu rápido de mais. Senti os lábios dele encostarem nos meus, não foi um beijo molhado ele ficou lá parado com os olhos fechados. Suas mãos segurando meu rosto, seu perfume a minha volta, era o cenário perfeito, mas eu lembrei exatamente de quem estava beijando, éramos amigos, nada mais que isso.
Fiquei imóvel até ele separar seu rosto do meu.
— Desculpa, mas eu precisava fazer isso...
Eu quis falar mas ele pôs o indicador em meu lábios me impedindo.
— Eu gosto de você pequena, desde a primeira vez que a vi, no dia da sua primeira entrevista, e eu precisava que você soubesse disso, não para pressionar você, eu só preciso que saiba que eu estarei aqui pra voce, e não precisa falar nada, não agora...
Levei alguns minutos pra me situar, e tentar assimilar o que tinha acabado de acontecer.
— Gian e-eu nem sei o que falar, eu só não esperava... isso...
Ele vem e me abraça.
—Tudo bem Lavínia, tudo bem...
Ele disse.
— Posso esperar até você saber o que dizer, e te prometo, não vou perder você de vista...
Na volta pra casa não tocamos no assunto, eu ainda estava aturdida pela declaração, e pelo resto da noite eu procurei não pensar no que houve. As perguntas rondavam minha mente, eu deveria dar uma chance a ele, seria sábio arriscar substituir uma amizade por algo a mais?
Droga...
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