Once In a Lifetime

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"Olá, Harry." Estendi a mão em sua direção e ele a apertou firmemente. "É um prazer lhe ver novamente." Comentei, formalmente


"Igualmente, Lou." Falou, simples.

"Sente-se, fique a vontade, meu escritório é seu escritório!" Tentei soar simpático, mesmo sentindo meu coração saltar pela boca através de cada palavra forçada. "Quer alguma bebida? Posso pedir para a minha recepcionista lhe providenciar."

Ele levantou as mãos e as balançou, em um sinal de negação sobre as bebidas.

"Estou ok. Só vamos direto ao trabalho, por favor." Pediu.

Engoli em seco, ele parecia simpático, mas tinha algo na voz dele que soava estranho, como se ele não estivesse confortável o suficiente comigo, não conseguia entender o quê o deixava assim.

"Tudo bem então. Sou todo ouvidos para ouvir seus pedidos." Falei, sem graça.

Ainda não acredito que estou prestes a fazer o terno do garoto que eu amava na minha adolescência, e pior, que eu ainda amo.

"Eu queria lantejoulas em lugares onde todos podem ver, o colarinho com glitter rosa ou prateado, um "H.G" no bolso do casaco e uma pequena bandeira LGBT ao lado, indicando o amor entre todos." Ele sorriu. "Tudo bem para você?" Seu sorriso de covinhas era tão lindo e agradável. "Se for muito trabalho, só deixe a bandeira mesmo." A boca dele parecia tão convidativa enquanto eu o encarava. "Loueh?" Me chamou, retirando meus pensamentos pecaminosos.

"Oi oi? Sim, sim, sim. Está tudo ok, pedidos anotados, irei providenciar." Pigarreei, envergonhado por encarar Harry sem nenhuma censura. "Algum pedido nas calças?" Perguntei.

"Você dentro dela." Ouvi.

"Perdão, Harry. O quê? Repita, por favor." Perguntei, confuso.

"Eu disse, você acha que precisa?" Retrucou.

Eu devo estar ouvindo coisas, não é possível. Harry Styles fode o meu psicológico de uma maneira estranha, nem parece que faz anos que eu o vejo, ainda sinto como se nós fôssemos adolescentes, e eu ainda estivesse preso dentro daquele corpo que não era meu.

"Oh! Está bem! Acho que não deveria, a parte de cima já irá ter informações demais." Aconselhei.

Ele se levantou e passou a mão nas laterais de sua coxa, as apertando fortemente.

"Foi bom lhe ver novamente, Lou." Disse, sorrindo.

"Mas já vai embora?" Ele assentiu e deu as costas para mim. "Espere! Não irá querer saber quanto vai custar suas roupas?" Perguntei.

Ele me encarou novamente e sorriu, suas covinhas pareciam ter criado vida em suas bochechas.

"Mas é claro que não, Tomlinson." Falou, orgulhoso de si.

"Eu o acompanho até a porta, então!" Quase gritei e ele assentiu.

Ele andava na frente, seu corpo escultural de costas parecia realmente ser um Deus Grego, e acho que ele fora em alguma outra vida.

Quando ele abriu a porta do meu escritório, fui mais rápido e passei por de baixo de seus braços, ficando em sua frente, fechando a porta em seguida e a trancando para ninguém me incomodar nesse meu momento de insanidade.

"Por que o seu jeito comigo sempre muda?" Perguntei.

Ele franziu as sobrancelhas.

"Desculpe, o quê? Eu não entendi." Avisou.

"É como se você não gostasse de mim, de alguma forma. Seus olhos refletem algo estranho quando me olha." Retruquei, cabisbaixo.

"Louis." Ele ergueu meu queixo. "Eu te conheci Louisa, e eu gostava de você, como amigo, mas eu percebi suas intenções e me afastei, porque eu gostava de homem e não queria te magoar. E agora te vendo aqui em minha frente, um homem, um homem gay, eu..." Parou de falar. "Tenho..." Travou novamente. "Tenho tanto medo." Confessou.

Feelings and Freedom // L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora