• Um •

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— Sente-se ali, jovem. – O professor apontou para a carteira bem à frente dela, e sua voz à despertou de sua distração, fazendo com que Park – quase que automaticamente – desviasse o olhar para onde ele apontava.

Seus chamativos fios vermelhos cintilavam à luz fraca do sol que invadia sem permissão pelas janelas, sua pele era bronzeada, diferente do padrão, que eram patrocinadas por alguma marca de farinhas de trigo – na opinião de Chaewon.

Sua boca era tão vermelha e convidativa, que ela quase deixou o pingo de senso que tinha de lado e o perguntou que batom ele usava e onde havia comprado.

Em sua orelha esquerda havia uma argola prateada, e nela um delicado pingente de cruz, que – se é que fosse possível – o deixava mais atraente ainda.

Ele então se direcionou para o lugar que lhe foi designado, sentando-se à frente da nossa protagonista.

Foi possível para ela, sentir o odor cítrico, porém igualmente doce, com um aroma artificial de maçã, do perfume alheio.

Quando aquele cheiro invadiu suas narinas, ela inalou tão fundo, que sua mente pareceu apagar por alguns instantes, ela não sentiu apenas o cheiro, havia algo familiar ali.

Ela deixou então de lado sua recente admiração pelo aluno novo e pós-se a prestar atenção na materia que o professor passava no quadro.

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— Nós vimos você encarando o novato! Novo crush? – A voz de Jungkook preencheu seus ouvidos e automaticamente ela rolou os olhos.

Jeon tinha um sorriso ladino nos lábios, enquando Lauren e Yang o acompanhavam, igualmente curiosas.

— Não viaja, coelho estúpido, nem inventa. – Disse com o humor habitual, continuando a caminhada de volta para casa.

O período já tinha acabado, e estavam os quatro jovens voltando para casa, já que o ônibus apenas os levava para a escola.

Chaewon, então, avistou de longe uma cabeleira vermelha caminhando solitária a frente dela e de seus amigos.

— Gente, eu vou chamar o Taehyung para ir com a gente, tá? – Ela parou na frente do grupo, forçando-os à parar também e segurando forte nas alças de sua mochila.

Eles imediatamente abriram um sorriso malicioso e ela revirou os olhos.

— Tá bom, vai lá, o bravo tem nome! – Anne soltou e riu, seguida de Adaichi e Jeon, causando um bufo em Park.

— Olha... – Ela estava pronta para xinga-los de todos os nomes possíveis, mas apenas parou e suspirou, contando até dez mentalmente.

Deu as costas à eles e desceu a rua correndo, o mais rápido que suas pernas lhe permitiam.

— Hey... Taehyung, não é? – Ela disse, assustando o garoto, que pulou levemente para o lado, com os olhos arregalados. — Ops, desculpe, te assustei? – Ela sorriu de nervoso e aumentou o aperto das mãos nas pobres alças da mochila.

Kim assentiu e abaixou a cabeça, tornando à andar normalmente.

— Eh... Invasiva demais, né? Saquei. Acho que tô atrapalhando, melhor eu ir né? – Disse atrapalhada e riu de nervoso, nunca soube lidar com pessoas.

Taehyung finalmente ergueu a cabeça e encarou a garota, seus All Stars velhos, os jeans rasgados, que mostravam um pouco das coxas fartas e uma camiseta grande – e provavelmente masculina – demais para o seu corpo.

The boy from the street 46° - TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora