Reencontro

991 61 4
                                    

Ouço o choro no quarto ao lado. Essa vida de mãe é cansativa. Ainda mais quando se faz tudo sozinha. Vic Holland Oliveira, minha menininha. Carregava o sobrenome do pai, sem ao menos o conhecer. O registro ainda não havia o nome de Tom, devido o fato dele não estar presente no momento das assinaturas dos responsáveis. Eu pretendia mudar isso. Minha filha, nossa filha, não iria crescer sem pai. Eu sei,me distanciei dele durante a gravidez inteira, pra que me importaria agora? Ele deve me odiar na verdade. Por não ter visto os ultrassons, ouvido o coração da bebê bater, de ter descobrido o sexo dela... eu me matava por ter tirado isso dele... mas foi preciso... eu precisava me afastar de todo aquele problema... ter um tempo pra mim. E agora, estou em minha casa em Londres, pronta pra mandar uma mensagem pra ele... na verdade não totalmente pronta... eu estava com medo... medo da reação dele, medo do que ele poderia fazer... eu sei que Tom nunca faria mal a nossa menina, mas isso, ainda sim, era um medo meu. Visto Vic pra que, se Tom topasse, ela já estivesse pronta. Ok, vamos lá, coragem Karinna!

Dm in Twitter

@QueenK - Tom, posso falar com você? Por favor.
@TomHolland - Pode... ah... posso te ligar? Pra ficar melhor? Se você preferir, é claro.
@QueenK - Claro, pode ser

Passo meu número a ele e em menos de 2 minutos meu celular toca. Respiro fundo e atendo.

T- Oi? Karinna? É o Tom - como eu senti saudade dessa voz!
K- Oi Tom. Tudo bem?
T- É... tô bem - ele faz uma pausa - sobre oque quer falar? - consigo decifrar seu tom de voz, ansiedade
K- Olha, eu te privei da gravidez, como você viu no IG ocorreu tudo bem... bom, ah... eu queria saber se você quer ver ela. Eu estou em londres, na minha casa, se você topar pode vir aqui
T- Claro, claro - em menos de segundo que eu termino de falar ele responde. Passo o endereço e logo finalizo a chamada, agora é esperar ele chegar. Solto um suspiro, Vic pegou no sono, de novo, então terei uns minutos pra me arrumar. Coloco um biquine e uma conjunto de crochê que dá visão ao meu biquine. Pego Vic e desço pra piscina. O vejo de longe. Ele foi rápido, meu subconsciente diz. Na verdade, rápido até de mais. Seu olhar se encontra com o meu, que logo desce a Vic, que ainda dormia. Me aproximo dele. Ele continua tão lindo. Se brincar ainda mais. Seu olhar volta ao meu e ele sorri, consigo ver lágrimas se formando nos seus olhos, por favor, não chore. Importo mentalmente.
- Ela é linda - ele diz num sussurro me emocionando, assim como ele
- Pode pegar, se quiser
- Ela vai acordar - ele continua sussurrando
- Já está mais que na hora - sorrio e lhe entrego Vic - vem, vamos nós sentar - nos sentamos lado a lado em um dos bancos que havia perto da piscina
- Ela já está com um mês né? - ele pergunta me olhando e eu apenas assinto - ela tem meu sobrenome? - ele diz com um tom mais triste, me fazendo ficar cabisbaixa
- Tem, Vic Holland Oliveira. Só falta você assinar pro seu nome entrar no registro dela - ele assente - me desculpe por te manter longe durante a gestação - ele me olha por uns minutos até que eu desvio o olhar
- Não tem problema, o que importa é agora. Você vai continuar aqui em Londres né?
- Eu acho que sim - dou de ombros, olhando pra Vic que começava a abrir os olhos - ela tem seus olhos e seu nariz, na verdade eu acho que de mim ela só herdou a boca - solto um riso abafado. Vic sorri. Isso é novidade - Meu Deus - digo com lágrimas nos olhos
- Que foi? Eu tô pegando ela errado? - ele diz desesperado e eu nego
- É a primeira vez que ela sorri Tom, a primeira vez - digo sorrindo e chorando ao mesmo tempo
- O sorriso dele é lindo igual o seu - ele diz me olhando - me desculpa pelo que te fiz, eu deveria ter te abraçado e comemorado sua gravidez quando me disse, eu sou um idiota
- Já ouvi isso umas 300 vezes vindas de você Tom. Tá tudo bem, oque importa agora é a Vic - sorrio pra ele
- Por que Vic?
- O nome da sua mãe é Nicola, eu pensei em por Nic, mas mudei a primeira letra por V, que também é a primeira letra do nome da minha mãe - digo e ele sorri
- Minha mãe vai gostar de saber isso. Antes dela surtar por eu não ter dito que a neta dela já tinha nascido - ele ri
- Ela sabia? Que eu tava grávida?
- Ela soube desde a hora que você me disse. Depois eu só disse que eu havia feito merda e você tinha ido pra casa da sua mãe, mas sempre me dava notícias da gravidez, mas nós últimos 3 meses havíamos perdido contato. Eu tive que mentir, ou ela iria te odiar por ter me privado da gravidez, por algo que foi culpa minha - ele dá de ombros - posso tirar uma foto de vocês? Juntas? - ele diz e eu assinto pegando Vic e olhando pro seu celular - prontinho, vou guardar em segurança essa foto - ele ri. Como eu sou apaixonada por aquele sorriso. Passamos a tarde juntos, e quando começou a escurecer o chamei pra subirmos, ele aceitou depois que eu insisti, estava frio pra Vic, e queria que ele aproveitasse o máximo com ela. Ele me ajuda a dar banho nela e a trocar. Lhe dou de mamar e ela dorme, ele sorri de seu quarto, decorado com unicórnio e personagens da Marvel, tudo misturado, quebrando o rosa do quarto, o tornando menos menininha. Eu, particularmente gostaria que Vic gostasse de coisas que não fossem o padrão que impregam pras meninas. Essa é a idéia do quarto. Ao sairmos do quarto, um clima pesado pairou sobre nós.
- Então... quer assistir algo? Comer algo? - digo frente a frente com Tom, encarando cada detalhe do seu rosto e ele apenas nega com a cabeça
- Só quero deixar claro que eu realmente não esperava que aquela menina fosse me beijar. Ela disse que era uma amiga antiga minha. E quando chegou lá me beijou. Eu juro que não faria isso contigo
- Deixa isso Tom, eu já superei - solto um riso nasal
- Você tá linda - ele dá um passo pra frente - eu senti sua falta - diz próximo ao meu rosto - muito mesmo - ele me escosta na parede - deixa eu te beijar, baby - ele sussurra a última parte, seu sotaque britânico perfeito faz com que meu corpo automaticamente de sinais de desejo o fazendo sorrir. Ele encosta seus lábios aos meus, começando um beijo lento. Ele para o beijo e olha nos meus olhos - eu te amo Karinna, nunca deixei de amar
- A gente não devia fazer isso Tom, nosso relacionamento já me machucou o bastante - solto um suspiro alto - eu não quero me machucar mais
- Eu não vou te machucar Karinna, não de novo, eu prometo a você, só me dá outra chance - ele diz e antes que eu pudesse responder seu celular toca o fazendo suspirar irritado
- Pode atender -ele assente e pega seu celular no bolso, iniciando uma chamada com alguém que não pode ler no visor
- Oi... eu tô na casa da Karinna... sim, ela tá em Londres... não, eu não vou te passar o endereço... depois você vê ela cara... eu não tô tranzando com ela... só, me deixa em paz cara... quê? Estou indo então... tchau - ele desliga revirando os olhos - Harrison disse que minha mãe está precisando de mim no meu apartamento. Eu tenho que ir - assinto e o levo a porta - a gente pode se ver amanhã?
- Hm... pode, eu te ligo - ele responde um ok e antes que eu fechasse a porta ele me puxa pelo braço me beijando, dessa vez, um beijo quente. O empuro em direção ao sofá o deitando e subindo em cima do mesmo. Ele inverte as posições se levantando e fechando a porta. Eu não deveria fazer isso, mas cara, que se foda. Em questão de minutos já estamos nus, Tom se senta comigo em seu colo, e eu começo a cavalgar no mesmo.
- Karinna? - Tom diz com dificuldade - a camisinha - ele lembra e eu saio rapidamente do colo dele - Você tem? Por que eu não tenho comigo - sem responde-lo sigo pro meu quarto apressadamente pegando uma camisinha e descendo as escadas mais rápido ainda. Após colocar a camisinha me deito no sofá e ele se posiciona em cima de mim. Me penetrando de uma vez, gemo alto, Tom ri e põe sua mão sobre minha boca - Você vai acordar a Vic assim, baby - deleto as outras 6 palavras ditas por ele, focando no baby e acabo gozando e gemendo mais alto ainda. O celular de Tom volta a tocar, sendo ignorado completamente por ambas partes. Tom dá mais algumas estocadas e goza gemendo meu nome. Oque me faz sorrir. Ele sai de dentro de mim, me pega no colo e me leva ao banheiro - minha mãe vai me matar - ele ri - banho rápido pra que eu possa ir embora - ele me beija. Tomamos um banho rápido e novamente seu celular toca - agora eu realmente preciso ir, sem falta amanhã ok? Te amo - ele me beija novamente saindo da minha casa antes que eu possa responder. Eu também o amo.


Just Friend's - Tom Holland Onde histórias criam vida. Descubra agora