O ACORDAR DA DÚVIDA

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REVISADO 13/01/2019

O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas... Mas, acima de tudo, o tempo traz verdades

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Eu vendo aquela foto fiquei espantado, pois parecia muito o homem misterioso que eu havia visto nesses dois dias. Então, olhei em volta para ver se estava vindo alguém, vendo que não, coloquei o livro dentro da minha mochila. Luca vendo a situação dei uma risada de lado e voltou a fazer sua cara de dúvida.

"O que você achou no livro? Pelo jeito deve ter sido alguma pista." – Ele perguntou, olhando diretamente para minha mochila.

"Sim, é sim! Essa pista é muito estranha, acho que é só coisa da minha cabeça." – Disse começando a caminhar novamente no corredor do colégio.

"É sobre a biblioteca, Cris?" – Luca estava impaciente, mas viu que eu tinha começado a andar, e ele começou a me acompanhar.

"Não, é melhor ainda! Depois eu te explico o que é, vamos logo para sala, antes que a gente acabe chegando atrasado." – Comecei a andar mais rápido.

"Tudo bem, mas acabando a aula quero saber tudo, ouviu?" – Concordei com a cabeça. "Vamos logo para sala então" - ele falou com um ar de desapontado, mas entendia que não havia tempo para conversas.

Chegando na porta da sala todo mundo olhou diretamente para nós, pois mesmo a gente se apressando no corredor, nós não conseguimos chegar no horário. Nesse momento eu olhei para o Luca e dei uma risada baixa e ele respondeu com o mesmo sorriso, e nós nos dirigimos para os lugares que estavam disponíveis, infelizmente, só haviam cadeiras em lugares separados da sala, e devido nossa demora para chegar, não se podia opinar, então acabamos aceitando.

Durante a aula eu não conseguia me concentrar, estava inquieto, as matérias estavam sendo ditas em vão, pois minha cabeça estava em outro lugar. Eu não parava de pensar naquele livro, na foto do suposto homem, e ficava me perguntando, como ele ainda continua vivo? Será que era um vampiro, ou algo do tipo? Não era possível, mas todas as possibilidades não deviam ser descartadas no momento. Fique perdido nesse pensamento até tocar o sinal do intervalo, onde eu vi que Luca estava na porta me encarando, só esperando eu sair. Eu fui em seu encontro, dei um sorriso amarelo e caminhamos pra cantina.

"Cris vamos procurar as meninas, elas já devem estar aqui." – Ele disse ficando na ponta dos pés, procurando elas no meio da multidão.

"Irei mandar uma mensagem para Becca, perguntando onde estão, vamos torcer para elas responderem rápido". – O refeitório é muito grande, então é sempre difícil de achar alguém aqui, muitas das vezes, necessitamos da ajuda da ligação, ou simplesmente sair procurando no meio de 23 mesas, algo quase impossível.

"Beleza, vou no banheiro agora, e caso ela responda, me procure depois por favor." – Ele disse me dando sua mochila para eu segurar, enquanto ia fazer suas necessidades.

"Tá bom, quando eu conseguir falar com elas, eu vou atrás de você." – Respondi a ele enquanto digitava a mensagem no meu celular, e o via indo em direção ao banheiro.

Então mandei a mensagem para Rebecca, após 1 minutos, a resposta dela chegou – Estamos aqui na sala de ciências – eu fiquei aliviado dela ter respondido, se não, eu ia te procurar as duas. Respondi com um – Estou indo já –. Mas achei estranho elas estarem lá nesse horário, mas não opinei e fui pro local combinado.

Chegando lá, eu entrei e não encontrei ninguém dentro da sala, quando eu virei para sair, alguém me deu um soco e eu caí no chão. Quando eu estava no chão eu consegui ver os pés da pessoa que havia me nocauteado, ele calçava um par de sapatos esportivo preto, com algumas listras bancas em volta dos buracos dos cadarços, e o vi também mexendo dentro de minha mochila, ele procurava algo, eu o vi tirar algo da minha mochila, mas não consegui ver o que era, minha vista estava embaçada, e cada vez escurecia mais, onde em um determinado tempo, eu já havia desmaiado.

A Ilha Blau - A Busca Do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora