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O céu estrelado, longe de casa e de qualquer poluição, é estupendo.

Ao admirar o céu no momento em que Harry abre a porta da entrada, não consigo evitar de ficar extasiada pela milésima vez desde que cheguei. Cada mínimo detalhe invulgar desse lugar me deixa completamente fascinada e joga a vontade de ir embora cada vez mais longe. Se é que ela alguma vez existiu. Eu nunca vi nada igual; parece imagens irreais de televisão e revistas das quais eu jurava jamais desfrutar.

Absorta em pensamentos, acabo esbarrando nas costas largas de Harry. Seu perfume viril satura todo o ar da varanda e me invade veemente. Por alguns segundos, fico petrificada e há uma chuva torrencial de sentimentos indecifráveis no meu peito agora.

"Eu não quero me afastar", a minha parte irracional grita, enquanto a racional diz como um alerta: "Se afasta, Cecília. AGORA." E eu não sei em qual das partes eu mais confio; a parte irracional não parece pensar claramente e promete trazer caos e a parte racional me priva de tudo o que sai da minha linha de conforto.

"Desculpe-me", peço, me afastando alguns centímetros para trás e mesmo assim, seu perfume continua a me torturar, como se eu tivesse a três centímetros de distância. Como se eu estivesse com o nariz colado em seu pescoço, inalando profundamente.

"Toda vez que venho aqui, sinto como se fosse a primeira vez. É impossível não admirar essa vista estupenda." Harry me encara por alguns segundos, antes de continuar: "Isso parece uma obra de arte pra você?" Ele parece ler meus pensamentos quando me questiona.

"Uma obra de arte digna de um prêmio milionário", afirmo e ele tende seu corpo para frente, escorando suas mãos na pilastra de madeira. A barra da sua camiseta se levanta com o ato, mostrando um pedaço do seu quadril.

"Não consigo discordar", afirma, encarando o reflexo da lua cheia no mar.

A conversa alta das pessoas em volta da fogueira se junta ao volume máximo da música saindo da caixa de som e retinem em meus ouvidos. A vista me deixa desejando sentar na areia, observando as ondas e o som do mar e eu me prevejo saindo escondida algumas horas mais tarde para poder desfrutar um pouco mais da calmaria que senti durante o dia.

Todos os convidados de Brandon, sem exceção, estão ao redor da pequena fogueira que seus empregados montaram mais cedo, uma caixa de som está depositada a alguns metros de distância e mesmo assim eu ainda consigo sentir as ondas sonoras que ela emite como se estivesse perto, um cooler enorme e recheado das mais variadas bebidas está ao lado de algumas cadeiras e há uma infinidade de luzes brancas ao redor.

Apesar de ter várias cadeiras em volta, ninguém parece estar cansado, porque estão todos em pé, exceto Louis, e exageradamente animados; como se um final de semana longe das câmeras fosse a melhor coisa que já lhes aconteceram em todos esses anos de carreira.

Observando com mais cautela, percebo que além dos companheiros de banda, há alguns rostos desconhecidos. No total, eu acho que não passa de vinte convidados, fora os empregados.

Brandon, o anfitrião, caminha com Zayn em nossa direção, ostentando um enorme sorriso nos lábios. Ambos estão cambaleando, como se tivessem bebido um pouco demais para o início da festa e param deliberadamente à nossa frente. Zayn repuxa os lábios e Brandon estende um copo de uísque para Harry, como se já soubesse que ele estaria descendo para a festa.

"Cecília, me lembre de nunca mais ir à praia sem um protetor solar", é a primeira coisa que Brandon fala. Um bico se forma em seus lábios logo em seguida, como se estivesse realmente chateado com o que o sol fez com sua pele e isso jamais poderia sair em suas famosas capas de revistas. Aposto que ele tem uma sala com exposição de todas as revistas em que ele teve sua foto como capa.

Famous | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora