AS ÁGUAS DA MORTE

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  Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver  

                                                                                                                        ( Dalai Lama)
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                                                                                         REVISADO 11/01/2019

Ao perceber que não havia ninguém, fui ao sentido da rua com a intenção de localizar o entregador, mas infelizmente acabei não tendo sucesso. Logo após a procura fracassada, apanhei a carta e entrei novamente em minha casa. Quando finalmente já estava do lado de dentro, Luca veio ao meu encontro com uma cara de preocupado.

"Quem era? Por favor, só não me diga que era o xerife, eu ainda não estou pronto para depor o caso de ontem." – Disse ele com a maior preocupação.

"Não era ele, era outra pessoa!" – O respondi de forma calma, pelo fato da minha atenção estar toda para a carta. Olhei para ele, com o intuito de informá-lo sobre o ocorrido.

"Alguém deixou essa correspondência aqui em casa, mas não sei quem foi, pois no momento em que eu fui abri a porta, ele já havia desaparecido!" – Luca me olhou com cara de espanto, suas sobrancelhas se curvavam a medida que eu ia falando. Logo em seguida ele pegou o envelope de minhas mãos e o analisou, após isso, ele me olhou novamente e deu sua opinião.

"Devem ter entregado ou confundido o endereço e, entregado errado, isso acontece direto aqui em Blau! – Disse ele caminhando junto a mim em direção ao sofá.

"Quem entregou não errou o destinatário, Luca, pois o meu nome está nela! – Olhei assustado ao Luca, nunca tinha acontecido isso comigo, mas deve ser costume do carteiro da cidade; Entrar e sumir. "Único problema e que não fala quem mandou." – Luca Analisa a novamente, procurando algum nome.

"Então o abra logo, vamos ver então o que fala, vai que... é importante, ou sei lá... é algo sobre ontem – ele disse com um ar de curiosidade.

Sinceramente, me deu um certo medo, devido ao fato deu receber essa carta um dia após a morte que eu havia testemunhado, mas resolvi abri-la com a intenção de resolver esse mistério. Rebecca e Victória se aproximaram no momento em que eu estava retirado o bilhete, as mesmas sentaram ao lado do Luca, onde os 3 ficaram esperando eu ler e informa-los sobre o assunto da misteriosa carta. Assim que o abri, pude perceber que o papel da carta era velho assim como seu envelope, porém a mensagem que nela contia, mostrava que havia sido escrito recentemente. Então comecei a lê-la em voz alta:

"Quando o silêncio do tempo te alcançar, me procure, estarei aqui com suas informações para conta-lo. Sou aquele que te faz vagar pela mente, te levando a aventura, ao medo e as vezes ao perigo. Mas o assunto deste bilhete não é para dizer quem sou e sim de dizer onde estou. Assinado, HIB". – Havia mais uma frase, só que ela estava escrita em uma língua que eu não conseguia traduzir.

Após a leitura nós todos ficamos em silêncio tentando entender o que aquele bilhete queria dizer. Sem sucesso, e alguns minutos de silêncio Rebecca propôs a falar.

"Gente eu não entendi nada sinceramente! E outra, quem e HIB?" – Ela estava dizendo de forma agitada, pegando a carta e relendo várias vezes.

"Não sei, deve ser algum tipo de abreviação do nome ou sobrenome do escritor! Mas o que realmente me chamou a minha atenção, foi essa escrita em um idioma que eu não consigo identificar!" – Respondi apontando a todos, enquanto eles se aproximavam.

A Ilha Blau - A Busca Do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora