Capítulo Diez - Finalmente es real [+18]

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Capítulo com indicação [+18]

Te vejo e me desmonto e me quebro em mil pedacinhos, como se eu fosse a coisa mais frágil do universo perto de você. Te vejo e percebo como você me tem fácil demais e como sou vulnerável quando você está. Mas você me abraça e eu me sinto no lugar mais seguro do planeta, instantaneamente. E todos os meus pedacinhos que antes estavam dispersos pelo universo se juntam, se encaixam, se completam, acham o seu lugar no mundo. E eu acho o meu lugar no mundo.
- Iolanda Valentim.
 


Eu me controlei para sorrir bastante sabem, mas mesmo assim aquele sorriso de “eu consegui” apareceu no meu rosto, enquanto eu sentia Ramos acariciar mais meu cabelo. Fechei meus olhos, puxando ele para mim, e finalmente, depois de tanto tempo, eu beijei os seus lábios com força, mostrando a ele que os mesmos eram somente meus. Agarrei seu pescoço, o fazendo aproximar o seu corpo do meu, e senti ele tremer nas minhas mãos.

- Estás bem? – falei entre o beijo, partindo o mesmo e o encarando. Ramos ainda tremia bastante.

- Eu. – ele engoliu um pouco, baixando depois o olhar. – Eu estou.

- De certeza? – acariciei seu queixo, puxando o mesmo para cima.

- Eu estou só com medo. – ele me encarou e eu sorri. – Medo de não saber o que fazer, medo de estragar tudo.

Me aproximei novamente dos seus lábios, beijando-os novamente.

- Nunca irás estragar nada, mi amor.

Peguei sua cintura, voltando a colar nossos corpos, e me levantei daquele banquinho, prensando Ramos na bancada da cozinha. Beijei seu pescoço, ouvindo alguns gemidos saírem da sua boca, mesmo que espaçados. Eu sabia que ele estava com receio, medo de algo. Talvez de que eu o machucasse, por mais que isso nunca fosse a minha intenção. Peguei a sua mão, separando nossos corpos, e impulsionei o meu, até a porta.

- Vamos lá para cima?

Ramos assentiu, se levantando e apertando mais a minha mão. Subi as poucas escadas, o dirigindo pelo corredor. A chuva caia forte lá fora, com direitos a relâmpagos e trovoes. Abri a porta do meu quarto, deixando ele entrar. Respirei fundo, e senti ele fazer o mesmo.

- Isto. – sua voz quebrou o silencio. – Será certo?

O olhei, aproximando mais uma vez nossos corpos.

- Achas errado Ramos? E porque é errado? É amor na mesma, é paixão. É a necessidade de eu ter você. E isso, isso nunca será errado.

Ele riu sem jeito, e eu aproveitei mais uma vez para beijar os seus lábios, com alguma urgência. Eles sabiam tão bem.

Me muero por suplicarte que no te vayas, mi vida
Me muero por escucharte decir las cosas que nunca digas
Más me callo y te marchas
Mantengo la esperanza
De ser capaz algún día
De no esconder las heridas
Que me duelen al pensar que te voy queriendo cada día un poco más
¿Cuanto tiempo vamos a esperar?

Mi Guardian [SerIker] √Onde histórias criam vida. Descubra agora