Oioii, não esqueci não e olha capítulo saindo do forno!
Queria comentar que ontem li uma fanfic tão totosinha que passei o dia lendo entre os intervalos do trabalho, tempo livre e faculdade. Eu amo Drarry e me deu um alvoroço de continuar Murphy e reformular a partir do capítulo 20 qual eu senti que perdi a linha das coisas. Vamos tentar né, Murphy sempre me dando dor de cabeça. E tudo dando errado quando tento de novo (ironia não? lei de Murphy)
Outra coisinha, a fanfic é da slygirlwtt e eu inclusive vou me inspirar para desenvolver pensamentos em primeira pessoa (já aproveitei a correção desse cap pra tentar) empre tive dificuldade em escrever desta forma e vou me arriscar por aqui com os pensamentos, mas apenas eles, nem um pouco pronta para tentar postar algo em primeira pessoa haha!
E, nota-se que mesmo que Kiss Me seja em terceira pessoa, haverão capítulos que serão narrados numa visão mais sobre os sentimento de um personagem e outros capítulos no de outro! <3
Boa leitura, bebam água!
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Apesar de Scorpius ter aceitado, ele se encontrava parado, encarando o pomo-de-adão do garoto a sua frente, estático e um tanto ofegante. Quando notou que o moreno não tomava iniciativa alguma, ergueu o rosto suavemente e o encarou mais uma vez.
— Albus? — chamou, ao notar um olha profundo que não se recorda de ter visto nos olhos do amigo antes, junto de um sorriso de fazer o âmago inocente de Scorpius se revirar dentro de si.
Como se tivesse saído de alguma hipinose, Albus piscou os olhos e o sorriso despencou devagar, enquanto aquele olhar vibrante fazia passeios pelo rosto de Scorpius. O loiro tinha uma respiração audível, mesmo que baixa, entregava seu nervosismo e tinha plena noção que Potter sempre o soube ler muito bem, mesmo que tentasse disfarçar sua aflição, alegria, tristeza, nada passava por ele.
— Então? — incentivou, apreensivo de ter feito algo errado ao aceitar. "Era uma pegadinha? Albus estava brincando e agora as coisas vão ficar estranhas entre a gente?"
Quase como se tivesse lido seus pensamentos, o moreno se aproximou lentamente, suas mãos foram de encontro as de Scorpius, que mantinha uma postura rígida. Não que achasse que o outro fosse lhe atacar, mas mal percebia que seu corpo estava tenso de ansiedade pelo o que estava por vir.
O toque suave das mãos alheias fez o loiro respirar fundo, sentindo de alguma forma a essência calma que Potter o transmitia sempre que as tocava.
"Essas mãos são bonitas."
— Você precisa relaxar primeiro. Venha.
Ao ouvir o chamado, sentiu o moreno o puxando sutilmente pelas mãos em sua direção. O garoto pouco meses mais jovem se inclinou, se pôs de joelhos para ter mais força física e se ajeitar de forma confortável sobre às coxas de Albus, sentado. Ouviu um resmungar baixo do garoto e pensou que poderia estar pesado, mas ele não protestou, pelo contrário, suas mãos param sobre a cintura de Scorpius indicando plenitude em continuar.
O silêncio torturante de Potter fez Malfoy o encarar nos olhos, então suas mãos param sobre os ombros dele. Era uma situação que vista de fora, definitivamente faria o loiro se sentir mais envergonhado do que já estava. Estaria mentindo se não admitisse que aquela situação toda estava revirando seu estômago de uma forma nova, uma sensação quente subia por sua garganta como se tivesse engolido um pomo de ouro e ele estivesse a se debater para subir de volta.
"Albus, tira esse pomo da minha boca como o bom artilheiro que é?!"
Seu rosto corou com o pensamento inoportuno, tentou não se abalar com tanta falta de raciocínio perante o que vivia.
— Olhe para mim. — Albus pediu e Scorpius quase sobressaltou com a mudança de tom. Não se recorda de ter ouvido esse timbre grave como estava no momento no amigo, firme e com tanta seriedade. — Se algo te incomodar, não hesite em me avisar, me empurrar ou qualquer que seja a situação que lhe fazer sentir qualquer sentimento negativo. Está bem?
— Uhum. — o loiro se deu conta que não tinha voz suficiente para responder em palavras, um fiapo de voz preso na garganta querendo dizer que não iria hesitar por algo que passou a ansiar a poucos minutos.
O moreno se aproximou de seu rosto, Scorpius queria observar tudo mas foi de maneira automática que seus olhos fecharam e sua respiração ficou presa. Para sua surpresa, o moreno encostou apenas o nariz ao seu, com um leve beijo de esquimó que, de certa forma, foi suficiente para Scorpius desmazelar-se em seu colo.
Um suspiro fraco escapou dos lábios rosados ao sentir o rosto quente de Albus esfregar contra o seu, suas bochechas dançaram lento, envolvendo ambos naquele mar pacífico de ternura.
Entretanto, para a surpresa do mais jovem, sentiu lábios contra sua mandíbula, que deslizaram com uma leveza surpreendente até o canto de seus lábios trêmulos e quentes. Sua respiração ficou irregular novamente, e o loiro quase derreteu sobre o selar de suas bocas. Um ofego surpreso escapou, enquanto suas mãos apertaram com firmeza o tecido dos ombros de Albus.
O selar aparentou levar uma eternidade para o loiro, mas não estava reclamando. A sensação nova aumentou aquele entusiasmo no estômago e baixo-ventre. De forma imediata, Albus o segurou com mais firmeza, no momento que suas bocas se abriram suavemente, para o envolver de seus lábios e não tardar a valsar suas línguas.
O choque térmico do corpo gelado de Albus ao quente de Scorpius, causou um declínio de sua sanidade; foi como se os pensamentos fúteis estivessem sumido, as conversa profundas, as piadinhas, tudo. Sua mente apenas recebia aquele contato, anestesiado com aquelas ações, em cirurgia para novas sensações.
A respiração faltou e afastaram seus lábios ofegantes. Malfoy encostou suas testas de olhos fechados. Identificou-se tão longo e tão rápido.
— Eu fui bem? — perguntou no silêncio que matutou entre eles.
— Esplêndido. — murmurou Albus, rouco. Malfoy quase vibrou com a voz do moreno, ele não parecia tão afetado quanto o loiro estava, não visivelmente, mas sua voz dizia algo que Scorpius ainda não sabia reconhecer nas entrelinhas.
Quando Scorpius se deu conta que ainda estavam agarrados, ele se afastou lentamente sem encarar o amigo. Ajeitou a postura e tentou tirar o amasso de seu uniforme, sentindo o olhar firme das esmeraldas vibrantes que parecia lhe queimar inteiro, evitando propositalmente olhar para elas.
As vezes, o olhar de Albus podia se comparar ao de uma cobra na estreita, silenciosa, arduosa. Se enroscando sobre galhos finos, pronto para um abate. Scorpius tinha isso em mente, mas nunca o dirá para o amigo com receio dele achar que esteja o chamando de traiçoeiro.
O que, em consenso comum, Albus também era. E ele tinha plena consciência de tal habilidade.
— Eu tenho clube do livro daqui a pouco. — novamente Scorpius cortou o silêncio.
Sem resposta de Potter, se levantou incerto, indo colocar os sapatos e a capa, notando que ela não o esquentava como o moreno estava o fazendo. Por um instante, Scorpius percebeu que o gélido de Albus era estranhamente confortável e acolhedor.
Em silêncio, Scorpius se retirou inquieto, pouco antes de alcançar a soleira da porta, seus ouvidos foram preenchidos com a voz de Albus mais uma vez.
— Nos vemos na comunal, Scorp.
A voz de Albus parecia mais normal, apesar de ainda o encarar como se fosse um demônio observando um anjo recém caído no inferno. E, devidamente, era como Scorpius se sentia.
O âmago da sua inocência quebrava sua primeira corrente.
"Céus, o que nós fizemos?"
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Kiss Me | Scorbus
ChickLitApaixonado por Scorpius a tanto tempo, Albus encontra a oportunidade perfeita de tentar conquistar o melhor amigo quando uma situação indesejada surge. E a incerteza de perder seu amigo ou conquistar seu coração, brincando em sua mente.