5-Susto, tentativa, mais dinheiro e beijo

105 14 0
                                    

- Obrigada. - agradeceu Punzi quando Breu terminou o curativo no seu braço.
 
- À Punzi, que devora melhor, do que é devorada. - Hans sorriu erguendo o copo de whisky.
 
- À Punzi! - todos falaram erguendo seus copos.
 
- Quase morre por causa de uma flor. Não sei se vale a pena. - comentou Jack.
 
- Vale sim. - afirmou Flynn. - Imagine só: Um dólar por cada porção do pólen da flor, mas até lá, estaremos milionários.
 
- É, agora tá falando a minha língua. - comemorou Anna animada.
 
- E aí, quantas flores precisam pra salvar o mundo? - perguntou Soluço curioso.
 
- Umas 50 orquídeas dá pra fazer 50 gramas da química. - respondeu Elsa e viu Punzi revirar os olhos.
 
- Mesmo enchendo um campo de futebol com essas orquídeas não significa que tem permissão pra testar em humanos. - alertou a Corona dando um gole no whisky.
 
- Ela não acredita em você. - disse Soluço pra Hans.
 
- É, faz parte do pacote. - o Silvys dando de ombros. - Em pesquisa você tem que ser ousado, mas tem sempre um estraga prazeres.
 
De repente todos levantaram assustados e Punzi soltou um berro quando Pool pulou na mesa, gritando.
 
- Mas onde você estava? - perguntou Jack colocando o macaco no ombro.
 
- Desgraçado! - Punzi xingou o animal.
 
- Tadinho... parece que viu um fantasma. - comentou Elsa com pena vendo Jack tentar acalmar Pool.
 
(...)
 
De noite...
 
- E se Punzi estiver certa? - deduziu Elsa que estava sozinha com Hans na cozinha. - Em ratos é uma coisa, teste em humanos é outra.
 
- Que nada. Quando vendermos todas as porções, vamos jogar na cara dela. - garantiu Hans sorrindo.
 
Elsa suspirou.
 
- Hans, eu sei que essa orquídea aumenta a vida dos humanos, mas tem outra coisa e você sabe disso. - avisou.
 
- Elsa, não vamos falar sobre isso. - pediu o Silvys rolando os olhos.
 
- Você sabe que é difícil pra eu controlar... isso. - confessou a Snow.
 
- Eu sinto muito Elsa, mas pensa só. - disse Hans entusiasmado. - As pessoas que tomarem o elixir da flor se tornarão imortais e invencíveis com esses poderes.
 
- Então porque não contou isso para o Sr. Weselton? - perguntou Elsa o encarando.
 
Hans ficou calado por um tempo encarando a mulher loira e resolveu mudar de assunto.
 
- Eu falei com Flynn. - declarou. - Você vai ter 35% do dinheiro das vendas.
 
- O que? - Elsa se surpreendeu. - Eu... não sei nem o que dizer.
 
- Nada disso teria feito sem a sua ajuda. - afirmou Hans encostando a mão no ombro da Snow, fazendo ela o encarar.
 
O ruivo fechou os olhos aproximando o rosto de Elsa.
 
- Hans? - o ruivo abriu os olhos para encarar uma Elsa séria. - Já não conversamos sobre isso?
 
Hans suspirou.
 
- Já. - respondeu se afastando. - Mas só porque terminamos não significa que deixei de gostar de você.
 
Elsa arqueou uma sobrancelha.
 
- Foi pra isso que eu vim? Pra termos uma segunda chance? - questionou.
 
- Você veio porque é minha melhor pesquisadora. - afirmou o Silvys.
 
- Estou interrompendo?
 
Os dois viraram, dando de cara com Jack.
 
- Não... eu estava indo dormir. - respondeu Hans coçando um dos olhos.
 
- Tá, mas antes disso, vamos conversar. - pediu Jack sério subindo para a cabine e Hans o seguiu.
 
(...)
 
- Está vendo? - Jack apontou. - O rio subiu mais, está muito perigoso. Acho melhor tentar outra rota.
 
- Não temos tempo. - alertou Hans insatisfeito.
 
- É muito perigoso. - avisou o Frost em insistência. - Nós temos que tentar outra rota, o rio está subindo muito.
 
- E se voltarmos aí que não vai dar tempo mesmo. - rebateu o Silvys. - Você vai ter que arriscar.
 
Jack o encarou.
 
- E se eu me recusar? - desafiou.
 
Hans suspirou.
 
- Você faz ideia do que essa flor representa? - indagou. - É a maior descoberta da história da medicina.
 
- Tá, não sou médico e não entendo dessas coisas, mas se quer que eu me arrisque nesse rio, vai custar mais 50 mil. - exigiu o Frost.
 
Hans deu um sorriso.
 
- Feito. - respondeu e Jack lhe encarou novamente
 
- Feito? Não tem que pedir pra moça? - o albino referiu-se à Punzi.
 
- Tiro do meu bolso. - o ruivo de ombros.
 
Jack o encarou por uns instantes.
 
- Tá. - cedeu. - Mas se der certo, sua equipe vai fazer o que eu mandar.
 
- O capitão é você. - sorriu Hans saindo da cabine.
 
(...)
 
- Propostas científicas? - perguntou Punzi chegando perto de Flynn, que estava sentado na cadeira, lendo papéis em  da mesa.
 
- É, propostas científicas. - sorriu o moreno descendo os olhos pelo o corpo da loira, por causa da camisola que ela estava usando.
 
- Porque insiste nessa expedição? - questionou a Corona entediada. - Depois que essa droga de flor der errada você estará fora da Wexahall.
 
Flynn cerrou os olhos.
 
- Quer que a gente se ferre né? - deduziu.
 
- Não, eu só acho. Sou uma cientista sabia? - sorriu Punzi.
 
- Cientista? Então porque está na Wexahall? - perguntou o Ryder curioso.
 
- Gosto de ciência. - afirmou a loira sorrindo. - Mas gosto mais de dinheiro.
 
- Um brinde a isso. - sorriu Flynn chocando seu copo de whisky com o copo da loira.
 
Punzi lhe lançou um olhar de segundas intenções enquanto bebia o whisky e Flynn não se agüentou.
 
Ele levantou da cadeira e puxou a loira pela a cintura, beijando-a.
 
Punzi imediatamente retribuiu o beijo enquanto agarrava os cabelos do moreno.
 
A loira enlaçou suas pernas na cintura de Flynn enquanto ele a levava pro quarto e beijava seu pescoço.
 
(...)
 
Elsa abriu os olhos sonolenta e olhou ao redor, vendo que ainda era noite. Odiava acordar de madrugada.
 
Sentiu a garganta seca e fechada e desceu da rede, com cuidado pra não fazer barulho.
 
Foi até a cozinha - que era iluminada por uma lâmpada - e abriu a geladeira, pegando uma garrafa de água.
 
Virou-se para pegar um copo e se assustou ao dar de cara com Jack.
 
- Que droga Jack! - reclamou.
 
- Desculpe, não quis te assustar, ouvi um barulho e vim ver o que era. - respondeu o Frost descendo os olhos pro corpo da loira que usava uma camisola que ia até a metade das coxas e tinha um decote numa delas.
 
Elsa corou e pegou um copo enchendo de água e bebeu. Guardou a garrafa até que Jack falou:
 
- Elsa, é verdade o que Punzi disse?
 
- O que? - perguntou confusa encarando o albino.
 
-Que você deitou com Hans?-perguntou.
 
Elsa ficou confusa, afinal conhecia Jack há pouco tempo, mas pra não queria ficar com má fama.
 
- Eu e Hans já namoramos, mas tudo o que conquistei foi por meu mérito próprio. - respondeu. - Por quê?
 
- Curiosidade. - o Frost deu de ombros. - Você não parece ser esse tipo de mulher.
 
- Ah... obrigada. - agradeceu Elsa meio envergonhada.
 
Jack se aproximou lentamente da Snow e ela recuou um pouco, encostando suas costas na parede.
 
- Me desculpe, mas eu preciso fazer isso. - sussurrou o Frost antes de beijar a loira com tudo.
 
Elsa ficou paralisada enquanto Jack apertava mais sua cintura. Elsa retribuiu o beijo, agarrando os cabelos de Jack.
 
Elsa acabou se tocando e empurrou Jack com força.
 
- Droga! - xingou ao ver uma parte da cozinha congelada.
 
- O que? Foi você? - perguntou Jack assustado.
 
Elsa colocou a mão na testa tentando se acalmar.
 
- Não conte a ninguém o que houve aqui. - ordenou ela antes sair da cozinha.

Anaconda-A caçada da orquídea geladaOnde histórias criam vida. Descubra agora