Capítulo 5

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Não sei como vim parar na cama. Das duas uma, ou eu entrei em estado de hibernação e fui carregada, ou sou sonâmbula. Olho ao e me dou conta que estou sozinha nessa cama grande. Me levanto um pouco trôpega pelo sono e sinto minhas estranhas doerem, e me dou conta do sexo maravilhoso que fiz na praia, foi minha primeira vez em um lugar tão inusitado, pelo ao menos para mim. Vou até o banheiro onde tomo um banho, após lavar todas as partes de meu corpo, que tinha areia até onde Deus duvidava, me sinto limpa. Visto um roupão e vou a procura do Henrique.

Procuro nos quartos do segundo andar e não o encontro, desço as escadas indo em direção a sala, quando vejo uma frecha de luz vindo da porta, vou até lá e encontro Henrique sentado, com um copo não mão, me aproximo dele com cautela, que parece estar focado em um ponto qualquer no horizonte, noto que o conteúdo em seu copo é uísque e me aproximo mais dele, que finalmente parece notar a minha presença. Ele levanta os olhos, e me olha por entre seus fios longos e grossos de seus cílios, me fazendo sentir uma pontada de inveja dele. Seus olhos azuis estão com um leve tom avermelhado, talvez seja cansaço, um homem como ele deve trabalhar muito.

— O que faz acordada as três da manhã? — Ele me pergunta com uma voz calma.

— Não sei, perdi o sono. — Ele estende a mão e pega a minha, me puxando para me sentar em seu colo.

— E você, o que faz acordado essa hora?

— Apenas, pensando na vida. — Ele diz me olhando nos olhos.

— Entendo. Faço muito isso.

— Bruna, o que te levou a entrar realmente naquele site? Você sabia que existe todo tipo de maluco? Pensou na ideia de seu primeiro cliente ser um doido?

— Sim eu pensei, mas... as vezes estamos tão desesperados que não pensamos na gravidade de nossos atos, e agimos no impulso.

— Você é uma mulher linda, não deve ficar se sujeitando a isso, esse tipo de pessoas que procuram esses sites, está em busca de prazeres diferentes, coisas mais intensas. — Ele me fala, mas sei que quer me dizer mais alguma coisa.

— Como assim? — Pergunto confusa.

— Deixa prá lá, ainda bem que fui eu que te encontrei. — Ele diz, alisando o desenho de meu decote. — Levanta. — Seu tom de voz agora é autoritário. Me levanto e fico de frente para ele, que me encara. — Tira o roupão. — Quero protestar, mas quando me dou conta, meus dedos já estão abrindo meu roupão. Deixo ele cair ao redor de meus pés, me deixando nua. — Agora cavalga em mim, até perder os sentidos. — Esbugalho os olhos, pois isso foi a coisa mais sacana que alguém já me disse. Sem pensar duas vezes, passo as pernas por cima dele e ele arranca a bermuda, deixando seu mastro a mostra, preparado para que eu o receba. Me sento lentamente em seu pênis e sinto ele entrando alargando minhas carnes, quando ele está completamente dentro de mim, tenho que ficar curvada, pois se eu ficar reta a impressão que dá é que ele vai me atravessar.

Começo a me movimentar bem lentamente, subindo e descendo, fazendo meus peitos pularem eu seu rosto. Henrique passa as mãos em minha cintura e começa a ditar como ele quer, meu corpo entra em um ritmo que é muito gostoso. Sentada em seu mastro eu rebolo, fazendo-o gemer, um gemido que veio do fundo da garganta. Enquanto rebolo, sinto sua pele friccionando meu clitóris, me fazendo arquear as costas de prazer, e friccionando mais ainda para sentir essa sensação novamente, agarro seu pescoço e vou em busca da minha libertação. Com os olhos fechamos eu deixo que ele me guie pelo caminho do paraíso, suas mãos agora agarram minha bunda, fazendo meu corpo ir para frente e para trás, não demora muito até que somos arrebatados por um orgasmo sensacional, que faz todas as células de meu corpo tremerem de puro prazer. Em seguida Henrique também se esvazia completamente dentro de mim, com um grunhido.

Quando nossos corpos e nossas respirações se acalma, eu levanto a cabeça, encontrando um Henrique pensativo, como se o que acabamos de fazer, não fosse nada. Com raiva tento me levantar de cima dela, mas o mesmo me mantem firme no lugar.

Olho para ele, que agora está de olhos fechados, mas que ainda me segura para que eu não sai de onde estou, e não entendo. Ele parece tão frio, o Henrique quente de segundos atrás desapareceu, dando lugar a esse completamente misterioso.

— Casa comigo? — Ele me pergunta, e eu acho que não entendi direito sua pergunta.

— Quê?

— Casa comigo? — Ele repete agora me olhando nos olhos.

— Você ficou maluco! Nem nos conhecemos, como pode me pedi em casamento.

— Podendo. Então vai se casar comigo?

— Não! Você é louco.

— Não sou louco Bruna, preciso que se case comigo. — Ele fala com uma serenidade.

— Ai meu Deus! Você me contagiou com aids, é isso!? — Minha pergunta soa mais para um berro histérico.

— Você é louca? Não, te disse que não tenho nada. — Continuo assustada, meu coração parece que vai saltar pela minha boca a qualquer instante.

— Então... porque você precisa que eu me case com você? — Pergunto sem intender nada.

— Só falarei se aceitar. Mas vou te dá até amanhã, pode pensar. — Me levanto de cima dele assustada, e quando fico de pé, sinto seu sêmen escorrer por minhas pernas, pego meu roupão e o coloco apressada, e corro de volta para o quarto. Uma vez no quarto, ando de um lado para o outro, minha respiração está forte, meu peito dói, me sinto como se eu tivesse corrido uma maratona. Como ele me pede em casamento assim?

Nós nem nos conhecemos, mais em que merda eu me meti?

Eu estava tão frustrada com a falta de dinheiro de tempo, que acabei me deixando levar pela possibilidade de dinheiro rápido. O Henrique tem razão, eu poderia ter encontrado um doido, um maluco, ou até um assassino, estava tão exposta, e ainda estou. Quem me garante que ele também não é nenhum doido? Ou que me fara algum mal? Mesmo que ele até agora tenha me tratado bem, ele pode ser uma pessoa agressiva, que agora veio com esse pedido de casamento, com certeza esse homem é doido. Deve sofrer de alguma esquizofrenia. Deito na cama de roupão e tudo e fico olhando o sol nascer.

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