Capítulo 6

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MIA:

Meu cérebro enfatizava a palavra "Humilhante", enquanto eu, me afundava no banco ao lado do motorista. De todas as loucuras, essa teria sido a pior delas... Exatamente a pior!

Evitando o olhar crítico de Trevor, continuei a encarar as ruas desertas enquanto que dentro de mim, o objeto obsceno tremia feito uma britadeira. Eu queria cavar um buraco no chão com minhas próprias unhas e me enterrar.

Depois que consegui falar com Trevor, saí da banheira e fui para o quarto. Vesti o vestido mais prático e evitei usar calcinha. Quando Trevor chegou e o encarei na porta de entrada quase morri de tanta vergonha. Ele sorria, expondo seus dentes brancos num ridículo e debochado sorriso cafajeste.
Tive que acordar Henry, já que não tinha ninguém para ficar com ele aquela hora da noite... E lá fomos nós, para o hospital. Enquanto isso, no percurso mais longo de toda a minha vida, eu ensaiava mentalmente as palavras que eu diria ao médico.

Quando chegamos, entramos pela emergência e Trevor explicou gentilmente para a infermeira que eu tinha um objeto estranho dentro da vagina...

Adentrei no consultório torcendo meus dedos uns nos outros, parecendo uma virgem em sua primeira visita ao ginecologista.

Deparei-me com 1,90m, lindo e sedutor, com um sorriso de molhar a calcinha. O médico era um gato, lindo de viver. Ah céus, que vergonha!

__ Oque houve?

__ Eu não sei como dizer... É constrangedor.

O homem charmoso de jaleco branco encarou-me preocupado.

__ Preciso que seja mais clara, senhora Cooper.

__ Um vibrador. __ minha voz saiu falhada __ Tem um vibrador na minha vagina.

__ Lá dentro? __ O doutor franziu a testa.

__ Foi um acidente, eu estava na banheira e...

__ Tudo bem senhorita Cooper. Deite-se ali. __ apontando para a maca branca, ele pegou sua prancheta e me fez algumas perguntas.

Quando enfim consegui relatar o ocorrido, percebi que minha voz oscilava, inconstante e fraca. Vê-lo escrever o caso no prontuário me deixou tensa...

Deitei pondo meus pés no apoio e ficando com as pernas completamente abertas para o estranho a minha frente. Encarei o teto e suspirei, enquanto o médico mexia em minha amiguinha lá em baixo. Especulando minha intimidade com uma lanterninha fazendo eu me sentir uma caverna.
Não seria uma surpresa se morcegos sanguinários saíssem voando de dentro de mim. Fazia algum tempo que minha amiguinha não era exercitada. A não ser pelo vibrador, que parecia ter a bateria bastante duradoura.

Eu podia jurar ter ouvido uma risada abafada vinda do doutor.

__Prontinho!__O bonitão disse ao retirar com uma pinça o vibrador, colocando-o na bandeja metálica em seu assistente carrinho.

Respirei aliviada e sorri. Ouvi ele tirar as luvas e jogá-las no lixo. Ajudando-me, estendeu a mão para que eu me apoiasse.

__Obrigada doutor.__Não agradeci seu desempenho. Na verdade, eu me sentia muito mais grata por ele agir com naturalidade. Como se eu não fosse a única maluca que perdia um vibrador na vagina.

__Não precisa agradecer.__Ele sorriu outra vez, seus dentes pareciam fazer parte de um comercial de creme dental.__Só tome mais cuidado da próxima vez.__Advertiu ele.

__Eu... não costumo usar essas coisas...__Me expliquei sem jeito.__Foi uma ideia idiota, com certeza.

__O seu marido parecia bastante preocupado.

OUTRA CHANCE ( Livro 2: O Pai da minha Amiga )Onde histórias criam vida. Descubra agora