Dia 1

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Quando a chave rodou e som estalou pela casa todos sabíamos que os novos moradores estavam aí. A verdade, é que o soubemos mal eles cruzaram os portões. Lá fora, estava uma manhã ensolarada de Primavera, e quando o carro familiar desportivo parou na entrada da mansão. Eu, eu não podia deixar de me sentir excitada já passavam alguns meses desde a última família, os Spencers, coitados saíram tão apavorados que deixaram tudo para trás, a verdade é que não podíamos deixar de estar preocupados. A regularidade destas coisas era importante para conseguir providências, como álcool, tabaco, roupas e coisas gerais. Bom, quando a porta se abriu revelou quatro pessoas, o Sr.Styles, a Sra.Styles e os filhos Styles.

- Oh! Isto é tão maravilhoso!! - A mais nova exclamou. Loira, de faces rosadas e olhos claros, e cheia de entusiasmo falava enquanto que os seus olhos curiosos corriam todos os cantos. - Isto é ótimo papá!  Posso escolher o meu quarto, posso? Posso?

- Gema, parece que tens cinco anos! - O rapaz, falou. Ele ao contrário da irmã, tinha pouco entusiasmo. O seu comentário causou um ar amuado em Gema, e ele logo a puxou para um abraço acalorado. Irmãos! - Vá, sabes que consegues tudo com esse ar de carneiro mal morto.

Ela riu, e bateu no seu peito saindo a correr escada cima. Passando por mim como uma doce brisa de Primavera, e recordando-me do que é estar vivo. - Anda, vai lá escolher o teu também. - Sr.Styles falou para o rapaz, ele não respondeu, nem tão pouco foi amigável com o pai. Simplesmente, subiu cada degrau pesadamente, cruzando o seu olhar com o meu quando passou por mim. Era estranho, mas era coincidência, apenas coincidência. Eu, não estava visível, e coisa que aprendi com o tempo, é que o melhor que um fantasma pode fazer é deixar um humano em paz.

Tate. Floresceu de novo na minha mente, como uma rosa em plena Primavera. Eu sabia que assim como eu, ele também estava ali, mas assim como eu, ele não se deixava ver. - Quanto tempo mais Violet? - A sua voz estalou na minha mente, lembrando-me o fardo de querer muito algo. Um fantasma, morto vivo, espírito, qual a definição que queiram encontrar, tem o dom de comunicar com o pensamento. E mesmo quando estamos invisíveis, se desejar-mos muito algo. Conseguimos comunicar, suspirei. Afastei o pensamento e fechei a minha mente, se havia algo em que eu realmente sou boa, é em ignorar alguém. Uma vez estive vinte dias sem falar com a minha mãe, bom a verdade é que estive morta por três semanas sem que ninguém percebesse, então se calhar não é grande exemplo.

Segui, curiosa por saber qual a habitação que Gema escolheu, surpreendente, escolheu a dos bebés. Possivelmente, a habitação menos assombrada. Já o rapaz, o rapaz escolheu o meu quarto, digo meu porque fui a última proprietária, mas era o de Tate também. Tate. Entrei para o encontrar deitado na cama com os fones nos ouvidos, ouvia algo o suficientemente alto para eu ouvir também. Os seus olhos estavam fechados e as suas mãos estavam sobre o peito batucando como se tocasse um instrumento imaginário. Aproximei-me mais, o jeito com que os raios de sol entravam pela janela fazia com as ondas do seu cabelo espelhassem pequenos traços castanho claro, a sua pele era clara como a de Gema, até, delicada para ser um homem, os seus dedos era longos e estavam adornados por dois anéis grossos, tinha também algumas pulseiras de couro no pulso direito e estava vestido de forma pouco usual. Era era estranho, esquesito mas em certa forma: interessante. Algo nele, me lembrava Tate, talvez a sua solidão, mas este rapaz, ele transmitia uma calma, ou até uma segurança. Os seus olhos abriram-se, e logo ele estava a olhar para mim.

Uma vez mais, olhava directamente e só para mim. Retirou os fones e desligou o ipod. - O que queres? - Grave, rouca e severa foi assim que ouvi a sua voz. Senti-me tremer, um reflexo estúpido, por parte de quem é invisível. Sentia que havia sido apanhada. - O que queres? - Repetiu uma vez mais. Então olhei para trás, mas lá não havia ninguém. Voltei o olhar para ele, e agora ele estava junto de mim. - O que queres? - Perguntou novamente, mas desta vez num tom mais calmo.

- Eu... - Gaguejei. Merda!  Estaria tão distraída que me deixei materializar?  - Eu, quero dizer. Desculpa.  Eu sou a Violet. - Estendi a mão,  em forma de cumprimento, ele apertou atenciosamente e o seu ar sério desapareceu revelando um meio sorriso.

- Violet, eu sou o Harry. - Respondeu. - Tens a mão gelada, és sempre assim fria? - Riu, voltando para a cama e sentando-se sobre ela.

- Sabes como é Harry, mãos frias coração quente. - Ele riu, aparentemente um Harry normal ria que se fartava. O que Harry não sabia é que eu já não tinha coração, e sem saber muito bem porquê, os planos alteraram-se e de um momento para o outro Harry seria a minha arma. A arma contra Tate, a minha forma de o atingir. Mesmo...

Mesmo que isso roubasse a vida de Harry Styles.


Bom, já perceberam que vamos ter personagens novos, isto é apenas inspirado em AHS, por isso vou misturar personagens e celebridades. Eu amo o Tate e amo Harry por isso os dois dão uma bela caldeirada 😏 Então. Se estás a gostar, vota e comenta 😄

Me after himOnde histórias criam vida. Descubra agora