As teorias - One Shot

Camren is real !

Como eu queria que acontecesse de verdade ...
Tenham uma boa leitura!

- Eu te amo, eu te amo. - sorria enquanto acenava para os fãs que estavam envolta da van.

Brasil novamente, estava ansiosa para que a minha turnê chegasse logo na América do Sul.

Parece que esse amor aumentou, talvez por estar em carreira solo, apesar que não havia explicação para tamanho carinho. Está no olhar, na voz que grita I love you em meio às lágrimas de alegria e emoção, na multidão que está sempre onde estamos. Esse sentimento que me acolhe e que me torna meia brasileira.

O sinal abriu e infelizmente tive que me despedir dos meus Camilizers.

Meu olhar se manteve no caminho, os grandes prédios e os grafites espalhados pelos muros das calçadas me distraiam. São Paulo é uma cidade encantadora, foi bom ter saído para conhece - lá um pouco melhor.

De repente, uma salva de palmas e uma gritaria começou. Arrumei minha postura e olhei ao redor.

- O que está acontecendo? - perguntei.

- Never be the same é a música mais pedida nas rádios Brasileiras e está tocando agora. - um dos homens de minha equipe respondeu.

- Isso é incrível. - disse sorrindo. - aumente por favor.

Inclinei minha cabeça para trás no banco e deixei que a música me desse uma nova distração.

Just like nicotine, heroin, morphine
Suddenly, I'm a fiend and you're all I need, all I need
Yeah, you're all I need.

Cantarolava mentalmente.

It's you, babe
And I'm a sucker for the way that you move, babe.

Essa parte me faz lembrar de alguém, em Lauren para ser franca. Porque eu ainda penso nela? Não me refiro só dos momentos no palco mas de tudo, da história, de todas as coisas que passamos. Ainda estamos ligadas de alguma maneira?

É tão estranho, mas viajo nas lembranças, naquelas que ouve olhares, aqueles que não sabíamos disfarçar ou os que simplesmente se cruzavam, nas danças sem coordenação que fazíamos durante o show, nas provocações, nas mãos inquietas que sem querer eram tocadas, as publicações nas redes socias que mesmo não sendo para ela ou para mim acabaram se tornando. Continuo me perguntando, porque isso ainda preenche uma parte de mim?

Talvez porque nunca teve um final, não o nosso. Sempre presas na imagem que devíamos passar, nas palavras que tínhamos que dizer, no caminho que tínhamos que seguir. Sufocadas nas aparências e nas manipulações, jamais poderíamos mostrar o que era real. Mas será que já é tarde demais?

Minha mente teve um sobressalto me dando uma idéia.

Pelo retrovisor, olhei para o motorista, ele olhou - me de volta como se lesse pensamentos. Acho que ele sabe o que quero.

- Quer ir em outro lugar Camila? - perguntou sorridente.

- Sim, vá para o Z festival por favor. - sorri.

[...]

Z festival, São Paulo.

Fifth Harmony, Fifth Harmony, Fifth Harmony, Fifth Harmony!

Os fãs gritavam com toda sua força, o show e a turnê estava se encerrando. As vezes isso apertava meu coração, eu via um mar de rostos que não queria que isso acontecesse, eu entendo, até porque para eles é mais difícil nos ter aqui. Bom, por mim eu ficava no Brasil por mais uns quatro meses.

Terminamos de cantar a última música do nosso repertório, Normani, Dinah e eu éramos ovacionadas enquanto agradeciamos por São Paulo ter nos recebido. Faltava a Ally, onde a baixinha foi parar?

- Esperem ainda não acabou! - Falando nela, como assim não acabou? Olhei para as meninas e elas também estavam sem entender nada. - Quero encerrar esse show com uma música que gosto muito, minha favorita do álbum 7/27. Vocês querem?

A multidão gritou em aprovação, o que a Ally estava aprontando? As meninas e eu continuávamos nos olhando de forma confusa.

- Para vocês, Dope!

Os Harmonizers foram a loucura.

Ela só podia está brincando, de todas as músicas que poderíamos cantar tinha que ser essa, logo essa!

Estava paralisada, a banda já estava começando a tocar e tudo o que conseguia fazer era encarar os fãs que esperavam que eu cantasse. Dope tem um grande significado para mim, por isso essa minha reação.

Lauren, Lauren, Lauren, Lauren!

Era incentivada, porém, minha voz não saia.

De repente, o silêncio se fez. As pessoas estavam com expressão de surpresa ao olhar para o palco. Em seguida, os músicos voltaram a tocar.

New Jersey tongue, not saying too much
I'm feeling your attitude
That East Coasting, babe, is driving me crazy . . .

Aquela voz doce invadiu meus ouvidos, senti um arrepio e instantaneamente fechei meus olhos. Eu só poderia estar sonhando, não teria outra explicação.

CAMILAAAAA!

Não, não era um sonho mas também não poderia acreditar que era real, Camila estava ao meu lado cantando enquanto as meninas a abraçava pelo ombro. Até Ally estava surpresa, pensei que era um plano dela.

Depois do meu choque, nem percebi que estava admirando Camila. Ela estava linda como só ela pode ser, com um macacão branco rasgado em uma das coxas e um top cropped vermelho. Cabelo divinamente ondulado e sua franja um pouco eriçada, seus lábios pintados pelo batom claro, maquiagem ressaltando seus traços, sorriso que franzia o nariz. Perfeita.

Despertei do meu transe quando percebi que ela estava se aproximando de mim, Camila abaixou seu microfone, inclinou seu corpo para frente e sorriu, parando sua boca em meu ouvido. Estava estática.

- Segure minha mão e cante para mim como deveria ter acontecido. - sussurrou.

Fiz um sinal para que a banda parasse de tocar, respirei fundo, olhei para Camila com um sorriso, segurei em sua mão e ergui o microfone.

I don't know what else to say, but you're pretty fucking dope
Just so you know
I've been thinking 'bout ways that I wanna hold you close
Just so you know
I don't know what else to say, but you're pretty fucking dope
Oh, just so you know
I don't know how else to say it, but you're pretty fucking dope.

O nosso público foi ao ápice do delírio, eu iria atingir o meu.

Sem perder a conexão do olhar de Camila sobre o meu, a puxei pela cintura e a beijei.

A gritaria foi total, mas não me importei. Fiz o que era para ser feito a muito tempo, o que sempre tive vontade. E fico muito feliz por Camila ter me correspondido, ter se entregado.

Nossos lábios se movimentavam sem pressa, de forma calma e longa, nossas línguas se acariciavam aproveitando - se ao máximo do contato. Suas mãos envolta da minha nuca faziam uma carícia gostosa e as minhas que estavam em sua cintura mantinham nossos corpos grudados. Assim os queria para sempre.

O beijo foi terminando com selinhos por mim, sorrimos uma para outra e abraçadas olhamos para as milhares de pessoas que nos observava.

CAMREN IS REAL!!!!!!!!!!

Eles gritaram nos fazendo rir, Ally, Normani e Dinah gritaram Camren is real de volta para eles.

- É isso mesmo? - Camila colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e acariciou meu rosto.

- Sim, - abri o mais largo sorriso para ela. - Camren is real.

E novamente a beijei, nos libertamos. Não existe mais mentiras, nada a esconder. Era o fim e apenas o começo da nossa história.

Então é isso, espero que tenham gostado e até a próxima! ;-) Beijos!