As fachadas do amor

Capítulo 4

  Capítulo 4 - Zoe POV:
       Acordo com a claridade do sol e depois percebo que deixei uma parte da cortina aberta. Minha barriga ronca e eu sinto uma fome imensa desde que não jantei ontem. Saio da cama com esforço, pois a mesma estava quentinha e confortável, pego meu celular e desbloqueio o mesmo vendo que ainda é muito cedo para eu estar acordada, são 6 da manhã! Mas continuo fazendo minhas coisas porque se eu voltar a dormir ninguém mais me acorda.
      Vou até a cozinha e aproveito que estou com tempo para fazer um café da manhã reforçado, faço ovos mexidos, panquecas, pego um bolo de chocolate que tinha comprado recentemente e uma xícara com um café de um cheiro incrível! Coloco tudo na mesa e assim que iria me sentar para desfrutar deste café da manhã digno de ser desfrutado alguém toca a campainha.
         ARGGGGH. Não acredito nisso!
        Ando preguiçosamente até a porta e quando abro vejo Ben com uma bermuda que me diz ser de treino, sem camisa com gotas de suor descendo pelo seu abdômen definido. Prendo a respiração por um momento mas logo me recomponho.  — É claro que tinha que ser você. – digo com desgosto por ele atrapalhar a minha hora sagrada que seria a de comer. E só depois que me bate a realidade. — Como você sabe onde eu moro? – pergunto e vejo o mesmo ficar sem graça e passar a mão atrás de sua nuca, abrindo um sorriso de canto. Esse homem me mata, só não pulo nele porque ele me deixou brava, mentira, eu não posso fazer isso. — Não importa, podemos conversar? – ele diz e assim percebo que ele está querendo mesmo conversar.
         Não acredito que estou fazendo isso, abro mais minha porta liberando passagem para ele adentrar minha casa. Ele avalia um pouco este apartamento e depois olha para mim. — Já tomou café? – pergunto apontando para mesa posta. — Não. – ele diz e continua em pé. — O que está esperando então? Eu puxar a cadeira pra você madame? – digo em um deboche com um leve humor. Ele gargalha e isso enche meu peito, não sei por quê. — Não senhorita deboche, eu mesmo me sento. – ele diz e se senta. Eu me direciono à cozinha novamente, abrindo a geladeira e pegando requeijão. E assim que fecho a porta da geladeira sinto seu olhar queimar em minhas costas. Viro só a minha cabeça e sigo seu olhar parando em minha bunda, meu short de pijama é curto e ele está só aproveitando este momento.
          Me sento na mesa de frente para ele e começo a comer e ele faz o mesmo em seguida. Depois de guardar tudo da mesa e organizar tudo eu checo o relógio que aponta 06:45, eu me sento no sofá e ele também. — Então... Sobre o que queria falar? – percebo que ele não responde e quando olho para o mesmo ele vem para cima de mim e me coloca de baixo de seu incrível corpo, beijando meu pescoço. — Que eu saiba... Isso não... São palavras. – digo com dificuldade e arfo assim que ele morde um ponto que é o mais fraco que eu tenho, um pouco abaixo da orelha. Eu inverto as posições ficando por cima e sinto que ele já está pronto para o que acontecer se é que me entendem. Isso me dá um choque de realidade. Eu me levanto e me direciono para o meu quarto, trancando a porta em seguida. Escuto seus passos apressados e logo depois sua voz rouca que me faz encostar as costas na porta e deslizar até cair sentada no chão. — Abra a porta Zoe, faça o que estou te pedindo. – ele diz e eu encosto a cabeça na porta. — Nem pensar Ben. – vou para meu armário e começo a separar a roupa de hoje com os sapatos e a bolsa, entro no banho e tomo um banho meio demorado já que ainda tenho um tempo sobrando. Saio do banho e escovo os dentes novamente, indo para meu quarto e me vestindo. Coloco uma calça social colada preta e uma blusa larguinha azul bebê com listras brancas e com um bolso, a coloco por dentro da calça e coloco um salto preto, pego minha bolsa colocando tudo que preciso e faço uma maquiagem leve e passo um batom que deixa minha boca avermelhada. Pego um blazer preto e jogo por cima, passo perfume e saio, vendo minha sala vazia e deduzo que ele foi pra casa se arrumar para o trabalho.
          No caminho do trabalho penso que não posso chamá-lo de Ben em local de trabalho porque se não as pessoas vão descobrir que nos envolvemos uma vez e ele agora é o CEO da empresa e eu não posso arriscar meu trabalho. Vou dispersa em meus pensamentos e assim que o ônibus para eu me levanto e saio do mesmo, olhando para o grande prédio a minha frente e respirando fundo. Vai ser um longo dia!
           Assim que me sento após ajeitar tudo para começar o trabalho Ben para em frente à minha mesa. — Bom dia Zoe. – diz e parece que ele está mal humorado. Não me importo! — Bom dia, Senhor Patterson. – digo sem olhar para ele e continuando a fazer minhas coisas, ele não diz nada mais ainda sinto sua presença aqui, levanto o meu olhar e encontro ele me olhando confuso. Quando ele ia dizer algo, seu tio abre a porta o chamando para uma pequena reunião em sua sala. Menos mal, não quero discutir com ninguém.
       [...]
      Entro no elevador e quando as portas estavam prestes a fechar um braço entra no meio das mesmas e depois que a pessoa entra no elevador, eu vejo um rosto familiar.
      Ben. Merda.
      Ele me lança somente um sorriso de canto, se virando para frente e ficando quieto, o que eu acho estranho. Deveria ficar calada mas não consegui resistir e perguntei logo. — O senhor está bem? Está quieto. – Digo formalmente pois ainda estamos em local de trabalho. — Estou bem sim, está insinuando que sou irritante? – ele pergunta.
       Sim, claro que você é irritante! – pensei. — Claro que não senhor, só estou perguntando. — Pare de me chamar de senhor, me sinto velho. – ele reclama e eu gargalho. — Não posso parar de tratar formalmente, porque você é meu chefe. Por isso te chamo de senhor. – Digo e ele me olha. — Engraçado, você não me chamou assim quando estava em cima de mim, gritando coisas obscenas. – ele ataca irônico. Queria quebrar a cara desse cafajeste. — É que não sabia que você ia aparecer depois na empresa dizendo que era o chefe por causa do seu titio. – Rebati arisca.
Ben ficou quieto na hora e permaneceu assim até chegar no térreo, onde eu saí do elevador e fui embora.
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Nossa! Essa Zoe tá afiada, não acham? Foi isso por hoje pessoinhas, até o próximo capítulo!!