Olá! Este é um breve resumo sobre como vim aqui parar, como a minha vida mudou. Espero que entendas.
L XVIII 6⅞23---------------------------------
Um apito soou.
É diferente do apito comum que a campainha da escola faz. Como uma emergência. Desde pequena, logo na primeira semana de aulas, todos os alunos tiveram uma simulação de catástrofe, em que o tal apito soava e nós saíamos da sala calmamente para o pátio, fazendo uma enorme roda. Eu e os meus amigos ríamos porque era apenas uma simulação, e também porque perdíamos tempo de aula. Era engraçado.
Mas desta vez não foi assim.
Não era uma simples simulação que fazíamos todos os anos, em que os professores e funcionários nos colocavam em círculo, e nós ríamos. Não. Isto era real.
Quando o apito soou, a professora Lewis congelou, tal como nós. Olhei para Lee, a minha melhor amiga, que se encontrava no outro lado da sala. Vi o desespero nos seus olhos por entre as lentes dos óculos redondos. Todos sabíamos que não era a fingir. O barulho de fundinho que Carl e Peter faziam em todas as aulas desapareceu, e foi aí que percebi que algo não estava bem, porque se os dois tagarelas da turma estavam petrificados, o assunto era grave. O silêncio reinava na sala de geografia, uma das mais detestadas e barulhentas.
- Abandonem os vossos pertences e...e...- a própria professora não conseguia nos mandar ordens tal era o nervosismo-...e vamos lá para fora.
Não arrumei os livros nem a mochila, apenas peguei na minha mala tira-colo e saí com os meus colegas. Não havia correrias, estávamos calmos, mas perplexos. Quer dizer, eu estava calma e perplexa. Deve ser apenas alguns parvos a fazerem uma valente partida.
Mas não. Novamente o meu pensamento estava errado. Ao sairmos do bloco de aulas encontrámos alguns polícias à volta de um outro bloco, o bloco D. Fixo-me neles. Parecem aqueles polícias dos filmes, com a farda azul e uma arma na mão ou nas calças.
- Ei!- sinto algo a tocar-me nos ombros, e vejo Lee ao meu lado- O que achas que se passou?
- Não sei, mas parece ser grave...- respondi eu, com a curiosidade a subir-me ao de cima.
- Meninos, não se percam! Temos que... que cumprir o plano.- gaguejou a senhora Lewis, ajeitando os seus cabelos loiros pintados num rabo de cavalo bem apertado.
Segui a professora, ainda com os olhos postos nos agentes da polícia. Chegámos até ao pátio, onde mais turmas se encontravam em círculo. Juntamo-nos a eles, mas quando vou para me sentar, ouço o meu nome a ser chamado. Fito-o, o rapaz do meu coração, que ocupa 100% dos meus pensamentos. Corro para os seus braços prontos para me envolverem. Uma mão nas costas e a outra na cabeça, como se estivesse a assegurar que eu estou em segurança.
- Estás bem? Não estás ferida, pois não?
- Não, Isaac, eu estou ótima!- vou para o saudar com um beijo, mas alguém nos impede.
- Ei, acham mesmo que este é o momento para essas cenas?- questiona Lee.
Desde o primeiro dia que o conheceu, Lee não se afeiçoou muito a Isaac, mas sempre me apoiou na nossa relação, por mais que lhe custasse. Quando lhe contei que namorávamos ela perguntou-me se tinha a certeza, mas eu disse que sim. Dia 11 de maio, uma sexta-feira muito especial para ambos.
- Porque não vamos ver o que se passa?- perguntou Isaac ao meu ouvido, para Lee não ouvir.
Este era o verdadeiro motivo para ela não gostar dele. Isaac, um rapaz fora das linhas, sempre a arranjar problemas. Já para esclarecer algo, não, ele não fuma nem usa drogas. Ele tem outro tipo de vícios, adrenalina. Tal como ele, eu também adoro adrenalina. Pode nos matar mas também nos dá prazeres incríveis.
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FUGA IMPLACÁVEL
Mystery / ThrillerApós ter matado alguém, Rose tem que fugir para não ser presa numa escola de delinquentes. Foge sem rumo, mas será que é apanhada? E se a jovem de 16 anos encontrar alguém que a ajude?