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2 anos antes
- Nath, você não pode simplesmente ir, e me deixar aqui! Por favor!- Peço. As lágrimas caem sem meu controle. 
- Você simplesmente se afastou de mim, e agora vai embora?
- Sunny, eu me afastei de você só por que... Não queria ter que te fazer sofrer, quando esse dia chegasse. Eu sei que isso não foi a melhor solução, eu sei que foi estranho, e que eu devo ter te deixado muito confusa, certo? Um dia te digo que gosto de você, no outro eu vou embora. Eu preciso ir. Talvez eu possa voltar algum dia. Mas, até lá, você vai me prometer que vai ficar bem. Que vai se esforçar pra ser feliz. Certo?- Ele diz, me abraçando. Ele me abraça novamente, me dá um beijo na testa e se vira. Ele olha pra mim mais uma vez, e vejo um lampejo de brilho em seus olhos. Lágrimas.
- E se puder, algum dia me perdoe por não te contar.- Ele diz e vai embora. Acompanho- o com o olhar, ele atravessa a rua e entra em um carro branco, que parte. Eu não sei nem para onde ele está indo. Não sei porque. Ele simplesmente foi arrancado da minha vida. Não acho que posso perdoa- lo. Será que ele morreria se me dissesse só: ei, eu vou embora, mas eu te amo, fica bem ok?
Me sento no banquinho dá praça, que está atrás de mim.

Agora

Ok, já faz dois anos, mas depois que o Nath foi embora... Parece que só foi tudo desabando na minha vida.
- Ah, senhorita Ellingston. Deixe-me assinar sua confirmação.- diz a diretora, pegando o papel da minha mão. Continuo imóvel. Não é possível.
- Sun?! - diz Nath, em voz baixa.
- Ah! Senhorita Ellingston, este é Nathan Asher. Ele vai ficar, provavelmente, na mesma turma que você. Senhor Asher, essa é Sunny.- Continuamos calados. Depois de um tempo ele olha para baixo.
- Diretora Fleming, já estou liberada?
- Anh, sim mas...
- Obrigada. Prometo que irei melhorar o meu comportamento. Até amanhã.- Me viro e saio. Não iria conseguir ficar ali nem por mais um minuto. As lágrimas começam a cair.
- Você está bem, menina?- pergunta o senhor que fica no portão.
- Sim.- digo.
•••••••••••••••☪
Vou até a praça. Eu normalmente venho aqui para andar de skate. Me sento no banquinho. Não tem ninguém na pista. Claro, está choviscando. A praça fica no caminho entre a escola e a minha casa, mas é bem mais perto de casa. Normalmente, eu volto para casa de ônibus, mas hoje eu não tenho pressa em voltar para casa.
•••••••☪
Chego em casa. Estranho, que cheiro de comida. Será que minha tia já chegou? Entro e minha mãe vem na minha direção. Espera, é sério? Minha mãe?!
- Filha! Você demorou...
- Mãe, a senhora está bem? 
- Bom, há muito tempo eu não me sinto bem, mas hoje estou melhor, sabe? Eu tenho 34 anos, uma filha de 16 que precisa de mim... Talvez, seja a hora de reagir.
- Mãe, que... Bom.- digo. As lágrimas já voltaram a cair, pra variar. Ao menos uma coisa boa. Abraço minha mãe.
- Sun, querida, essa roupa está encharcada! Vá tomar banho e se trocar. Assei umas pizzas que achei no congelador. Vamos precisar fazer compras.- Ela diz. Confesso que não estou acreditando. Subo para o meu quarto e ligo para minha tia.

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