Capítulo 5

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Durante o tempo em que bella passou em La Push, comecei a arrumar as motos velhas que ela trouxe, depois que passamos uma tarde surpreendentemente divertida no ferro velho escolhendo peças, e brincando em quem seria mais velho que o outro. Quando no impulso toquei na mina terrestre da idade, vi ela se encolher como se tivesse com medo de que suas entranhas caíssem por algum buraco imaginário aberto em seu corpo. Finalmente eu não pude aguentar, e toquei no nome tabu do morcego, e ela me contou a verdade do porque ele foi embora. Porque ela era apenas uma humana e não era boa demais para ele. Senti um choque violento de ódio, tanto que comecei a tremer apenas imaginando despedaçar aquele bastardo. Só consegui voltar ao normal aos poucos quando bella me acalmou, e continuei a ouvir o quão machucada ela verdadeiramente estava, e percebi que enquanto ela falava sobre eles, ela se abraçava de novo, e finalmente perguntei a ela sobre isso, e a resposta é que ela sentia como se pedaços do coração dela tivessem sido cortados, e o monstro verde do ciúme já quase um "amigo" voltava para visitar meu peito. Eu queria que Bella nunca conhecesse essas aberrações. Eu sinto dentro do meu peito que se as coisas fossem normais, bella estaria apaixonada por mim somente, e teríamos uma vida feliz e alegre juntos, mas no presente momento eu sinto apenas um vazio escuro ao perceber que mesmo que aquele cara tenha a largado, ele enfiou as garras profundamente no coração dela, ao ponto que tenho que lutar com força ridícula apenas para abrir uma rachadura nos sentimentos dela, para que eu possa ter um espaço também. Soltando um suspiro meio cansado, pedi desculpas por fazê-la lembrar, e a abracei colocando seu rosto em meu peito, onde ela começou a se acalmar ao sentir meu cheiro e calor, e foi relaxando de volta ao normal. Mesmo que a cabeça dela esteja abaixada, eu consigo ouvir seu coração se acalmando e batendo no mesmo ritmo que o meu. Eu não conseguia tirar meus olhos dela. Quando ela me cheirava e se aninhava mais em meus braços, um sorriso involuntário automaticamente aparecia em meus lábios. Bella parecia uma boneca de porcelana ou um gatinho manhoso que cheira e agrada o dono ao aconchegar-se no colo. Passamos um tempo num silencio agradável onde apenas podíamos ouvir a respiração do outro. Quando olhei de novo, percebi que ela adormecera inconscientemente, e com um sorriso a arrumei mais confortavelmente em meus braços fortes, e pus ela no meu colo com sua cabeça no meu ombro perto do pescoço, e apoiando o queixo em sua cabeça, soltei um bocejo involuntário pois estava meio com sono. Com o som de ninar de nossos suspiros suaves, eu também dormi no carro com bella.

Fui acordando lentamente com algo mexendo no meu abraço, e quando finalmente abri os olhos com um bocejo, acordei com bella meio vermelha envergonhada ao estar com o rosto colado ao meu peito, e suas mãos apoiadas no meu abs. Com uma risada divertida, depois de provoca-la trancando o aperto do abraço, a libertei com ela me dando a língua com um rosto corado. Eu não tinha visto isso tão claro, mas parece que eu a deixo nervosa. Deve ser meu calor e músculos.

Quando comentei com bella que iriamos nos divertir, ela me olhou como se eu tivesse falado algo bizarro. Bem, admito que nos últimos tempos somente a depressão reina suprema. Perguntei a ela se ela queria pular no mergulho de penhasco, e eu vi seus olhos brilharem meio estranho, e um alerta de preocupação surgiu no meu peito, então rapidamente amaldiçoei que eu propus logo isso quando ela já estava deprimida. Quando eu me preocupava em como distrair essa mente teimosa dela, vi Sam me avisar que teria que ir na patrulha pois tinham pegado um rastro da ruiva. Fiz Bella me prometer que não iria hoje de jeito nenhum, pois estava chovendo e o mar estava muito agitado. Não sei porque, mas o meu coração me diz que não devo acreditar nela quando olhei em seus olhos, e vi novamente aquele olhar de loucura que ela tinha na primeira vez que a vi aqui. Dando um abraço forte nela, sai com uma premonição ruim.

Essa maldita cadela vive escapando da matilha. Como sou um dos melhores, sou o braço direito de Sam. Pelo meu tamanho e força que é perto da dele. Uma matilha de uns 5 lobos estava caçando aquela vampira fedorenta, mas com um sorriso ela nos encarou com os olhos vermelhos como sangue, e saiu em disparada pulando das árvores e saltou do penhasco em direção ao mar onde só podíamos olhar impotentes quando ela ia embora.

Quando estávamos nos preparando para ir embora, duas coisas ocorreram de surpresa. Harry Clearwater teve um ataque cardíaco e estava a beira da morte, e o outro que para mim foi o pior que senti meu coração morrer ao observar, era que no alto do penhasco em frente aonde eu estava, bella abriu os braços com um sorriso feliz no rosto que eu só via no passado, e saltou do penhasco levando meu coração com ele.

Deixando um rápido aviso a Sam, saí correndo a todo vapor até a praia e rapidamente voltando a forma humana, não me importei de estar nu e saltei na água gelada que estava agitada por causa do furacão, que formava grandes ondas que batiam nas pedras e nos recifes. Desesperadamente nadei até onde gravei o lugar que bella pulou, e respirando fundo, mergulhei e usei meus olhos poderosos para procurar por um longo alcance. Depois de quase ficar sem oxigênio, eu finalmente a vi. Uma figura pálida com cabelos negros que na água pareciam tentáculos de escuridão. Mesmo na pressa de ir até ela, minha mente repassava essa imagem. Será que um dia se bella virar imortal, ficará assim? Mesmo pensando em coisas idiotas como essa, rapidamente a peguei em meus braços, e a levei para a superfície, mas parecia que ela não estava conseguindo respirar. Rapidamente bati de leve em suas costas, e ela cuspiu um pouco de água que a fez voltar a respirar, mas ainda estava desmaiada. Seus lábios estavam ficando azuis do frio. Nadei rapidamente com ela até a praia, e peguei um calção e usei, e voltei ao lado de Bella. Chamando seu nome, a virei de lado e continuei batendo em suas costas para expulsar a água do mar dos pulmões, e finalmente consegui fazê-la cuspir tudo e leva-la a abrir os olhos.

Com um alivio reconfortante, abracei bella para aquecê-la, enquanto meu coração suavizava ao ouvi-la chamar meu nome numa voz rouca. Sem dizer mais nada, a xinguei por ser idiota e quase me matando de preocupação e consegui uma resposta esfarrapada dela que não notou nada de anormal, que não acreditei nem por um momento. Agarrei-a junto ao meu corpo quente, e ela começou a tremer de frio. Rapidamente falei com Sam, e ele me deu a notícia de que Harry morreu. Com um surto de tristeza de saber daquele que eu gostava como um avô tinha morrido, senti lágrimas quentes e ardidas se formando nos meus olhos, mas consegui segurar por causa de bella. Voltamos para minha casa, e deitamos no sofá perto do aquecedor. Fui até o meu quarto pegar uma roupa minha para que bella pudesse se trocar, mas ela negou com a cabeça quando tentei sair dizendo que não tinha forças para se mexer e eu deveria apenas ficar ao lado dela.

Meio arrasado de tristeza e um pouco cansado, deitei ao lado dela, e minhas pálpebras fecharam desobedientemente, e fui arrastado para o mundo dos sonhos.

No sonho, estávamos num período europeu com mulheres com longos e extravagantes vestidos de época, os homens com roupas antigas e decoradas com a marca da nobreza. Eu estava vestido com uma roupa estilo príncipe, de botas negras com calças e colete feitos de seda negra com detalhes dourados brilhantes. Meus modos eram elegantes e refinados, e tinha uma taça de vinho carmesim em minha mão, enquanto procurava alguma coisa entediado. Ao ouvir as conversas ao redor, percebi que estava numa festa da família do duque Montéquio. Ao ouvir esse nome, finalmente lembrei desse cenário. Romeu e julieta. Com um palpite ruim de quem a julieta e romeu seriam, comecei a procurar e no caminho algumas pessoas começaram a me chamar de Páris, e meu coração começou a afundar. Isso se confirmou ao notar a julieta na sacada era Bella, e Romeu debaixo no chão olhando devotadamente e apaixonadamente para ela, era Edward. Assim como o meu personagem, eu apenas pude tremer de raiva ao observar isso, e sem eu ordenar o corpo em que eu estava começou a ir de encontro a Romeu e lutar contra ele. Quando Páris sentiu a espada perfurar o coração, eu acordei com o bater da porta respirando forte.

O Imprinting de um lobo alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora