Four

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Froy me queria

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Froy me queria. As provocações dele haviam me manipulado o suficiente para me render. Para deixar ele no comando e ser a garotinha submissa.

Mas eu havia esquecido que o mesmo poder que ele exercia sobre mim, eu exercia sobre ele. 

Senti um sorriso cruel repuxando os cantos dos meus lábios. Oh, Froy estava se divertindo em me torturar, mas esquecia que eu podia fazer o mesmo com ele.

Era hora de fazê-lo parar de rir às minhas custas. Era hora do coelhinho mostrar pro tigre quem realmente mandava nessa droga.

- E como você se sente agora? – eu perguntei, recuperando o controle sobre minha tremedeira com a idéia da doce vingança que estava por vir.
- Ahn? – ele perguntou, como se não estivesse me ouvindo. Provavelmente não estava mesmo, não com toda sua atenção. O garoto parecia focado demais em abrir aqueles botões.

Eu inclinei minha cabeça para trás, a encostando em seu ombro, e aproximei meus lábios de sua orelha.

- Como você se sente tirando minhas roupas? – eu sussurrei, colocando minha mão livre sobre uma das dele, que cuidava dos últimos botões – Como é saber que agora você pode? Você tem sonhado com isso, não tem? – meus lábios começaram a acariciar a pele logo abaixo de sua relha, nos intervalos entre minhas frases – Quando você está sozinho no seu quarto, ouvindo o que eu faço... Você se imagina fazendo isso, não imagina? Se imagina me tocando, suas mãos me desnudando aos poucos... – eu podia ver os olhos de Froy fechados, e sua respiração já estava descontrolada.

Minha blusa já estava totalmente aberta, de forma que eu lentamente comecei a deslizar a mão dele para minha pele exposta – Aposto que você pensa na textura da minha pele... O quanto é macia... Quente... Ela é como você imaginava? – eu perguntei, finalmente posicionando a mão dele contra minha barriga. Ele grunhiu, um som desesperado que me arrepiou por inteira, enquanto eu continha um gemido.

- Melhor. – ele respondeu, ainda de olhos fechados como se em um transe, sua outra mão também agarrando meu corpo agora descoberto.

- Então como você se sente? – eu perguntei novamente, minha voz agora muito menos controlada – Sabendo.. Oh... Sabendo que não é mais só fantasia? – respirando fundo, eu levei minha mão livre até a nuca dele e disse, com toda a coragem que eu tinha – Como é saber que eu vou deixar você fazer o que quiser com o corpo que você vem morrendo de vontade de ter há um ano? Como é ter aquilo com o qual você tem estado obcecado desde que me conheceu? – deixando minha voz cair para um tom ainda mais baixo, eu concluí – Como é saber que eu finalmente vou ser sua?

Quando Froy finalmente abriu os olhos, eu soube que tinha ido longe demais.

O olhar dele não era apenas desejoso... Era descontrolado. Antes que eu pudesse reagir, me vi sendo pressionada contra a mesa, o corpo de Froy ainda colado no meu por trás e suas mãos acariciando meu corpo sem nem um pouco da suavidade de antes.

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