A grande festa

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Eu estava de frente para meu guarda-roupas a no mínimo uma hora , faltam apenas uma hora para a festa e não consigo me decidir em qual roupa usar, a  ultima festa que eu havia ido era a do aniversario de 11 anos do meu primo ainda sim porque meu pai havia me obrigado a ir.  No final optei por uma calça jeans esquine  clara com pequenos desgastes nas pernas uma blusa verde camuflada uma college   preta e um tênis preto cano alto, penteei meu cabelo para trás , e pela primeira vez em muito tempo me achei realmente bonito.  Daniel chegou logo ele vestia uma calça jeans escura, blusa vermelha em corte v e usava uma jaqueta de coro acompanhada de um vans cano alto preto com detalhes em bege . Logo que abri aporta e ele se certifica que estávamos sozinhos  ele sacou  de seus bolso dois zip-loques com maconha dentro
-Pronto para ter uma das melhores noites da sua vida???!!!- me perguntou ele com extrema empolgação
-Se estou pronto?? Eu já nasci pronto meu irmão –  respondi enquanto ele guardava as drogas , caminhamos ate  o lado de fora da minha casa onde logo pude ver que Daniel havia pegado o carro da mãe dele obviamente escondido .
Logo chegamos a festa , e de longe já podíamos ver muitos jovens extremamente bêbados , alguns ate mesmo em cima do telhado . Em unimos dissemos “essa vai ser a melhor noite de nossas vidas”. Entramos sem grandes problemas na festa e aquilo era a própria personificação do que eu imaginava do inferno, havia bartenders de sutiã , o som extremamente alto centenas de pessoas se pegando  drogas rolando sem ocultismo .
-Puta que pariu isso aqui é muito loucooo-gritou abafadamente pelo som Daniel- sem demorar muito fosse pelo nosso enorme baseado ou pela enorme situação de embriaguez logo adentramos em um grupo muito chapado onde dançamos ,bebemos, e curtimos como se não houvesse amanhã.  Sem blusa, bêbado, assim saiu em busca de um banheiro desculpado.
-Eiii você por aqui? Acho que alguém finalmente acertou o caminho da porta de casa- disse uma voz que já estava começando a se tornar bem familiar para mim. Virei-me e quase deixei o copo que estava na minha mão cair, Emma estava simplesmente magnifica em um simples shorts jeans que ressaltavam  suas pernas bem torneadas  uma regata preta também reparei que usava uma blusa xadrez na cintura, seus cabelos estavam presos e ela usava uma maquiagem que ressaltavam seus olhos .
- Oiii! Pois é resolvi  hoje dar uma volta com o Daniel, mas e você veio com Tonny?- perguntei assim que virei-me, apesar de sua beleza divina como sempre, pude perceber por seus olhos caídos e sombreado pelo oque parecia ser olheiras e pelo seu iminente e marcante cheiro de cachaça que Emma estava longe de seu estado normal.
-Aiii não me fala desse babaca, por favor, podemos só curtir a noite por favor?!-  disse Emma com explicita repudia ao assunto, assenti discretamente e fomos conversando amenidades até finalmente podermos usar o banheiro.
A festa estava lotada como esperado e como era minha primeira vez no local deixei com que Emma me conduzisse , para minha surpresa entramos em uma espécie de sótão onde pulamos uma janela e ficamos sentados num telhado, a vista era linda e por alguns segundos comtemplei aquela imagem, os carros , as ruas , as pontes e principalmente as estrelas deixavam de alguma forma tudo aquilo magico,  só sai daquele transe quando Emma deitou-se no meu colo e disse :
-É incrível não? Quem me mostrou esse lugar foi o idiota do Tonny, desde então eu venho aqui, venho e fico pensando, na minha vida, no meu futuro, no meu passado as vezes venho aqui para não pensar também sabe?- ela se virou de forma que seus olhos cruzassem com os meus, de tal forma ela m lembrava mais do que nunca um anjo, mais ao mesmo tempo me parecia um ser tão frágil, tão carente....de tal forma  ela me causava uma impressão de ..sei lá talvez perdida.- Sei que você deve achar que sou só mais uma metida, irresponsável que tudo no que pensa e quando vai ir no shopping comprar o próximo par de botas , mais eu não sou assim, eu nem sempre estive nessas condi...
-Você não precisa me contar nada da sua vida.. e eu nem penso essas coisas, para falara verdade eu te acho incrível.- disse cortando ela , não queria me aproveitar dela em tal situação .
-Eu sei que não preciso. Mais eu quero, preciso desabafar com alguém, então como eu dizia, eu nem sempre estivesse nesse patamar social, para falar a verdade faz pouquíssimo tempo que assumi esse posto, eu era apenas uma garota órfã , fui adotada pelos meus pais, então eu entendo vocês que me olham e veem apenas mais uma riquinha, não julgo você ate por que sei que minhas atitudes muitas vezes foi mesquinha – Enquanto ela falava eu lhe fazia cafunes, ao passo que ela foi desabafando percebi que ela  ia melhorando, em determinado momento ela já não conseguia falar mais nada pois havia sido tomada pelo choro, enquanto chorava eu só entendi pequenas palavras mais mesmo assim continuei atento ao seu desabafo.  Finalmente ela havia parado de chorar, agora tinha sua cabeça em meus ombros e um baseado  na boca, a cada tragada que ela dava eu fia um contraste diferente, era incrivelmente lindo o contraste urbano e “rebelde” dela com seus frágeis e tão suaves traços de seu lindo rosto.
Dentro do prédio Daniel já havia desistido de encontrar Davs, um garoto do 2° ano havia dito que havia visto ele com a Emma e ele sabia que nesse estagio “de paixonite”  Davs não perderia essa chance por nada. Porem não poderia negar que estava extremamente chateado por tal garota ter roubado tanto a atenção de seu melhor amigo que ele havia sido capaz de abandoná-lo em meio a estranhos, fora que este dia havia a muito tempo sido esperado pelos dois desde os seus dez anos de idade ambos sonhavam adentrar em uma festa tão badalada como aquela. Frustrado e extremamente chateado Daniel acendeu um baseado e saiu pelos fundos da festa tão esperada por eles. Ao olhar para o lado Davs viu que havia um pequeno gato ferido ao lado da lata de lixo, provavelmente filhote, logo se aproximou.
-Calma meu pequeno felino não temas, coitado deve estar sentindo tanta dor não e mesmo? Você também foi abandonado por cretinos?- enquanto falava ele apertava as patas machucadas do jovem gato fazendo com que ele urra-se de dor, abrasa de seu baseado caiu e Daniel por alguns momentos parou a tortura com o gato, delicadamente o pôs no chão , foi até  lata de lixo e fuçou , derrepente  como se ele houvesse achado um tesouro deu um grito de felicidade virou-se e caminhou ate o gato ainda caído no chão , em sua mão reluzia uma lata de gasolina com um pouco de resíduo ainda , ele derramou  todo o conteúdo no animal e jogou um fosforo acesso , imediatamente o gato urrou sentindo seus ralos pelos se incendiarem.
-Não tema meu lindo bichano estou lhe salvando de tal sofrimento logo você queimara e estará a salvo deste mundo cruel onde tantos monstros o machucaram. - Daniel virou-se e acendeu um cigarro e calmamente direcionou-se a rua indo sentido a sua casa.





Um anjo Um pisicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora