AS MORTES

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   A primeira vez que matei eu tinha 7 anos. Sim, apenas 7 anos. Logo 7 se lembram? O meu elemento. 7.

  Eu estava tomando café na mansão dos Black, na minha mansão. Minha mãe estava conversando alguma coisa com o meu pai. Sobre um viajem. Eu a olhava atentamente, aprendi à ama-la. À o meu pai também. Mas ela era diferente enquanto meu pai me treinava pra matar (o que eu só havia feito até agora com animais), ela me ensinava a amar. Eu ainda estava pensando nisso quando ouvi um estrondo, e a porta da frente foi arrombada. Minha mãe segurou minha mão e nos três corremos para os andares superiores, a casa era enorme, e tinha vários cômodos secretos. Nos fomos ao mais bem guardado e secreto deles. Ficava na biblioteca. Meu pai entrou correndo e foi em direção à uma prateleira que tinha um livro muito grande e dourado. Ele o puxou e uma pequena porta se abriu ao seu lado. Entramos correndo e a porta logo se fechou atrás de nós. Estávamos agora em uma ampla sala, com uma lareira e uma cama à um canto. Percebi que tinha um grande acervo de armas e facas. Uma prateleira cheia dessas coisas. Também reparei que tinha algumas objetos de tortura. Eu adorei.

  -Minha filha! -meu pai me chamou, ele estava muito bravo. Diferente da minha mãe que estava surpreendentemente calma. Ela estava olhando para as armas. -preste atenção!

  -Acalme - se Cedric! -minha mãe disse ríspidamente, o que me fez ter uma grande surpresa. Minha mãe nunca falará daquele modo antes.

  -Como pode ficar calma? -meu pai disse perguntando - lhe. Para logo depois se virar para mim e me abraçar -eles querem tirar milha filha de mim!

  Lágrimas rolaram pelo meu rosto.

-Óh papai! -eles disse o arrancando forte. Eu não sei porque mais sabia que esse seria o último Abraço que eu daria nele.

-Eu não vou deixar que te tirem de mim Belatriz! -ele disse me olhando nos olhos. -nós temos aproximadamente 2 horas, até eles nos encontrarem minha filha. Eu quero que você pegue 2 armas. E preste bastante atenção! Mate quem foi preciso!

  -Pode ter certeza que matarei papai! -eu disse porque era isso o que eu mais queria naquele momento. Matar quem estava aterrorizando os meus pais e me perseguindo.

Ele se afastou para escolher as minha armas.

-Minha filha! -minha mãe disse se aproximando. -nunca se esqueça do amor!

  Ela me abraçou.

  -E nunca se esqueça de nós!  -meu pai completou me trazendo duas pistolas. Colocou cada uma de um lado da minha cintura.

-Eu não esquecerei!

-Filha...

-Sim mãe?

-Eu sei quem é...

  Mas ela nunca conseguiu completar a frase porque naquele momento nós ouvimos passos atrás da porta.

-Quando eles saírem, nós vamos abrir a porta e ir atrás deles. E você minha filha vai voar pra longe daqui assim que eu dizer agora. Tudo bem? -meu pai disse.

  Eu assenti.

   Meu pai foi andando devagar até a porta. Parou nela, entregou uma arma para minha mãe e pegou em sua mão.                 Ele abriu a porta devagar, e minha mãe olhou para mim e disse:

  -Adeus! -com lágrimas nos olhos ela saiu.

   Fui atrás deles com as minhas armas na mão. Meu pai saiu da biblioteca junto com a minha mãe e eu fiquei próxima da janela.
    Foi aí que eu ouvi os disparos. E depois um grito. Era da minha mãe.

-HANNA!!! -ouvi meu pai gritar. E depois...

Silêncio.

  Eu não aguentei. Corri até a porta e desci as escadas. Certamente seria morta. Mas não dá me importava. Os meus pais estavam mortos. Os únicos pais que algum dia eu tive. Estava chegando perto.
  Entrei correndo na sala. 13 homens de preto estavam parados olhando para o corpos dos meus pais. Minha pai tinha levado um tiro no coração e no ombro. E minha mãe... Minha mãe tinha levado um tido na testa!! Na testa!
  Minha raiva explodiu.  Minhas asas se abriram lentamente, enquanto cada um dos homens olhavam na minha direção com cara de assombro.

  -VOCÊS VÃO PAGAR CARO!!!! -eu gritei.

  Eles dispararam. Pensei que ia morrer, mas... Não. Comecei a andar. As balas não me acertavam, elas sumiam quando chegavam a centímetros do meu corpo. Lentamente fui andando.

Facas voaram para todos os lados. Espera! Não eram facas! Eram as pontas das minhas asas de metal.     Cada um dos homens foi atingido no coração e na testa pelas lâminas.

-ASSIM COMO OS MEU PAIS GRITEI!

E chorei. Todos tombaram. Uma tempestade começou lá fora. A sala era enorme, mas minhas asas não cabiam nela. Peguei o corpo dos meus pais, dei um beijo em cada um. E voei.
   Com o corpo de cada um em uma mão. Voei como nunca antes. Com cheiro de sangue, e desejo de morte e destruição.

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    Enterrei os meus pais em uma montanha. Em baixo; uma floresta, dos lados; as nuvens.

-Adeus! -eu disse levantando vôo...
 

O DIÁRIO DE UMA BARONESAOnde histórias criam vida. Descubra agora