OS DIAS QUE SE seguem são de uma tranquilidade quase perturbadora. Escoltamos a Presidente a algumas reuniões, velamos o trabalho dela, treinamos nas horas vagas...
Com menos de uma semana, já temos uma rotina formada e quando chega o sábado, a Presidente anuncia que fará uma viagem para um de nossos países aliados. A segurança de lá é o bastante para mantê-la segura. O General vai acompanhá-la e isso nos rende uma folga de dois dias até que ela retorne.
♦♦♦
— O que dois membros da guarda presidencial fazem em minha humilde casa? — brinca a sra. Fraser ao atender a porta. Brock e eu rimos junto com ela.
A sra. Fraser dá passagem e entramos no apartamento.
Sem demora, Brock se lança no sofá.
— Chegaram quase na hora do almoço. — diz a sra. Fraser.
— A senhora conhece o filho que tem, sra. Fraser. — digo, sorrindo.
— Vivian. — relembra ela mais uma vez.
— Eu vou me acostumar, prometo. — falo.
A sra. Fraser sorri e, em seguida, cruza a sala.
— Vou dar uma olhada na comida. — diz, antes de passar para a sala de jantar em direção à cozinha.
— A ausência tem um lado bom, não acha? — pergunta Brock esparramado no sofá como um sapo dissecado. — Quer dizer, uma semana atrás, se eu me deitasse no sofá, minha ma~e me arrancaria dele pelas orelhas.
— Realmente é uma grande vantagem poder se jogar no sofá. — afirmo, irônico.
— Você não entenderia. — diz ele. Me sento na poltrona ao seu lado.
— Acha que o almoço ainda demora? — pergunta Brock alisando a barriga.
— Como vou saber? — questiono. — Mas você sabe que a sra. Grabeel trabalha sozinha nessa casa. Cozinha, limpa, lustra. E embora ela diga que dá conta de tudo sozinha, é uma sobrecarga.
— Tem razão. — concorda Brock. — Minha mãe poderia contratar alguém para ajudar a sra. Grabeel.
— É uma boa ideia. — digo. — Agora que você se mudou para a mansão presidencial, a garota estaria segura.
— Se está falando da Mary, ela bem que gostou. — afirma Brock em um tom malicioso.
— Ela tinha noive, Brock. — falo, me inclinando para a frente.
— E no que isso interfere? — questiona ele. — O fato é que eu não ouvi ela reclamar de nada.
— Porque ela era muda. — digo em um tom que acentua o quão óbvia era essa informação.
Solto o corpo na poltrona novamente.
— Isso explica muita coisa. — sussurra Brock para si mesmo, mas não baixo o suficiente para que eu não ouça.
Reviro os olhos e sorrio.
O amor fugaz de Brock por Mary teve início quando a mãe dele praticamente obrigou a sra. Grabeel a tirar férias. Ela contratou uma substituta. Mary. Uma garota de pele cor de caramelo, cabelos e olhos negros e sorriso de marfim. Aparentemente, Brock ficou tão estarrecido com a beleza dela que não ouviu quando a sra. Fraser contou sobre sua deficiência. Ele nunca trocou uma palavra com Mary, o que evidentemente seria impossível. Mas em uma tarde, um aceno de cabeça acompanhado de um sorriso dela fez Brock interpretar a saudação silenciosa como uma atração declarada. À noite, quando a sra. Fraser já havia se recolhido, Brock foi até a cozinha e roubou um beijo da moça. Assustada, ela correu e se trancou no quarto para, no dia seguinte, pedir demissão e zunir porta afora.
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C.H.A.O.S.
حركة (أكشن)Com a população mundial sucumbindo a confrontos gerados por defesas de interesses dos territórios, não se pode confiar em ninguém além das terras da sua pátria. Duke Hawkins sempre se manteve fiel aos ideais de seu país e ao seu desejo de ajudar a p...