Incomplete Mission - Peter Parker.

One

Quando chegou em casa e encontrou Tony Stark sentado em seu sofá, o cérebro de Genevieve demorou alguns instantes para voltar a funcionar. O que o homem de ferro — um dos maiores heróis do mundo— estava fazendo em sua casa, sentado amigavelmente ao lado do pai da garota?
– Você deve ser a Genevieve, certo? É um prazer conhecê-la. – Tony levantou do sofá e estendeu a mão para a garota, que prontamente apertou-a. – Estou aqui em uma reunião com seu pai. – Explicou gesticulando para George, que tinha uma expressão de euforia no rosto. – Bom, se não se importam, tenho um compromisso em alguns minutos e preciso voltar para meu escritório em New York.
– Claro, claro. Eu o acompanho até a porta. – George respondeu se levantando em um pulo. Tony sorriu para a garota e a cumprimentou um aceno de cabeça, logo seguindo o outro homem até a porta.
– Até logo, George. Foi um prazer. – Os dois apertaram as mãos e Tony deixou a casa, com a mesma rapidez que chegara ali.
–Hm.. pai? O que..? - As palavras não faziam muito sentido para a garota. George sentou ao seu lado —onde antes Tony Stark estava— e segurou as mãos dela. Sua expressão era radiante.
– Tony ficou sabendo da minha pesquisa e, de alguma forma tem a ver com um projeto novo para os vingadores. Ele quer que eu trabalhe em New York. – Gen apenas conseguiu sorrir e abraçar o pai. Sabia que o sonho do homem era ser reconhecido e não podia estar mais feliz por ele. Desde que perderam Eliza, mãe de Gen e esposa de George, a vida dos dois nunca mais tinha sido a mesma, e nos últimos quatro anos George mal saía do laboratório, tentando achar alguma forma de prevenir que o que tirou Eliza deles acontecesse com qualquer outra pessoa. Agora, ele teria a chance de continuar seu projeto e ser reconhecido por isso.

Pov Genevieve.

- Tem certeza que consegue ir sozinha hoje? –Era nossa segunda semana morando no Queens e, apesar da euforia do emprego e da vida nova, George parecia extremamente preocupado com os perigos da cidade grande.

- Absoluta. São poucos minutos de metrô. - Fui encarada com certa desconfiança, mas ele acabou cedendo.

- Não está esquecendo de nada? – Perguntou e um pacotinho pardo foi jogado em minha direção antes que eu pudesse responder.

–Ok, eu sou apenas um pouco distraída. Consigo me virar! – argumentei enquanto saía e pude ouvir os risos do meu pai. Bom, pelo menos eu acho que consigo.

       Por sorte o metrô não estava cheio e torci para que fosse assim todos os dias. Passei a maior parte do trajeto distraída até sentir uma mão em meu ombro, fazendo meu coração dar um pulo com o susto.

- Você não é a aluna nova da Midtown? - O garoto perguntou em um tom de voz alto. Assenti, envergonhada e tirei o fone de ouvido. Não lembrava de já ter visto ele lá. - Sorte a sua que te encontrei. Essa é a estação, vem! - fui puxada em direção à porta, que fechou no segundo seguinte em que eu e o garoto passamos. Ok, talvez eu não conseguisse me virar tão bem quanto pensei mas ainda estou inteira e na estação certa. Começamos bem.

- Obrigada! É minha primeira vez andando nesse troço – gesticulei apontando para o vagão e suspirei – ainda por cima fiquei completamente desligada. A propósito, meu nome é Genevieve Thomas, muito prazer. –estendi a mão, sorrindo no final da frase e o garoto riu.

- Eu sou o Ned e você está na minha aula de quimica e biologia.

- Oh, então é daí que você me conhece!
Apertamos as mãos e sem mais cerimônias caminhamos juntos para a Midtown. Em poucos minutos, descobri que Ned é muito divertido e não perdia a oportunidade para fazer alguma brincadeira. Contei para ele que me mudei por causa do emprego do meu pai e que nunca havia estado em New York antes, enquanto ele escutava cada história com uma empolgação enorme.