- O que tá acontecendo, Thommy? – Jane perguntou, apertando o braço de Thomas tão forte que ele mal sentia o sangue circular naquela área.
Tudo foi muito rápido. A um segundo atrás eles estavam em sua rotina, se exercitando no pátio do Batalhão do Exército Alemão, juntamente com os outros soldados, e agora estão cercados por pelo menos 12 homens muito bem armados que invadirão o Batalhão, escolheram alguns soldados de lá e que claramente estavam dispostos a matar qualquer um ali que não obedecesse as ordens ditadas por eles. Como aconteceu com dois soldados que tentaram fugir do ônibus e do capuz. Foram fuzilados.
- Eu não sei. Mas fica sempre atrás de mim. – Thomas respondeu, com os olhos grudados à frente.
- Caminhem! – Um dos caras gritou. E Jane estremeceu mais ainda.
Thomas caminhava sem medo. Bom, na verdade, após anos de treinamento no exército, ele sabia o que fazer: procurar uma forma de dar o fora. Estava preocupado demais em busca de uma maneira de se sair ileso daquilo com Jane.
Todos eles, cerca de 20 soldados do exército alemão, caminhavam em direção á um portão de ferro imenso, que abria aos poucos para que todos entrassem.
Em meio a choros baixos de alguns soldados, ao ver o que estava após a imensa porta de ferro, Thomas achou que talvez tivesse um palpite para a pergunta de Jane.
- Sejam bem vindos a Máfia Alemã, maricas!
Os soldados entraram numa espécie de balcão, incrivelmente grande, onde bem no seu centro se encontrava um homem, baixo, de cabelos pretos , que usava uma camisa regata preta com uma calça camuflada, e diferente dos homens armados, ele tinha apenas um copo na mão e não estava mascarado. O que facilitava a todos perceber o seu bizarro sorriso, além dos olhos frios.
- Aaaah, qual é? Não é o dia mais feliz da vida de vocês? – Ele riu. - É claro que não. Mas, foda-se, porque é o meu.
Outro soldado tentou fugir, correndo desesperadamente em direção gigantesca porta de ferro atrás deles, e um dos homens que estavam armados nem sequer o perseguiu. Apenas o mirou e atirou.
Jane deu um pulo com mais um tiro. E todos envoltos a mais silêncio, estremeceram.
- Muito bem. Vou ser diretíssimo aqui, porque quero ir logo pra melhor parte – disse o baixinho no centro, e logo em seguida tomou o resto de uísque do seu copo.
- Somos a Máfia Russa e agora, vocês são nossos recrutas. – Ele começou a dar alguns passos a frente - Todos os anos precisamos de soldados bem treinados para limpar as sujeiras dos chefões ou tirar pedras do caminho deles, se é que me entendem - Mais uma risada.
- Nós somos uma organização bastante complexa, e com o tempo vocês irão nos entender. – Ele suspirou e prosseguiu:
- O que acontece é, pouquíssimos de vocês são bons o bastante pra nós. Talvez fossem lá no seu batalhãzinho de merda, mas aqui exigimos um pouco mais. Não aceitamos qualquer soldadinho burro trabalhando pra gente. Esse lance de correr com 12 caras podendo te estourar? Burrice! – Ele sorriu novamente.
- Agora a melhor parte... – O portão atrás dos soldados foi se fechando, causando mais terror neles, no entanto, um outro portão, atrás do baixinho sinistro começou a se abrir.
Era a saída.
- A verdadeira saída está atrás de mim. – Mais um soldado tentou ser rápido ao correr em direção a nova saída, e mais uma vez mais um tiro. Mais um corpo.
- Por favor, não me interrompam. Onde estão seus modos? - E continuou. – Se conseguirem passar por mim serão livres. Se não, serão mortos. Porém, se forem bons e espertos tentando fugir, parabéns, você será recrutado!
- Como vamos lutar com você sem tomar a porra de um tiro? Seu doente! – Gritou um soldado que estava bem na frente.
- Excelente pergunta! Uma pena que não vai viver pra ouvir a resposta.
PÁ
Outro tiro.
- Thommy... – Jane fechava os olhos e afundava o rosto no braço de seu melhor amigo.
- Os mascarados sairão da sala quando eu bater palma. Pro negócio ser mais justo, né?! – Ele se aproximou um pouco mais dos então recrutas:
- O ideal é que vocês lutem comigo pra mostrar seus talentos e não pra tentar fugir realmente, porque se assim for, eu terei que matar aquele que assim fizer. Então, sugiro que tentem fugir desesperadamente – Ele abriu um largo sorriso - Pois pra mim, a melhor parte é matar.
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Quem Disse Que Eu Não Vou Viver Pra Sempre?
CasualeApós a morte de seu pai, Jane Goulart só tinha uma certeza em mente: "Meu pai não cometeu suicídio, ele foi assassinado pelo seu melhor amigo". Ela viu e ouviu tudo para ter esta certeza,e apesar de dinheiro nunca ter sido problema para a família de...