Capitulo 4

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            Voltamos para casa e deitei. Deitei e dormi. Não vi Keaton indo embora, nem ele tirando meus sapatos, como ele disse que fez antes de sair, e muito menos ele me cobrindo e me dando um simples beijo na testa. Eu liguei pra ele depois que acordei e ele me contou tudo. Disse que não conseguiu nem me dar tchau, porque eu capotei e o deixei conversando sozinho. Pedi desculpas e ele disse que estava tudo bem.

                                                           ...

            Hoje é o dia da segunda sessão de quimioterapia. Já se passou uma semana desde a primeira.

            Eu estava no meu quarto, me arrumando para sair quando mamãe entrou.

            - Filha, temos um problema! – ela disse e eu me virei pra ela. – Nem eu, nem seu pai poderemos levar você para a clínica.

            - Por quê?

            - Surgiu um problema na empresa e é muito grave. Precisamos ir ate lá ou perderemos nosso maior cliente. – ela disse preocupada.

            - E a Laila?

            - Ta com dor de garganta e não consegue se levantar da cama...

            - Vou ligar pro Keaton. Ele me leva... Bem, espero que sim.

            - Tudo bem! Me avise quando falar com ele.

            Ela saiu do meu quarto e sentei na cama para ligar para Keaton. Quando ele atendeu, estava com voz de sono.

            - Te acordei? – perguntei rápido.

            - Sim! Mas não tem problema, já passou da hora de levantar. – ele disse sonolento.

            - Desculpa, mas é que preciso de um favor.

            - O que quer de mim?

            - Ninguém vai poder me levar para a sessão de quimio então pensei que meu melhor amigo poderia me acompanhar... – disse receosa.

            - Chego ai em meia hora.

            - Obrigada! – eu disse aliviada. – Você não existe, muito obrigada mesmo, te amo. Beijo, até já!

            Desliguei e avisei para meus pais que Keaton me levaria. Depois fui até a cozinha fazer um sanduíche e um suco pra ele, porque se bem conheço a peça, ele vai sair de casa sem comer nada por medo de me deixar esperando. Depois de prontos, esperei uns 10 minutos e escutei a buzina do carro de Keaton. Peguei minha bolsa e o café da manhã dele e sai de casa.

            Entrei no carro e ele logo respirou fundo para absorver todo o aroma que vinha do sanduíche que eu carregava.

            - Huuuum, bacon! Ovos, queijo... TOMATE! – ele disse com os olhos fechados como se buscasse cada detalhe do que tinha naquele pacote.

            - É todo seu! – estiquei o braço lhe entregando o sanduíche.

            - É SERIO?! – ele perguntou com os olhos arregalados e um sorriso enorme no rosto.

            - Eu sabia que você ia acabar não tomando café então fiz pra você! – sorri.

            - Você é um anjo! – ele me abraçou, mas rapidamente me soltou e pegou a sacola.

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