Carrie e Kaimeth

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    As cortinas azul marinho oscilavam, enquanto a brisa fria tocava o tecido fino

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    As cortinas azul marinho oscilavam, enquanto a brisa fria tocava o tecido fino. O vento entrava pela janela, cruzando a sala e provocando uma fúria de cabelos ruivos, se soltando de seu belo penteado.

— Estou indo a cidade alteza, deseja que eu traga algo? — indagou uma serva, com um chamativo uniforme decotado em vermelho.

— Cerejas — respondeu Carrie, sem olhar para a serva.

— Não está na época das cerejas, alteza.

— Eu não perguntei se está na época de colheita de cerejas – cortou Carrie, com uma voz de frustração e um suspiro desaprovador para a serva atrás de si. — Traga as cerejas ou você vai dormir com os porcos hoje.

— Não irei desaponta-la — falou a mulher, saindo da sala de estudos onde Carrie estava.

Enquanto saia a xingou baixo de modo que o príncipe Kaimeth a escutasse.

     Ele apenas a olhou com os olhos estreitos enraivecidos e continuou andando até a princesa Carrie com as mãos no bolso de sua calça. Kaimeth odiava que as pessoas maltratassem a jovem, mesmo ela tendo um gênio forte. Às vezes costumava ser malvada com as pessoas para causar medo, desta forma, ninguém tentaria machucá-la.

— Estudando no feriado? — indagou Kaimeth, se sentando na poltrona à frente da Carrie. — Não estou a reconhecendo.

— A Freya me obrigou a estudar para que eu engula minha ignorância — respondeu Carrie, mergulhando a caneta na tinta. — Aquela pata retardada.

— Ela bateu em você de novo?

    A pergunta fez Carrie apertar um pouco a caneta, escondendo a ferida em sua mão que a mulher depositou ao bater nela com uma espora. Carrie apenas ficou em silêncio no mesmo instante, porque não iria mentir para ele, pelo menos não desta vez.

      Kaimeth puxou o pulso de Carrie para perto dele, riscando o papel do qual era a lição da jovem, com isso ele acabou notando um risco fino avermelhado em sua mão e ao levantar a manga do vertido da jovem havia várias lesões iguais aquela.

— Kaimeth você estragou minha lição. — Carrie se afasta do toque do rapaz, levantando-se do travesseiro que estava sentada à frente de uma mesinha baixa. — Vou ter que recomeçar tudo de novo, isso vai demorar uma vida.

— Você está com medo dela — concluiu Kaimeth, surpreso, como se fosse uma pergunta.

Carrie, nunca demonstrava medo, nem por nada e nem por ninguém.

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