Eles

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Sometimes I think I'm not that strong, but there's a force that carries me on. Sick of my small heart, made of steel. Sick of the wounds that never heal. (Às vezes eu acho que não sou assim tão forte, mas há uma força que me motiva. Cansada do meu pequeno coração, feito de aço. Cansada das feridas que nunca se cicatrizam.) — Dylan canta.

     A letra da música da Marina And The Diamonds saia da boca de Dylan de um modo sereno e triste. Trancado em seu quarto, aumentando a voz nos momentos certo, pondo toda sua energia na música, como se tivesse purificando sua alma.

Yeah, I've been dancing with the devil. I love that he pretends to care, if I'll ever get to heaven, when a million dollars gets you there. Oh, all the time that I have wasted, chasing rabbits down a hole, when I was born to be the tortoise
I was born to walk alone. Forget about it. Forget about it. (Sim, eu estive dançando com o Diabo. Adoro como ele finge se importar e se eu alguma vez for ao paraíso. Quando um milhão de dólares te levarem lá. Oh, todo o tempo que eu desperdicei perseguindo coisas sem importância. Quando na verdade eu nasci para ser uma tartaruga, nasci para caminhar sozinho. Esqueça isso. Esqueça isso.) — Ele canta suavemente. — FORGET ABOUT IT. (ESQUEÇA ISSO)

    Ouve-se batidas fortes na porta, Dylan termina sua canção para em seguida abrir a porta. Ele engole seco, sorri de leve e sua face fica neutra, sem demonstrar sentimento algum. Sua mãe o encara, segurava um cigarro em uma das suas mãos e com a outra ela dá um tapa em seu rosto.

— Por que você não cala a sua boca? Para com essas coisas de gay e você não canta bem. — Ela diz a ele.

— Por que você não sai do meu quarto? — Ele diz.

— Porque a casa é minha, se alguém deve sair daqui, essa pessoa não sou eu. Venha jantar que já está pronto. — Ela diz sorridente e sai.

     Ouve-se a porta bater, algumas lágrimas escorrem pela a bochecha de Dylan, se encolhe na cama e dorme até chorar.
    A mulher põe sobre a mesa a panela de arroz, senta em seu lugar, serve seu marido e depois se serve Charlie por sua vez, mexia em seu celular, até a mulher pegar o celular e sorrir para ele.

— Meu filho, coma. A hora de jantar não é hora de mexer no celular. — Ela diz.

— Não estou com fome. — Charlie diz.

— Na minha época, se eu fizesse isso, eu levaria uma grande surra. Mas na época em que estamos, se encostar um dedo na criança, já dá cadeia. — O pai de Charlie diz.

    Seu pai, o renomado Sr. Mellot, conhecido por todos como um ótimo doutor, sendo diretor chefe de um hospital conhecido de New York. Tinha apenas um filho, que era o Charlie. Charlie por sua vez, seguia os passos do seu pai, ou melhor, tentava seguir os passos do seu pai. Sempre tentando agradar os seus pai, uma tarefa impossível.

— Eu tenho que voltar ao trabalho, tenho alguns problemas para resolver na empresa se imediato. — Sr. Mallet diz.

— Precisa de algo querido? — Ela diz.

— Não, obrigado. Eu vou indo, te amo. — Ele diz dando um beijo em sua testa.

— Bom trabalho. — Ela diz.

— Agora pode devolver meu celular. — Charlie diz sussurrando.

— Você sabe que o seu pai não gosta que fique mexendo no celular nas horas de refeição! E você insiste em fazer isso na frente dele, deveria não entregar. — Ela diz.

— Ah, por favor mãe. — Ele diz.

— Me dê um motivo para entregar o celular? — Ela diz.

O Garoto 2: A Universidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora