Fortifica minhas ilusões
Dono dos meus delírios
Amante dos meus devaneios
Hospedeira das minhas paranoias
A um abismo de distância da verdade
E tudo aquilo que tragicamente ela é
Me dê asas mas aquelas que façam-me voar
Já esta bom pensar
Nunca saberemos lidar com a loucura de esboçar
Para os amorosos: pelo fato de te ver e não tocar
Para os ociosos: pelo fato de ser sem alcançar
Para os chorosos: pelo fato de rir sem extasiar
Não me jogue nas minhas próprias vontades
Planejamentos arquitetados e cegos
Arquivados no limbo das irrealizações
Suas projeções tão táteis e intangíveis
Noite apalpa minha irrealidade
Deixe as pálpebras me trairem
Mesmo com os olhos tão distante daquilo que vêem
