A sua mão agarrava o meu braço fortemente a sua aura negra sugava-me com força, eu queria gritar mas estava petrificada, era a primeira vez que eu sentia ao poder de Tate. Foi tudo tão rápido, logo bati contra a parede fria e húmida da cave. Os seus olhos estavam furiosos, neles um fogo dançava enquanto a raiva transparecia até mim. Três anos. Eram três anos sem olhar para ele, sem o sentir, e num ápice, num momento tudo estava de volta.
Um turbilhão de sentimentos aflorava na minha pele, sentimentos suprimidos,sentimentos que lutei para guardar em meu coração frio e trancar de uma vez por todas. Mas o seu aroma estava em mim, ele estava próximo o suficiente para eu sentir o ar frio da sua respiração, as suas mãos estavam de par em par sobre a parede rugosa aprisionando-me para que não conseguisse escapar, eu podia sentir tudo de voltar, mas amplificado cem vezes. Eu queria abraçá-lo, beijá-lo e dizer que o amo. Mas eu não podia, não depois de tudo. Eu não conseguia perdoar Tate, então eu sabia o que tinha de fazer.
Fechei os olhos sabendo que tinha que o mandar embora, mas então, os seus lábios estavam sobre os meus num beijo saudoso e necessitado. Ele ofegava por mim, ele precisava de mim. Inicialmente, foi um jogo de lábios, como quando damos um primeiro beijo, mas logo, a sua língua dançava com a minha, uma dança frenética e erótica deixei escapar um gemido.
Levei as mãos ao seu cabelo quando num gesto rápido me pegou ao colo, as minhas pernas encaixaram-se no seu quadril, senti a sua erecção contra a minha virilha e ele gemeu na minha boca quando lhe puxei o cabelo. Contorci-me mais aproximando-me mais, queria mais e... Deus! Tinha saudades dele, muitas saudades.
- Tate... Oh Tate! - Os seus lábios correram pelo meu pescoço causando arrepios doces, as suas mãos alcançaram a bainha da minha camisola deixando-a cair. Beijou o vale entre os meus seios enquanto a sua mão pressionava por cima do soutien. Senti-me cair, saltitei assim que embati sobre o colchão velho da marquesa que hospital, estava perdida no meio de todo o erotismo.
- Oh Violet - Os jeans desgastados foram arrastados pelas minhas pernas deixando-me quase exposta, senti-me tremer quando a minha cueca foi retirada. Tate completamente desesperado baixou as calças e entrou dentro de mim, era tão intenso, mais intenso do que me lembrava. Gemi alto. - Faz tanto tempo... - Falou roucamente enquanto entrava e saia dentro de mim.
Agarrei os seus ombros e puxei-o mais para mim, queria senti-lo por completo. A sensação maravilhosa do pré orgasmo fez o seu caminho e o calor centrou-se no meu clitóris. Os seus lábios estavam novamente sobre os meus, beijando com calma enquanto que as suas estocadas eram curtas e severas.
- Então... - gemeu entre cortado - querias aquele idiota hum?! - Os seus olhos estavam nos meus e a raiva possuía-o num sexo árduo e bruto. Os nervos acumulados de todos aqueles três anos ameaçaram sair, apenas pela menção de Harry. Gritei involuntariamente quando o orgasmo intenso atravessou o meu corpo, Tate tinha a sua mão no meu pescoço quando apertou um pouco, senti-me sufocar, neguei com a cabeça respondendo meio que à sua pergunta inusitada. A intensidade estava cada vez maior, conforme ele apertava a minha respiração se tornava mais difícil. - Vou-te foder até tirar a merda toda para fora de ti. Vais lembrar-te sempre de mim, mesmo depois de tudo... - Gemeu contornando
O medo podia ter feito o seu caminho, mas não isso só me excitou mais e quando percebi ambos nos desfizemos ao mesmo tempo. O seu rosto estava no meu peito, respiravamos com dificuldade, as suas mãos apoiavam as minhas pernas e quando por fim Tate se retirou de dentro de mim senti o vazio.
Apressei-me a vestir-me, não queria ser encontrada assim. Ele olhou para mim é sorriu, não pude deixar de sorrir também. Afinal ele era o menino que eu amava.
- Violet - aproximou-se e beijou os meus lábios, fiz o mesmo embora soubesse o errado da situação. Senti a tensão aparecer novamente, quem diria que na vida depois da morte o sexo fosse tão presente? Sinto vontade a toda a hora, e não sei até que ponto posso ser consciente disso. Fechei os olhos. - Desculpa por tudo, eu não consigo estar aqui sem ti...
E num segundo tudo veio à tona, rápido, lembrei o porquê de não conseguir perdoar, toda a mágoa aflorou na pele, o goteamento de um cano roto ecoava por toda a cave, a dor de uma enxaqueca bombeava na minha tempora, o ar do meu peito escasseava tornando a inspiração difícil. E, quando por fim o meu olhar tocou o dele, flashes do passado estavam por todo o lado.
- Violet? - A sua voz estava longe, vazia, sem vida. A minha visão ficou turva quando um ataque de pânico tomou conta de mim. Caí sobre o chão húmido, contornei as minhas pernas levando os joelhos ao peito. Tate gritava algo que eu não podia escutar. Balancei a cabeça, procurando encontrar o foco.
- Vai embora - Falei num sussurro. A sua expressão congelou como se não compreendesse o que eu acabara de dizer. Juntei todo o meu auto controlo e mesmo depois da sua tentativa, gritei em plenos pulmões. - VAI EMBORA!
A figura de Tate desvanesceu-se lentamente, deixando um vazio no espaço escuro. O cheiro a sangue seco inundou o ar, e logo a sensação alívio preencheu o meu peito. Estar com ele era como uma droga. Por um momento és alegre e enebriada e noutro és deprimida e contaminada.
Eu. Eu sabia que não poderia estar com alguém como ele.
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Me after him
ParanormalInspirado na primeira temporada de AHS - Murder house. Depois do romance de Tate e Violet acabar de forma violenta, Violet vê a sua vida condicionada a uma realidade alternativa onde tudo parece artificial. Em poucos anos, ela se vê aborrecida e nós...