CAPITULO 8

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Os dias se passaram e mais uma vez eu era esnobada. Mais uma vez Mateus me fez de boba, me humilhou, me deixou no chão. Eu estava me sujeitando a ser uma marionete dele. Uma boneca na estante, que quando ele quisesse, ele poderia pegar para brincar.

Com isso, resolvi viver a minha vida, já que ele estava vivendo a vida dele com outra pessoa. Baixei o Tinder e conheci vários homens virtualmente, mas nenhum pessoalmente. Porém, um me chamou atenção. Insistia tanto para nos encontrarmos, só que eu, desempregada, não queria ir ao encontro. Pode parecer mentira, mas homem tem medo de mulher independente, mas no fundo, eles gostam.

Neste meio tempo descobri que Gisele estava grávida, então era mais um motivo para eu Mateus saísse da minha vida. Então resolvi encontrar João. Mesmo sem um centavo no bolso, resolvi dar chance ao amor. Até quando eu ficaria sofrendo sozinha dentro do quarto? Eu tinha que viver, dar as caras e abrir o meu coração para o novo.

Lembro-me que no dia que marcamos, era aniversário do meu pai, e eu iria fazer um bolo para ele, então marcamos para o dia seguinte, dia 4 de agosto. Ele chegou com um carro particular até a porta da minha casa. Eu tremia tanto, porque aquele homem era muito bonito, sabe?

Entrei dentro do carro, ele ao meu lado, começou a me mandar mensagens pelo whatsapp. Eu somente olhava de rabo de olho e ria, pois estava muito tímida, na verdade, eu sou tímida. Odeio primeiro encontro. Gosto quando as coisas acontecem naturalmente.

O motorista nos deixou em frente a uma churrascaria. Desci do carro e me aproximei dele.

Nos beijamos.

Entramos na churrascaria para almoçar, eu pouco comia, estava com vergonha e com a barriga roncando. Resolvemos ir para outro restaurante. Pedi uma porção de batata frita e uma torre de dois metros de chopp.

Bebemos três torres.

Saímos alcoolizados, pegamos um táxi e fomos parar no Motel. Aliás, o Motel mais lindo e caro do bairro.

Ficamos durante 4 horas, e me senti uma mulher muito amada. Estava carente e João supriu todas as minhas carências naquele momento.

Saímos do Motel e João me levou até a sua casa. Antes ele ligou para sua mãe, pra avisar que estava levando a sua namorada. Sim, pode parecer estranho, mas resolvemos namorar de imediato. Creio que eu não tenha sido a única carente, ele também estava carente.

Liguei pra minha mãe para avisar, e assim que cheguei à casa dele, fui muito bem tratada pela mãe dele, minha nova sogra.

No dia seguinte ele me trouxe em casa e um sorriso estampava o meu rosto. 

Helena - Entre a vida e a morte. Baseado em fatos reais.Onde histórias criam vida. Descubra agora