— Park Chaewon e Kim Taehyung, DIRETORIA. AGORA!
Não sei bem como isso foi terminar assim... Brincadeirinha, eu sei sim.
Tudo começou, quando eu fui cruelmente despertada do meu profundo e sagrado sono.
Meia hora antes.
Taehyung se aproximou da garota adormecida, e, sem hesitar levou as mãos às costelas alheias, pressionando-as e fazendo com que a vítima acordasse de imediato.
— Q-QUE DIABOS?! TAEHYUNG? – Seus olhos estavam arregalados, seu rosto estava em um tom engraçado de vermelho e sua voz estava falha, consequência das gargalhadas e por não conseguir respirar de forma adequada.
Kim não sabia o que fazer, se cessava as cócegas, e deixava a garota respirar, ou se admirava o som das gargalhadas gostosas que saiam de sua boca e seu belo sorriso, que não duraria muito tempo.
Ele então parou, levou as mãos aos bolsos e apenas encarou a garota – que se recuperava, ofegante – com um sorriso leve nos lábios, ainda encantado pelo seu belo sorriso e sua risada contagiante.
Quando – poucos instantes depois – a respiração da Park se normalizou, ela elevou o olhar para Taehyung, fazendo o mínimo sorriso que o garoto tinha, morrer por completo.
Se levantou lentamente da cadeira onde estava sentada, seu olho esquerdo tremelicava em uma espécie de tique nervoso, e suas narinas estavam dilatadas, o que sempre acontecia quando irritava-se.
Num ímpeto raivoso e impensado, lançou-se contra o garoto, que sem escapatória, caiu para trás, junto a ela.
Ela estava sentada em sua cintura, com uma perna de cada lado de seu corpo, e as mãos faziam uma forte pressão nos pulsos de Taehyung, prendendo-os contra o chão.
Kim tentou se soltar, debatendo-se, mas as coxas alheias se estreitaram ao redor de suas pernas estiradas no chão, e o aperto nos pulsos aumentou.
Ele ficou ainda mais apreensivo quando notou ela inclinar-se para frente, aproximando ainda mais os rostos.
Quando suas testas estavam parcialmente coladas, ele sentiu a respiração quente sobre seu rosto, mirou nos olhos enfurecidos, e não enxergou humanidade alguma ali.
Era como uma besta, uma fera isenta de qualquer auto-controle.
Ela se parece tanto com ele...
O suspiro baixo do ser que estava sob de si, a fez voltar a lucidez.
Piscou repetidamente e sentiu a cabeça doer.
Quando sua visão focou em Taehyung, seus olhos se arregalaram, era como se num minuto estivesse ajeitando-se em sua cadeira para tirar um cochilo, e no outro estava ali, sentada no quadril do novo – ela esperava que ainda fosse – amigo, prestes a fazer algo do qual se arrependeria.
Mas algo que lhe chamou atenção, mais do que a situação em que se encontrava, foi o brilho estranho no olhar que o Kim lhe lançava.
Foi tirada de seus pensamentos, quando sentiu braços passarem por de baixo dos seus, puxando-lhe para trás com força, nem dando tempo de protestar.
Outro ato impensado veio.
O nariz do capitão do time de futebol sangrava, e um pequeno aglomerado se formou em volta do dito cujo.
Sentia um pequeno incômodo na nuca, consequência da cabeçada que deu naquele que lhe agarrou por trás.
Esfregou um pouco o local, e mirou os olhos no chão, não conseguiria eleva-los a ninguém.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The boy from the street 46° - Taehyung
LobisomemSol e lua, água e fogo, quente e frio, preto e branco... É dito que, o quê é oposto tende a se atrair. O que acontece? Eclipse? Algo morno? O cinza? A mistura torna-se algo homogênio, ou permanece heterogênea? A brisa gélida, carrega novamente as q...