Capítulo 15 - Be Strong!

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Pov Gui

O treino estava prestes a começar e nada do David aparecer, já era para ele estar aqui. O mais estranho é que ele nunca se atrasou para um treino e quando ele se atrasa avisa sempre. Será que ele apanhou muito trânsito no caminho de volta à escola.

O Mister olhava para o seu relógio de 5 em 5 minutos. Ele odeia atrasos e o pior é que nós temos horários para cumprir e já estávamos um pouco atrasados.

Mas onde é que o David se meteu?

- Não sabes mesmo onde é que o David possa estar? – O mister perguntou-me novamente e eu suspirei.

- Não, Mister! Só sei que ele foi levar a namorada a casa e que vinha direto para aqui. – Eu falei e ele suspirou.

- Não é normal ele atrasar-se para um treino. – O Pedro, nosso colega de equipa comentou.

- Eu sei que não, Pedro. Mas o fato é que ele ainda não chegou e nós precisamos começar a treinar. – O Mister falou e ele assentiu.

- Mister, eu posso ir até ao balneário ver se ele já chegou? – Eu perguntei e o Mister assentiu.

- Entretanto eu vou por a equipa a aquecer. – Ele falou e eu assenti.

Corri em direção ao balneário da escola com esperanças de encontrar o David lá. Aposto que se perdeu no tempo, ele quando está com a Alice esquece tudo o resto. Eu dirigia-me ao balneário masculino mas antes de entrar ouve algo que me chamou atenção, vi de longe o grupinho do Ricardo. Eles estavam muito animados pois riam muito e faziam muito barulho, parecia que estavam a comemorar algo. Achei estranho, eles estarem na escola a uma hora destas, não é normal.

Entretanto cheguei ao balneário e reparo que a porta do mesmo estava aberta e lembro-me que antes de sairmos para o campo, eu deixei a porta fechada. Sorri automaticamente, só pode ser o David que se está a equipar.

- Tanto tempo o que é que andaste a fazer? - Eu falei assim que entrava no balneário.

Eu parei de repente assim que os meus olhos se depararam com um dos piores cenário que vi na minha vida e que me deixou com o coração feito em pedaços. O meu melhor amigo, o meu irmão, estava desmaiado no chão completamente ensanguentado e com vários hematomas no corpo.

- DAVID! – Eu gritei e corri até ele ajoelhando-me ao seu lado e certificando-me logo se ele estava a respirar. – David, fala comigo! DAVID! – Eu estava a entrar em desespero. Mas quem é que fez uma coisa destas com ele? – SOCORRO! ALGUÉM QUE AJUDE, POR FAVOR! – Eu gritei com todo a força que consegui.

- Gui! – Eu olhei para o David e ele abriu os olhos com algum esforço.

- Não fales, mano! Não fales. – Eu falei agarrando a mão dele reparando que ele tentava respirar, mas até isso lhe doía. – SOCORRO, EU PRECISO DE AJUDA. – Eu gritei e o David apertou a minha mão com alguma força.

- A minha perna, Gui! – Ele falou aos poucos e muito baixinho. Eu olhei para perna dele e reparei que ela estava com uma mancha negra enorme. Eu arregalei os olhos e senti as lágrimas invadirem os meus olhos de forma automática.

- Quem é que te fez uma coisa destas, mano? – Eu perguntei e ele tentava respirar devagarinho.

- Foi... - Ele não conseguiu falar pois acabou por desmaiar de novo.

- SOCORRO! EU PRECISO DE AJUDA AQUI, PORRA! – Eu gritava com esperanças que alguém me ouvisse.

De repente o funcionário que guarda os balneários, o Sr. Jorge, entra e logo que me vê ajoelhado perto do David arregala os olhos.

O Fruto do Nosso Amor 3Onde histórias criam vida. Descubra agora