Dois - A maldita blusa rosa não cumpriu sua maldita parte do acordo

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Hallooo!

Eu estou tão feliz com a receptividade de vocês. Essa história é um bebê lindo...

Lauren é um amorzinho e o pesadelo cubano é maravilhosa não é?

Desculpem a demora, a Lauren é uma personagem complexa é preciso fazer jus a seus pensamentos.

Boa leitura, espero que gostem!

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Talvez eu seja um pouco cruel.

Não digo que eu faça algo com o propósito de ser cruel, mas não me importo em sê-lo se me parecer necessário e não me dou ao trabalho de impedir quando o percebo.

Assim... não sou nenhuma espécie de torturadora de animaizinhos e dou o máximo de mim para não machucar a escória da sociedade, vulgo crianças, mas minhas palavras e minhas feições... Já me disseram inúmeras vezes o quanto estas machucam.

Tudo começou com Keana, minha doce e adorável Keaks.

Sinto um suspiro me escapar quando sinto o celular vibrar abaixo de minha cabeça me forçando a sair de meus pensamentos para acordar por definitivo. Me dou ao luxo de permanecer no torpor por uns segundos a mais enquanto aprecio a passagem de minha mente da inconsciência para a consciência, onde o vazio vai se preenchendo de sons, cheiros e sentidos.

Ainda de olhos fechados, vejo meu cérebro ligando os sistemas que me fazem ser eu durante o dia, botão por botão, cada luzinha vermelha indicando o funcionamento pleno.

De repente tenho consciência de como está meu corpo e meus dedos dos pés se contraem me indicando que sim, está tudo ligado ao que estou pensando novamente. Estou deitada de barriga para cima, meu braço direito pesa sobre minha testa, a mão perdida entre meus cabelos espalhados no travesseiro, minha mão esquerda repousa em meu ventre, parte de meus dedos presos entre o tecido da calcinha e minha pele, meu polegar livre se mexe quando tomo consciência de sua posição.

Meus mamilos se dão conta de minha nudez e entumecem, minha pele se arrepia, um espasmo percorre minha perna direita quando a percebo esticada, a esquerda está dobrada, mantendo a planta do pé encostada na parte interna de minha coxa. Sou obrigada a me mexer como gente quando minha boca se enche e preciso fechá-la para engolir a saliva, nisso, meu rosto percebe que estou em funcionamento e meus olhos piscam fechados.

O celular volta a vibrar e agora sei que não tenho escapatória senão levantar.

Apalpo o colchão abaixo do travesseiro até alcançar o aparelho e a luz fraca machuca meus olhos quando o levo a altura do rosto para desligar e confirmar as horas, que na verdade sequer vejo pela pressa em tirar o mais rápido possível da frente de meus olhos essa coisa que me deixa cega, apenas sei que estou no horário de sempre, então me levanto e me arrasto para o banheiro.

É aí que me lembro dela, Camila, e seus grandes olhos castanhos quase fechados enquanto gargalhava ao olhar meu rosto vermelho quando Dinah perguntou como foi nossa "transa" quando voltamos para onde ela e Normani estavam. Ela não me deixou negar, confirmar ou passar algum constrangimento diferente, apenas mordeu o lábio e disse que havia sido a melhor ida ao banheiro que já havia feito e as duas se deram por satisfeitas.

Ela me poupou de agir como eu sempre ajo.

Em frente a pia, ergo os olhos para meu reflexo e me encaro porque consigo ver tudo ali, aquela maldadezinha azeda guardada no canto dos olhos e da boca que multiplicava diante de qualquer oportunidade como uma erva daninha ou uma barca furada encontrando uma tempestade.

Eu teria respondido um "Vá se foder" de muito bom grado a Dinah ou dito alguma besteira realmente ofensiva.

Não me importo. Dinah me enganou e por melhor que tenha sido meu momento com Camila, ela não deveria ter feito isso.

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