Capítulo 18 😸

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Votem e comentem. Boa leitura! (PS. Vai ter uma partizinha que vai ser perfeita pra pôr essa música da mídia, quando chegar eu falo •3•)

-O que você fez com ela?! -Willona perguntou com seu tom rude ao empurrar Xiumin brutalmente contra os armários daquele corredor onde só quem estava presente era eles dois, e Willy, que observava em silêncio.

-Do que está falando? -disse o outro, parecendo confuso, e seu olhar realmente mostrava que ele não estava fazendo ideia do que ela falava. E estava um tanto assustado.

-O que fez a Swan? Faz 4 dias que ela não fala com ninguém, não responde nem mesmo aos professores. Se ela fosse ficar mais quieta do que já está, estaria morta.

Era verdade. Swan se isolou de todo mundo. Desde àquele dia em que Xiumin abusou de seu corpo que, por causa da gravidez, estava muito sensível.
Swan sentiu muita dor quando acordou na madrugada horas depois de seu pequeno híbrido lhe violentar.
Sua barriga doía, e ela não podia tomar remédios. Teria de aguentar. Aguentar a dor. A dor que estava em seu ventre. A dor que sentia em seu coração por ter sido abusada. E a dor de saber que seu lindo Xiumin foi quem lhe abusou.

-Não se faça de inocente. O que aconteceu entre vocês naquele dia? -perguntou, encarando firmemente os olhos do garoto que era de sua mesma altura.

-Eu juro que não lembro, estou falando a verdade. Swan não está agindo assim só com vocês. Ela nem olha pra mim. E tem medo quando chego perto. -respondeu, sendo o mais sincero e verdadeiro possível. E Lona finalmente entendeu que era verdade o que ele dizia.

-Tente conversar com ela hoje na hora do intervalo. Não quero perder a minha amiga. -disse se afastando e seguindo pelo corredor, com sua irmã a seguindo um pouco mais atrás.

Xiumin ficou em silêncio, estático, com a mente perturbada e cheia de preocupação. Realmente não lembrava de nada, e precisava falar com Swan. Ou poderia virar um churrasco delicioso de gato.

Só havia um único motivo pelos três indivíduos terem saído da sala de aula quando faltava uma hora para a aula acabar. Esse motivo se chamava Willona.

Cujo havia dado um belo de um puxarranco* nos cabelos do maior e o feito se ajoelhar diante de Swan para pedir perdão pelo o que é que tenha feito a ela. Enquanto Willy tentava a todo custo fazer a irmã parar.
Como esperado, o professor não gostou, e expulsou os três da sala. Mas a garota não se direcionou até a diretoria, pois teve de dar um aviso sério para o híbrido.
E deu mesmo.

O sino bateu 8 vezes encerrando a aula para dar início ao intervalo de 20 minutos.
20 minutos de pura agonia na cantina. 20 minutos de pânico no cérebro burro de Xiumin que não sabia nem se deveria chegar perto de Swan.

Mas foi aos pouquinhos chegando perto dela, que estava sentada sobre um banco enferrujado do pátio. Com o Kai.

Não tinha importância aquele garoto atirado que falava alguma coisa pra ela, que somente o olhava fixamente e acabou dando um sorrisinho por algo que ele disse.

Quando o híbrido ficou a frente deles, aquele pequeno sorriso sumiu. E um olhar foi direcionado ao chão.

-E-eu queria falar com você... -começou, um pouco medroso e trêmulo.

Recebeu um olhar sério de Kai, que olhou pra ela como um olhar que dizia "Tem certeza de que quer?", a morena apenas assentiu fraco, e o garoto se retirou logo após encarar Xiumin com fogo nos olhos, e o outro olhar de volta do mesmo jeito.

Não se suportavam. Como Kai e Swan haviam ficado tão próximos, em tão pouco tempo?
Era ranço, ódio, que surgiu de repente entre os dois.

-Eu fiz algo de errado? -perguntou, se agachando na frente dela, e segurando as mãos da mesma que estavam sobre seus joelhos. Sentiu ela tremer com o toque. -Qual é o problema? O que aconteceu com você? Por que não fala nada?

A dor invadiu o coração de ambos, como um tsunami. Destruiu aquele afeto carinhoso entre eles, e Xiumin acabou se sentindo mal, e depois daquele dia, passou a se culpar, mesmo sem saber o que havia feito a Swan.

Se passaram 2 semanas desde aquele dia. Swan continuava a mesma, e Xiumin queria arrancar a cabeça dela, por se sentir tão bem quando Kai estava perto. Ele falava coisas chatas, piadas, casos de quando ele andava com gangues e quebrava os vidros dos carros. Aquilo interessava Swan de uma maneira que Xiumin não entendia.
Ela parecia estar confortável mais com ele, do que com qualquer pessoa, até com seus pais.

No fim de uma tarde de domingo, enquanto Xiumin estava preso no quarto de Swan, triste e com suas orelhinhas abaixadas, porém sua cauda estava inquieta como sempre, Swan assistia um filme de terror com Kai, na sala. Mas por sorte, os pais da garota estavam presentes.

Xiumin ficou lá dentro por muito tempo, e ouviu risadas. De Kai, de Swan, e de seus pais.
Ele sentiu uma vontade imensa de sumir, desaparecer e ir embora. Swan não o amava mais. O que aconteceu entre eles acabou com todo o amor, mesmo que Xiumin não tivesse tido consciência do que estava fazendo naquele dia.

Ele chorou até o ar lhe faltar, e apertou o travesseiro de Swan em seus braços.
E chorou mais.

(Agora é uma ótima parte para pôr a musiquinha, só vai)

Quando estava cansando o suficiente, lavou o rosto no banheiro, e se olhou no espelho. Os olhos vermelhos e cansados de derramar lágrimas por alguém que estava começando a desistir dele. Era isso que passava por sua cabeça. Swan desistira dele, deixou de amá-lo.

Ele tomou um banho no chuveiro, e lavou todo o seu corpo como nunca havia lavado antes. Pensou a todo momento em sua Swan. E quando pensou em chorar, desligou o chuveiro e se enxugou rapidamente.
Secou o cabelo como sabia com o secador, e ajeitou, mesmo que o mais sexy fosse deixar bagunçado, que foi como acabou ficando.

Lembrou que certa vez olhou para Açúcar e viu argolinhas douradas em suas orelhas, e Swan tinha iguais em uma caixinha de jóias que deixava no banheiro.
Ele não hesitou em pegar, e aguentou a dor insuportável de furar suas duas orelhas humanas, e as felinas, mesmo que fosse para deixá-las escondidas. A dor era horrível, mas suportável.

Passou um gloss claro em seus lábios, lápis preto e delineador em seus olhos. Sabia fazer pois já viu sua pequena garota fazendo o mesmo. E treinou algumas vezes nos olhos dela nos poucos momentos de brincadeira que tiveram.

Ele olhou novamente para seu reflexo e sorriu triste. Voltou para o quarto e vestiu uma calça jeans rasgada. Pegou um moletom preto com zíper e o vestiu. Mas por enganchar em um abajur e quase derrubá-lo, rasgou as mangas do casaco. Braços a mostra.

Ele iria embora. Iria deixar aquela vida. E quando Swan percebesse, seria tarde demais.
Ele iria dar um jeito de viver por aí. Era um "garoto" com um rostinho bonito. E ficou sabendo que beleza dava dinheiro nas ruas. Ele só não sabia como.

Ele olhou no grande espelho do quarto e viu seu rabinho balançando. Enrolou-o e segurou, até que ficasse totalmente escondido dentro de si. Assim como as orelhas. Ele só queria dar um pouco de trabalho a Swan, era engraçado como ela tentava o esconder.
Não mais.

Calçou os tênis, e arrumou algumas roupas na mochila. Abriu a janela do quarto, e pulou.
Seus pés tocaram o lado de fora, e ele se pôs a andar para fora do terreno da casa dos Kim.
Sem olhar para trás.

Abaixou o zíper do casaco quando um grupo de meninas passaram olhando pra ele, deu um sorriso não decifrável, e saiu andando como quem não queria nada.

[~~~]

Xiumin tá revolts

Ele não vai voltar
Se voltar não vai ser a mesma coisa
Swan se fodeu, perdeu

Mentira os dois ainda se amam, é só uma fase
Mas ele não vai voltar fácil

Tudo bom

Tchau

My Boy? My Hybrid [•]Xiumin[•]Onde histórias criam vida. Descubra agora