Povs Madison
Sinto seus lábios tocarem o meu, apesar de ser errado eu queria aquilo. Minha mente está confusa, não posso ficar mas um minuto se quer aqui. Eu simplesmente sai correndo, meu vestido longo e o salto me impedia de sair dali o mais rápido possível, ele vem logo atrás de mim gritando meu nome, logo tiro meu salto e volto a correr. Percorri por todo aquele corredor da escola, passei pelo campo de futebol americano e fui em direção a floresta, não fazia a mínima ideia de pra onde estou indo, eu só queria sair dali. Meu coração ficava acelerado a cada passo que dava, as lágrimas caíam do meu rosto involuntariamente, passavam-se mil pensamentos em minha cabeça e eu não sabia o que fazer ou pra onde ir, eu só corria. Em um certo instante eu já estava bem longe da escola e de todos, minhas pernas já não aguentava mais correr então decidi parar em um certo lugar, apoio meu corpo em uma árvore qualquer. Naquele momento só era possível escutar o som da minha respiração ofegante, a floresta estava completamente em silêncio, já era noite e a lua iluminava o céu estrelado, porém avistei um rio, me aproximo da margem e observo a água. De repente escuto alguém gritar, não conseguia reconhecer a voz mas aquilo me assustou, olho em volta desesperada, não sabia se ficava ali parada ou se iria ver o que estava acontecendo, essa dúvida me consumia a cada segundo, e quanto mais eu ficava parada pensando no que fazer mais perto os gritos estavam, aqueles gritos se aproximavam de mim cada vez mais. Olhei pro lado e só via a floresta, se eu corresse pra lá poderia dar de cara com a morte, olhei para o outro lado e só havia o rio, se eu fosse pra lá teria que ficar embaixo d'água e a morte me encontraria pois morreria congelada. E mas uma vez os gritos se aproximavam, sem pensar duas vezes pulo no rio. Era inverno, a água estava congelante, algumas partes estavam formando gelos, o vento frio e a neve fina caiam sobre mim. Nadei para o mais longe dali, fui indo pela margem e tentava me esconder pelos galhos das árvores, uma garota da qual eu não conhecia estava correndo e caiu na beira da margem do rio, ela estava com um corte na cabeça e suas mãos estavam ensangüentadas, a garota implorava por misericórdia. De repente surge uma sombra de um homem alto, não consegui ver o rosto, só era possível ver a sombra, ele aponta uma arma para ela e assim que percebo que ele iria disparar eu gritei. A palavra "Não" saiu involuntariamente da minha boca, mas aí percebo que eles não me ouviram, então percebo que o grito não saiu pois não tinha força, meu corpo estava congelando e minha visão ficou turva, tentei sair da água mas não consegui. No momento o qual eu perdi minhas forças eu comecei a afogar, eu tentava subir pra margem mas não conseguia, eu precisava salvar a vida daquela garota mas eu não conseguia nem salvar a minha própria vida.
Minha visão foi ficando preta, sentia meu corpo sem vida, meus pensamentos sumiram, todos os problemas desapareceram, meu corpo congelado, minha mente congelada, e meu coração estava morrendo, minha visão ficou preta e no último instante escuto um disparo.Uma semana antes
Na manhã de quarta-feira estávamos todos na sala de aula, o diretor veio até a minha classe para anunciar a data do baile de inverno.
— Bom dia. Estou aqui para anunciar o grande dia do baile de inverno, como vocês já sabem, esse evento é muito comum em nossa escola. Já virou tradição á anos, e o grande dia acontecerá no final da próxima semana. - diz o diretor empolgado.
Já estava no corredor com Chloe esperando ela pegar suas coisas em seu armário quando vejo Jack Gilinsky andando pelo corredor, todos os olhares foram diretamente para ele. A notícia de que ele havia desaparecido se espalhou rápido e quando vimos ele na escola ficamos surpresos. Ele caminhava rápido até a sala do diretor, nem se quer olhou pra uns dos alunos que estavam no corredor.
— Não acredito que ele voltou e não foi me procurar. - diz Chloe indignada.
— Pois é... - digo baixo.
— Olha só quem tá vindo. - ela diz e olha pra Jack Johnson vindo em nossa direção. — Você acha que ele sabia esse tempo todo onde o Gilinsky estava?
— Eu realmente não sei.
— Tenho que ir, tchau. - ela diz assim que o sinal toca. Jack vem em minha direção e sorri tímido.
— Por que não atendeu as minhas ligações ontem de noite? - ele diz.
— Tinha coisa mais importante pra fazer. - digo e logo saio andando.
— Mad espera. - ele me segue, o corredor estava vazio e só era possível ouvir nos dois conversando - Por que está agindo assim comigo?
— Eu sei que você sabia onde o Gilinsky estava.
– Me desculpa por não ter contado.
— Eu preciso ir... - saio de lá e vou pro banheiro.
Entro no banheiro, vou até a pia e apoio minhas mãos na mesma e olhou meu reflexo no banheiro.
— Concentre-se Madison. - respiro fundo - Você precisa se concentrar. Não desvie o sentido da sua vingança. - digo para mim mesma. - Pare de se importar com Jack Gilinsky.No final do dia estava entrando em minha casa quando ouso uma voz familiar dizer algo.
— Não sabia que você morava aqui. - olho pra trás e vejo Jack Gilinsky parado em meu jardim.
— Você some por uma semana e quando volta vem até mim e diz isso?! Acho que veio atrás da pessoa errada. - abro a porta e quando desvio o olhar Jack já esta ao meu lado.
— Por incrível que pareça, você me parecia a pessoa mais certa nesse momento. - ele sorri de lado.
— Entra. - retribuo o sorriso e dou passagem para ele entrar em minha casa. Assim que entra eu fecho a porta e o olho. - O que quer?
— Conversar. - ele se apoia na parede e me olha.
— Sobre?
— Sobre eu ter sumido. O Johnson me disse que você ficou com raiva por ele ter mentido, não culpe ele por isso, foi eu que pedi.
— Eu sei... mas é complicado.
— Fiquei sabendo que você conheceu a mãe dele. O que achou dela?
— Sinto que vou gostar muito dela. - digo essas palavras que são todas mentiras e sorrio pra completar.
— Cá entre nós. - ele me olha - A mãe dele é uma bruxa. - ele ri baixo.
— Talvez. - sorrio de lado. Ficamos ali em silêncio por um tempo, ele encostado na parede observa minha casa e decide quebrar o silêncio.
— Me diz uma coisa, por que você mora aqui? Quero dizer, por que essa casa? - ele parece curioso.
— Por que você quer saber? Por acaso essa casa tem alguma coisa que eu não sei?
— Eu sei que você é nova na cidade, só mora aqui a uns 2 anos. Essa casa tem uma história, a mulher que morava aqui tentou roubar uma empresa e acabou se matando para não ser presa. Não sei explicar a história direito, mas foi isso que o povo da cidade sabe.
— Eu não ligo. - suspiro e vou pra cozinha.
— Talvez devesse. - ele me segue e para na entrada da cozinha me olhando.
— Você veio aqui pra falar isso? Ou tem outra coisa que queira dizer?
— Desculpa, eu só vim pra conversar mesmo. Mas se quiser eu vou embora.
— Pode ficar se quiser. - olho pra ele e sorrio de lado.
Aquela noite foi estranha, não foi planejada e nem esperada. Acho que foi a coisa mais normal que já me aconteceu a muito tempo. Foi bom ter ele ao meu lado, conversarmos bastante e ele me convenceu a falar com o Johnson, e era a coisa certa a se fazer. Apesar de ter sido uma ótima noite, não poderia se repetir. Mas Gilinsky tinha razão, eu ligava muito pra história da mulher que morava aqui, cuja mulher era minha mãe. É isso que as pessoas fazem, elas acreditando no que ouvem de você e não na verdade, ninguém acreditou na minha mãe, para todos ela era a mulher ladra que queria manipula-los, mas na verdade eles já estavam sendo manipulados e não era pela minha mãe.
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Quase sem querer
FanfictionAs pessoas dizem que a vingança nem sempre é o melhor caminho a se escolher, pois quando você decidi se vingar entrará em um jogo perigoso. Estava pronta pra me vingar, apesar de ter apenas 17 anos, já estava decida, não queria mais que todos me vis...