Um - Como uma ida ao banheiro pode resolver questões existenciais

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Hallooo!

Tudo bom?

Bem vindos ao mundo de Lauren Jauregui!

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Qual é a origem do universo e por que existimos? Vamos levar em consideração de que talvez sejamos meros grãos de poeira em um globo vagando em círculos em torno de uma bola de luz em chamas, então me diga: qual é o sentido de nossa existência?

Em base de que podemos garantir estar certos sobre alguma coisa, afinal, vivemos em um ciclo sem fim, literalmente rodando em círculos enquanto os dias passam do mesmo jeito, contabilizados pela mesma medida de tempo, onde as horas se tornam dias, os dias se tornam meses, os meses se tornam anos e o nascimento se torna o crescimento, a velhice e a morte?

Podemos dizer que nossa existência se resume mera e insignificantemente em caminhar para a morte? Isso quer dizer que nosso destino está certo e traçado e não há como fugir dele?

De certa forma, sim, porém não.

Se for levar em conta que decerto nascemos, crescemos em uma mesma distribuição de fases existenciais, atingimos metas estabelecidas por algum tolo louco e então morremos, sim, não há como mudar o destino, ele é fixo e imutável.

No entanto, não se pode deixar de lado as particularidades do ser humano, nossa capacidade de raciocínio diferenciado - mesmo que alienado não importa por que meio - nossos sentimentos desenfreados e a capacidade humana de inventar métodos estranhos de vida, então o destino é uma massa de modelar que só depende da atenção ao qual dedicamos a ela.

Aliás, as coisas poderiam ter sido muito mais simples se um idiota não tivesse inventado metas de vida. Ou mesmo se o ser humano não fosse tão invejoso a ponto de transformar a caminhada de alguém na vida que o levou a uma situação cobiçada.

As pessoas simplesmente se esquecem daquilo chamado de particularidades.

Ah, como amo essa palavra! Ela soa tão bem em qualquer ritmo de pronunciamento que me fazia suspirar...

Bom, o ponto é que existe essa coisa que determina que somos diferentes uns dos outros e temos, obviamente, necessidades, prioridades, sentimentos e o que seja diferentes uns dos outros.

Isso também significa que a maldita contagem de tempo é completamente ridícula em vista de que nem sempre contemplam nossas reais necessidades.

Eu deveria ter o direito de transformar em um dia o tempo em que me dedico incansavelmente a leitura de um livro, sendo que aos olhos das regras impostas esse dia duraria, não sei, talvez 50 horas...

Vê bem o que quero dizer? Nada faz sentido!

A existência humana é uma piada.

-Lauren! - a voz de Dinah me fez dar um pequeno salto em meu lugar.

Qual era o sentido de acreditar que se tem permissão de retirar qualquer ser humano de suas reflexões?

Estar inundada em pensamentos é certamente algo tão íntimo que deveria receber maior respeito.

Ok, aí implica que poderia estar sufocando a necessidade pessoal do outro de se comunicar, ou o que seja, não me importo realmente.

Tenho o direito de não me importar, certo?

-Lauren! - Dinah me chamou novamente e meus olhos focaram em sua direção - eu estou falando com você, preste um pouco de atenção.

-Hm... - fiz enquanto ponderava, senti minha testa franzindo durante o momento em que recebia suas informações e olhava fixamente para seus lábios.

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