MARY.
— Faria alguma diferença Mary?
Será que faria?
— Agora no presente momento eu não sei! — fui sincera com ele que gargalha com um humor debochado que eu nunca vi.
— Mary você não iria me dar a mínima! — fala gesticulando e afastando-se, mais ainda dela. — Sabe o que era o máximo que você poderia fazer comigo? — dou de ombros. — Transar e pronto. — olho pra ele e percebo que ele tem razão. — Você sabe disso! — assinto. Ele para bem a minha frente.
Afaga meu rosto, desliza seu dedo pelos meus lábios, olhando o movimento dos seu polegar.
— Ah Mary... — ele volta a sorri — Você não sabe o quanto eu sonhei com você nos meus braços, quantas vezes me masturbei e fui pra cama com mulheres pensando em você.
Meu coração esta preste a sair do peito, sua declaração me pega desprevenida. Seu rosto fica cada vez mais próximo. Menos de um milimetro ele para e fala:
— Se um dia eu te beijar e vier acontecer qualquer coisa entre a gente, quero que seja por que você gosta de mim! Que sente algo, além de desejo, pela minha pessoa. — beija minha testa e a ponta do meu nariz. — Agora vá descontar toda essa tensão sexual que está aqui no seu querido noivo por que você pode fazer isso com ele, mesmo que não goste dele. Vão se casar de qualquer jeito. — ele sorri, vai pra varanda. Fico parada no mesmo local.
— Se eu pedisse a você para ser meu amante você séria?
"Jesus amado da onde eu tirei isso?"
Ele gargalha, caminha até esta bem a minha frente, segura meu rosto estre as mãos e olha bem no fundo dos meus olhos. Olha de um jeito que toca algo dentro de mim.
— Eu faria tudo por você! Eu morreria por você feliz da vida. — meu peito aperta. — Mais você tem que sentir algo por mim! Mary... — ele encosta nossas testas. — Posso não ser o amor da sua vida, mais você sempre foi o amor da minha. — seguro seus bíceps. — Meu maior sonho é ouvir você dizer que me ama. — beija novamente minha testa. Desliza suas mãos pelos meus braços até chegar nas minhas mãos. — Agora vá Mary! Vá, antes que eu não responda por mim. — antes que ele solte minhas mãos o puxo, abraço e por fim dou um beijo demorado no seu rosto.
— Talvez se você tivesse me dito tudo isso antes, hoje eu fosse feliz ao seu lado, não em um casamento forçado, fadado ao fracasso. — sorrimos tristes um para o outro, solto suas mãos e saio do quarto, faço tudo no automático, entro no quarto do Richard.
— O que ele disse Mary? — olha para ele, de um modo como eu nunca tinha olhado antes.
Por que ele? Não poderia ser o Marcelo? Não! Claro que não! A família do Marcelo não é tão irresponsável quanto a do Richard. Eu quero tentar com Marcelo, mesmo que não seja certo mais eu quero.
— O que ele disse Mary? — só agora percebo que Richard segura meus braços, empurro ele, abraço meu próprio corpo e me afasto. Ainda de costas pra ele respondo.
— O que ele me falou parece ser verdade... — começo.
— Graças a Deus! — ele agradece levantando as mãos para os seus. — Eu disse a você.
— Cala a boca Richard. — encosto na cômoda. Enquanto ele me olha assustado. — O que Marcelo me disse parece verdade! Tem tudo pra ser verdade, mais a sua história vossa alteza... — paro bem a sua frente. — Eu sei! Tenho plena certeza que é mentira. — antes que ele podesse falar levanto a mão, ele engole as mentiras que iria falar. — Não minta mais! Eu sei que você transou com alguém e você também sabe, isso é um fato. Aproveite enquanto não estamos casados, fique com quem você quiser... — deixo no ar e volto a caminha perigosamente para próximo a ele. — Pois eu vossa alteza; também irei me divertir muito. — novamente ele tenta abri a boca, eu coloco o dedo dobre seus lábios o mantendo calado. — Estamos no século XXI direitos são iguais querido. Lembre bem, a cada traição sua serão duas minhas.
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Realeza as avessas.
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