XII - O Reencontro

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No último capítulo...

Enquanto olhava o carro, um zumbido alto me ensurdece e atormenta até que olho para o para-choque. Minha visão estava embassada, mas eu sei muito bem o que é.

Sangue.

Sangue por toda parte.

E no chão... Kevin...

KEVIN?!

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Marilyn

Olho em meus bolsos para pegar meu celular e ligar para a emergência e percebo que estou com... o vestido.... o vestido de Tinker... Como isso é possível?

Merda! Cadê meu celular? Aff.... isso não importa agora.

Tiro o salto (sim, eu ainda estava com o salto de ponponzinho) e tento levar Kevin até dentro do carro e consigo. Ligo o carro e corro até o hospital.

Eu não quero ir ao hospital... me traz más lembranças... mas agora é necessário.

Depois de correr na rodovia, eles chegam até o hospital

Estaciono o carro de qualquer jeito no estacionamento de emergência, abro a porta do carro, e corro até a recepção.

-Moço - falo ofegante pela corrida e pela adrenalina - meu noivo sofreu um acidente...

-Fale nada, senhorita. Só preencha esse formulário e iremos buscá-lo. - ele fala me dando uns papéis e correndo e chamando alguns enfermeiros.

-Emergência? - fala uma mulher aparentemente grávida de menos de 5 meses.

Aceno positivo.

-Melhor se sentar. Eles farão o serviço. - ela fala com um tom doce. Me convenceu, e então peguei uma caneta e sentei na única cadeira vaga.

Todos estavam de um lado da sala de espera e uma pessoa de burca estava numa cadeira isolada.

Essa pessoa de burca... não me é estranha...

Ela se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido.

-Você foge com o meu carro no meio de um jantar em família, e depois de 16 anos você aparece no mesmo hospital que você ganhou nossos filhos... como tem coragem?

Paraliso e a pessoa volta para a cadeira de antes.

-Tire a burca. - falo alto.

Todos me olharam como se eu fosse xenofóbica.

-Como assim, querida? - a pessoa fala com uma voz completamente diferente da de antes.

- quem é você? - eu falo olhando para a pessoa.

Ela não responde, mas tira a burca.

-Feliz agora? - ele fala com a voz normal.

Todos ficam boquiabertos.

-Eu achei que você tinha morrido... - respondo.

-Morrido? Como assim? - um senhor fala.

-Em 2009... uma parada cardiorrespiratória... - respondo confusa.

-Você está louca? - a mulher grávida responde - só houveram boatos de sua morte, não dela definitiva!

A olho confusa.

- Vamos conversar. - Michael pega em meu braço e me leva para fora do hospital... ou tenta, pois desmaio.

Meia-Noite em Neverland 《hiatus》Onde histórias criam vida. Descubra agora