Zayn Malik
Revirei os olhos ao ouvir Mariana soluçar novamente, a mesma colocou a mão na boca e gargalhou e acabou se engasgar, a sua face ficou vermelha e os seus olhos cheios de água, peguei na pasta que estava no meu colo e comecei a fazer vento na sua direção.
- Bebe água. - pedi calmo e a mesma assentiu freneticamente, pegou na garrafa de água e quase a bebeu toda. - Melhor? - questionei após a mesma respirar alto.
- Eu acho que si... - e soluçou novamente. - Zayn ajuda-me! - gritou rindo.
- Imagina se estivéssemos num avião público. - ri e a morena revirou os olhos. - Estou a brincar. - sorri colocando uma mexa do seu cabelo atrás da sua orelha. - Prende a respiração.
- Eu já... - soluçou outra vez. - ... fiz isso. - suspendeu a respiração.
- Não sei o que posso fazer por ti então. - retirei o telemóvel do bolso e entrei no google. - Como parar os soluços. - murmurei. - Bebe água de cabeça para baixo. - arqueou as sobrancelhas. - Mete a cabeça para baixo, e bebe água.
- Isso não vai resultar... - soluçou. - .... nunca resulta.
- Okay... - rolei a página para baixo. - Ri-te.
- Não me... - passei o indicador pela cana do nariz. - ... consigo rir agora.
- Duas formigas japonesas encontram-se na rua: Qual é o teu nome? - Mariana encarou-me com uma expressão indescritível. - A formiga respondeu: Fu. - ela sorriu pequeno e soluçou. - E a outra formiga pergunta: Fu o quê? E a outra formiga responde: Fu-Miga. - a morena começou-se a rir. - E o teu? perguntou novamente a outra, e a formiga respondeu: Ota...
- Ota o quê? - a minha maravilhosa mulher na gargalhada decidiu perguntar.
- Ota Fu Miga. - as suas gargalhadas invadiram o jato onde estávamos, e eu não entendi o porquê. - Não teve piada.
- gargalhou enxugando as lágrimas. - Pois não... - concordou. - Mas... a forma como tu contas-te. - beijou a minha bochecha. - O que o bom marido faz pela sua mulher maravilhosa. - olhei os seus olhos e sorri, deu um escasso beijo nos meus lábios. - Já passaram, obrigada.
- Sempre às ordens. - olhou-me espantada.
- Eu posso saber porque é que estas a ser simpático comigo? - inquiriu com os olhos semicerrados.
- encolhi os ombros. - Eu sempre sou simpático contigo, só não sou tão querido como estou a ser no momento. - concordou com um pequeno sorriso, coloquei a minha mão na sua nuca. - Sabes eu tive a pensar...
- Não me digas, no sonho que tiveste onde eu morri? - engoli em seco e assenti suspirando. - Tu não me chegaste a responder. - humedeci os lábios. - Se tivesses uma doença terminal, tu irias contar-me logo certo? Não irias esconder-me nada pois não?
- olhou-me atentamente, seguindo o meu olhar. - Eu contaria. - falou sincera. - Não te esconderia nada, afinal nós fizemos uma promessa, lembras-te? - passei a mão pelos seus cabelos, Mariana fechou os olhos por uns segundos. - Não penses mais nisso, foi apenas um sonho Zayn.
- Eu sei, mas pareceu tão real. - sussurrei. - Foi como se eu te tivesse perdido, e foi uma dor insuportável e ela pareceu mesmo real. - senti os seus lábios nos meus. - Eu não te quero perder.
- E não vais amor. - incrível o facto de ela me chamar um nome bem mais carinhoso, que os habituais a fazer corar. - Foi apenas um sonho, e nem sempre os sonhos se realizam.
- Foi um pesadelo, não um sonho. - resmunguei.
- Como eu digo ao Caleb e a Katherine, foi um sonho mau. - sorri revirando os olhos.