Mate-me então, enquanto há tempo.
Mate-me enquanto reúno forças para me levantar.
Mate-me enquanto tento esquecer o que me fez sofrer.
Mate-me enquanto destruo a imagem perfeita que tenho de ti,
o meu próprio bezerro dourado,
que por tanto tempo as minhas esperanças nutriu.
Corte a minha língua para que eu não fale mais de amor.
Arranque os meus olhos com o punhal da tua indiferença.
Sim, dance.
Dance uma última valsa sobre a sepultura da minha felicidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fins de tarde
Poetry"Fins de tarde" reúne poesias e reflexões a respeito da sociedade e da sua influência sobre os indivíduos, e do que fazem os indivíduos com os próprios indivíduos. Não verão aqui nenhum tipo de idealização. Solidão, pessimismo e melancolia serão ret...