CAPÍTULO 2

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_ Sra Jauregui, por favor, eu gostaria de trocar umas palavras com a Senhora.

O tom imperativo prendeu a atenção. Ela parou e virou-se com expressão pouco amigável sob a aba do chapéu preto.

_ E se eu não quiser?

Camila ignorou-lhe a grosseria.
_ Posso perguntar a onde a senhora está indo?
_ De volta para a última parada da diligência.
_ Mas o lugar fica a umas quatro ou cinco milhas de distância.
_ Perto de seis, cálculo.
_ Não seria mais sensato espera aqui pela chegada de socorro?
_ Pode fazer o que bem entender, moça.
_ Ora, Sra Jauregui, sabe-se muito bem que quanto maior o número de pessoas, maior a segurança.
_ Vocês não são minha responsabilidade.
_ Se pensa dessa maneira, talvez possa explicar por que me atirou no chão e protegeu meu corpo com o seu.

Os lábios delas curvaram-se ligeiramente.

_ Eu não estava sendo generosa, se é isso que se passa seu b essas penas em sua cabeça. Acontece que fico nervosa quando balas começam a voar e eu apenas quis tirá-la da linha de fogo.

_ Entendo - ela disse em tom incrédulo.
_ Duvido, moça. A verdade foi que seu quadril me atingiu em cheio no peito quando a senhorita caiu da escada e me derrubou junto.
_ Entendo - ela repetiu, mas num tom mais ríspido dessa vez.
_ Se está pensando que pode me assustar com seus comentários rudes sobre minha pessoa engana-se.
_ Alguém já lhe disse, moça, que a senhorita tem uma língua comprida demais?
_ Sim, senhor, muitas pessoas. E pode parar de me tratar por moça nesse tom desdenhoso. Meu nome é Camila Cabello. Srta. Cabello, por favor.
_ Sabia, Srta. Cabello, que não ligo a mínima por não impressioná-la, mas se a senhorita fosse inteligente, deveria estar com medo.
_ Do senhor?
_ De mim, sim.
_ Sinto desapontá-lo, mas... Oh!

Rápido, o braço dele a alcançou pela cintura. Um puxão a fez chocasse contra ele.

Um pouco de poeira da estrada levantou-se entre ambos, mas não encobrir odores excitantes de Alfazema e do Lino engomado. Lauren podia sentir espartilho sobre as várias peças de roupa e também a maciez dos seios de Camila no peito dela.

Esperava que ela se dependesse, ou a arranharsse no rosto, ou, quem sabe, desmaiasse. Ela não esperava o lampejo de curiosidade em seus olhos castanhos substituido logo pela expressão de aborrecimento.

_ Francamente, Sra. Jauregui, a senhora está se comportando de maneira muito cansativa.

Cansativa?! através dos anos, as pessoas tinham atribuídos vários adjetivos a Lauren, mas aquele era novidade.

_ Talvez eu devo oferecer mais animação.
Com um sorriso zombeteiro, ela apertou o braço. De Camila inclinou-se para trás a fim de evitar contato mais íntimo com peito dela. Porém, o movimento as fez encostar os quadris com resultados tão inesperados para Jauregui quantos alarmantes.

Uma onda de calor espalhou-se pelo corpo dela e, em questão de segundos a ereção se fez sentir.

Apesar de sua silhueta esguia e da aparência delicada, ela possuía um conjunto estimulante de curvas.
Ela a fitou com os olhos bem abertos e os lábios apertados demais. Por um momento de insanidade, Lauren e pensou em provar seu sabor.

Sem dúvida ela lhe deu a intenção no olhar. Um rubor intenso espalhou-se em suas faces. A raiva a fez ficar rígida como uma tábua entre os braços dela. Lauren já tinha decidido acabar com a brincadeira quando ela Enfiou a mão no bolso da saia. O sexto sentido, que lhe tinha salvado a vida mais vezes do que poderia se lembrar, a levou a contrair os músculos. Sabia o que ia acontecer e poderia evitar ao segurar seu  pulso e prendê-lo e as suas costas. Em vez disso, sorriu quando ela enfiou o cano da arma entre as costelas dela.

Encararam-se.

_ Imagino se a senhorita tem coragem de puxar o gatilho. Ela disse em tom pensativo.

_ O senhor descobrirá se senão me soltar em 5 segundos. Camila avisou.

Lauren sentiu-se tentada. muito! poderia arrancar-lhe a arma com maior facilidade. ela lutaria, mas não por muito tempo. ela não era a única cujo sangue latejava nas veias. Tinha visto o lampejo de surpresa nos olhos da moça, uma curiosidade passageira. ela desejava experimentar o fruto proibido.

Pelo menos era o que achava, até soltá-la.

Depois de travar a pequena pistola, Camila tornou a enfiar lá no bolso da saia.

_ Já terminou de se passar por uma idiota senhora Jauregui?
_ Quase. Respondeu numa voz.

Ela virou-se para trás, rodopiando a saia, exibindo a renda da anágua, e dirigiu-se aos dois homens que observavam a cena boquiabertos:
_ Está armado, Sr. Butts?
_ Não senhorita.
_ E quando ao senhor...
_ Greenleaf. O vendedor de relógio falou. Com um olhar nervoso para Jauregui, tocou empoeirado chapéu-coco. Benjamin Greenleaf, a seu serviço, Senhoria.
_ Está armado, Sr. Greenleaf?
_ Não. Tudo que levo em minhas viagens, além de roupas, e minha maleta de mercadorias.
_ Neste caso, acho melhor eu esclarecer como devemos sair daqui. Numa atitude energéca, voltou-se para Lauren.
_ Como o revólver aí em seu coldre tem muito mais poder de fogo do que minha pistola, Srta. Jauregui, sugiro que caminhe atrás de nós três para o caso de seus amigos decidirem voltar.

_ Não considero Mahone e o bando dele meus amigos.
_ Não mesmo sem dúvida Mahone Deu a impressão de conta-la com uma boa companheira.

Com o queixo erguido Camila passou por ela e iniciou a caminhada pela estrada poeirenta.

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Tá aí mais um capítulo pra vocês, a noite tem mais se não só no próximo final de semana...✍✍😇🙏

Gente vamos votar, comentar eu quero saber se vocês estão gostando da história!...

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