You know that I could use somebody - Part. I

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Muitas vezes dizemos algo que não temos certeza ou é algo com que nos enganamos. É uma coisa quase como natural de nós.

Mas Louis tinha certeza absoluta do que acabara de falar.

Poderia parecer estranho ou apenas coisas de gatinhos, mas Louis sempre pensara que nascemos com vários objetivos a se cumprir e um deles é ser apenas da pessoa amada. Louis não havia tido namorados ou namoradas, e o que sentia era muito forte, tanto que fazia o pequeno chiar de felicidade e mexer suas orelhinhas alegremente.

Tomlinson não era uma pessoa experiente em relacionamentos, havia tido poucos sentimentos por algumas pessoas, mas nada era comparado como o sentimento estranho de atualmente. O motivo de tanta euforia poderia ser a inocência estampada em si ou a curiosidade de nunca ter sentido algo assim.

Talvez fosse porque Harry o aceitara sem receios ou com um olhar estranho que todos o direcionava, pelo motivo de certos momentos o tratar com delicadeza e separar seu tempo para cozinhar para Louis. Por ter o desejado como ninguém nunca o desejou e – meu Deus! Harry deu-se o trabalho de comprar roupas na cor rosa para si! –.

Ou como havia viciado no aroma forte e amadeirado de suas blusas que vestia por puro prazer de senti-las roçar em sua pele e amolecer com o cheiro queimando suas narinas, de como aprendera a gostar de ouvir a voz lenta, rouca e arrastada soltar palavras de baixo calão, a maneira como analisava com os olhos atentos o cacheado tirar sua roupa no meio da sala e jogá-las pelos estofados preguiçosamente.

Poderia ter sido sua compleição demarcada, forte e tatuada que lhe encantara, ou os cachos rebeldes que traçavam uma linha em direção à sua nuca e caíam folgados em sua testa, o notando suspirar ao olhar para as madeixas e soprá-las desajeitado. O modo em que cantarolava baixinho e Louis sentia extasiar-se pela voz magnífica que proferia de seus lábios, os olhos verdes curiosos e tantas vezes maliciosos, misteriosos, fazia o gatinho suspirar trêmulo e morder os lábios.

Eram enésimos defeitos, qualidades e gestos que Tomlinson gravara em sua mente.

Louis achava que isso era amor, não apenas haver desejo e palavras doces ditadas a qualquer momento, era sentir gatinhos dentro de si que miavam contentes e o fazia sorrir instantaneamente, enquanto pensava em pequenos momentos em que reparara. Era amar defeitos que pessoa alguma amaria, era apaixonar-se cada vez mais apenas pelo motivo da pessoa ter lhe oferecido um sorriso. Sentir suas pernas ficarem fracas – e Tomlinson até brigara com as mesmas – e a caixa torácica ficar pesada demais para guardar um coração que pulsava tão rápido.

Talvez fosse cedo demais, mas Louis não queria questionar algo que não entendia, apenas sentia e aceitara do modo que era.

Mas Harry não entendia.

Sempre houve possibilidades de ser considerado como um sem coração, mesquinho, frio e entre tantos outros xingamentos que lhe nomeavam. Mas não era pelo motivo de antes ser desse modo que Harry não entendia e sim por nunca ter sentido algo com tanta intensidade.

De sua parte existia desejo, admiração e carinho, mas amor ainda era um dos maiores desafios.

Styles conhecera o amor, eram sentimentos diferentes e menos confusos comparado ao de atualmente. Já havia se apaixonado diversas vezes durante o colegial e nada fora classificado como amor. Apesar de ser um filho da puta em relação a sentimentos, Harry sempre odiou ver pessoas exprimindo que amavam mas eram apenas a sede de ansiedade imaginando um futuro, e por fim o amor que sentiam sempre acabava.

As juras, os momentos, todos eram jogados na sarjeta.

Harry chama pessoas assim de hipócritas, ridículas e entre outros vários xingamentos que o cacheado possuía em seu vocabulário.

Hybrid (Kitten!Louis)Onde histórias criam vida. Descubra agora