Capítulo 4

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— Desculpa, eu não posso fazer isso. — Falo me afastando dele e cobrindo as partes nua de meu corpo, ele me olha sem entender nada.

— Como assim não pode? — Ele pergunta sério, e Deus, estou fudida, lascada e morta com farofa!

— Eu... eu... eu não posso, me desculpa senhor, mas não sou assim. Estou aqui por um momento de loucura, eu não estava em meu juízo perfeito quando decidi aceitar seu pedido, tenho que retira meu perfil do site. — Ele me olha, mas seu olhar não me diz nada, sinto um puta medo dele.

— Você quer dizer que me fez te trazer de helicóptero até aqui, ficar quase nu, pare se arrepender da burrada que fez? Eu sabia que pela sua cara de mimada, isso poderia acontecer.

— Eu não sou mimada! Se soubesse o duro que dou para me manter, você não me chamaria de mimada! — Falo irritada.

— Sei até parece que é trabalhoso ficar se vendendo, você não é nada menos que uma acompanhante, só que de luxo querida, isso não te faz menos suja do que qualquer uma outra. — Ele cospe essas verdades na minha cara.

— Eu nunca fiz isso antes... — Falo quase sem voz, mais para mim, do que para ele. — Me diga onde estamos, quero voltar para minha casa.

— Você nunca o que? — Ele me pergunta duro.

— Nunca fiz nenhum programa antes, você é o meu primeiro cliente. — Falo já choramingando.

— Você nunca fez nenhum antes? — Ele me pergunta como se quilo fosse algo de outro mundo. Nego com a cabeça.

— Não. — Falo com um nó na garganta. Ele se aproxima de mim, e alisa meu rosto. Suas feições mudam, e seu olhar se suaviza.

— Por que você aceitou meu pedido? — Pergunta me olhando.

— Eu tenho meus motivos ou eu tinha, sei lá. — Falo saindo de perto dele.

— E quais são esses motivos? Você não tem aparência de quem faz isso.

— Realmente não faço, sou secretaria, mas meu salario não é lá essas coisas, mal dá para me sustentar, tenho apenas hora para entra mas para sair nunca tenho.

— Então por que não procura outro trabalho?

— Você já viu a crise em que estamos enfrentando? Não é tão fácil assim, e nem todo mundo tem dinheiro como você.

— Mas você se escreveu em um site de acompanhantes, você não é mais nenhuma criança, sabe muito bem o que rola nesses sites. — Ele está me repreendendo?

— Não preciso de sermão! Só me diga como faço para voltar para casa. — Falo emburrada.

— Não tem como você voltar agora, se quiser ir, você pode ir amanhã cedo.

— Tudo bem, então! — Saio emburrada de perto dele e vou até a praia e me sento na areia na beira do mar. Fico sentada enquanto as ondas molham meus pés, e minhas lagrimas rolam sem sessar, ninguém mandou eu me meter nisso, pensar só no dinheiro fácil, que na verdade não é fácil. E sem falar no medo desse cara fazer alguma coisa comigo, eu sou uma estupida. Nunca tive sorte com nada na vida, tudo que tenho até hoje foi suado, pego meu celular de meu bolso e verifico o gps, mas o mesmo não mostra onde estou, continuo na mesma. Ligo a câmera e tiro uma foto do mar, enquanto eu olhava para o horizonte meu celular toca, olho o visor e o nome de meu pai aparece na tela.

— Oi papai. — Atendo feliz por ele ter me ligado.

— Como vai minha filha? — Ele me pergunta.

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