Dor

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Atualizando a revisão da história, mudei umas coisinhas, mas nada muito grande.

Recomendo assistir o vídeo primeiro, antes de ler o capítulo. 

Se você já leu, leia de novo, adicionei algumas coisas.

Perdão pelos erros.

Boa leitura ♡

Domingo, duas horas da madrugada. Luke ainda não havia dormido. Há muitos dias passava pela mesma situação, havia momentos que chorava até dormir ou chorava até não ter mais forças e permanecia acordado até o sol nascer.

Sua rotina era quase a mesma desde o primeiro dia sem o cacheado ao seu lado. Já fazia um bom tempo, mas a dor e a saudade só faziam aumentar em seu peito.

Petúnia pulou em sua cama de casal, agora tão espaçosa e fria para uma pessoa só ocupa-la. Ela sentou no meio do móvel e olhou para o dono como se perguntasse o que ele fazia deitado ao invés de brincar com ela, como acontecia antigamente.

Petúnia não entendia às vezes se perguntava onde estava aquele moço que morava com eles, o rapaz tinha uma risada estranha e estava sempre abraçado com seu "pai". Às vezes ela o via, mas Luke não. Ele se sentava no chão junto a ela, no canto sala, o mesmo que canto que gostava de se sentar para escrever ou tocar violão, e fazia um carinho gostoso em suas orelhas como sempre fez desde quando se conheceram, embora agora os toques parecessem bem fracos, quase imperceptíveis, mas ainda assim ela gostava.

Petúnia queria muito poder dizer a Luke que ele estava ali ainda, mas não conseguia. Só o que saia de sua boca eram latidos e ganidos sofridos. Daria tudo para mostrar à Hemmings que aquele moço continuava a abraçá-lo, a dormir junto, a dividir a mesa e o banco do jardim com eles.

- Ei Pet, leva o Luke lá fora pra mim? Naquele mesmo lugar de sempre, garota. - Ele já havia pedido isso algumas vezes, e ela sempre fazia o que o cacheado pedia. Afinal, ele ainda era o mesmo moço legal que dava comida escondido de Roberts a ela, mesmo estando estranho agora.

Ela desceu da cama e puxou o cobertor que cobria o loiro com os dentes. Era sempre assim, Luke já sabia o que sua garota queria ao fazer isso. Mas a dor em seu peito era grande demais para conseguir levantar da cama.

- Hoje não sweet. Não consigo. - As lágrimas banhavam seu rosto de forma descontrolada, como acontecia várias vezes por semana. Ele queria ir com ela, mas não conseguia. Não tinha forças. Infelizmente a janela do seu quarto não pegava a parte do céu que ele precisava ver.

- Leva ele lá pra mim Pety. Você consegue menina. Eu acredito em você.

Petúnia começou a latir. Precisava levar o loiro pra fora, o moço confiava nela e ela nunca o decepcionaria. Era uma boa garota.

- Para Pety. Hoje não.

Ela começou a chorar. Se não iria por bem, iria pelo drama.

- Já falei que não Pet. E não adianta me olhar assim, eu não consigo ir hoje meu bem. Talvez da próxima.

Ela bufou. Já que ele não ia por bem, nem pelo drama, iria por mal. Petúnia saiu do quarto e foi em direção à porta da frente, onde começou a arranhar a porta e a latir alto. Ela não conseguia abrir a porta, mas ele sim. Ele sempre dava um jeito em tudo. O cacheado era o melhor.

Quando a porta abriu, ela correu em direção à janela de Luke do lado de fora, onde se pôs a uivar para a lua.

Robert não gostava quando ela fugia a noite, seus vizinhos odiavam cachorros e eram capazes de sair das profundezas do inferno e matar ela no menor sinal de oportunidade. Contra sua vontade, mas para salvar sua filha, seu único bem valioso, levantou da cama e se arrastou sem forças até o lado de fora. Passando pelo corredor e pela sala repleta de quadros e porta-retratos de momentos felizes, mas que hoje eram somente lembranças dolorosas no coração de Hemmings.

Estrelinha - LashtonOnde histórias criam vida. Descubra agora