New Chances - SaiDa. 1ª temporada

31.

POV DAHYUN

O café da manhã era um tremendo falatório como sempre. Era impossível fazer minha família calar a boca.

Sana estava sentada de frente a mim e meu irmão estava do seu lado falando provavelmente alguma besteira pq ela não parava de rir. Admito que fiquei um pouco incomodada.

- Você quer mais, querida? - minha mãe chegou perto de Sana

- Ela quer sim mãe, ela estava me dizendo que está tudo muito bom e queria repetir - falei antes que Sana pudesse falar algo

- Ah minha querida, não ter vergonha não, é só atacar - minha mãe falou. Sana me lançava um olhar mortal, enquanto minha mãe despejava mais waffles sobre seu prato, eu ria

- Para de ser insuportável com a Sana - Myungsoo falou

- Olha só quem fala, nunca me deu paz quando eu morava aqui - arqueei a sobrancelha

- Desse jeito não vai conseguir namorar com ela, idiota - meu irmão falou e Sana começou a tossir se engasgando com algo

- Acho que foi uma boa escolha não namorar com minha neta, ela tem cara de ser muito mulherenga - meu avô que estava ao meu lado entrou no assunto

- É sério? Até você, vovô? - virei pra ele e depois pra Sana, a cara dela estava vermelha

- A gente lembra muito bem da minha filha Somi com você - minha tia também começou a falar

- Acho melhor a gente trocar de assunto, antes que vocês acabem com minhas chances que nem sei se existem mais - coloquei a mão no rosto e todos que participaram desse complô começaram a rir

[...]

O almoço foi praticamente um segundo round contra mim. Se isso não é amor entre família eu não sei o que é.

- Levanta e ajuda aqui? - Myungsoo levava madeiras pra perto da fogueira que meu pai e meu vô tentavam acender

Era normal esse tipo de reunião em família quando estava todo mundo presente na casa.

- Vai ajudar seu irmão - Sana que tinha ido tomar um banho sentou do meu lado. Ela estava com os cabelos molhados

- Sim, eu vou - segurei o rosto dela e dei um beijo em sua bochecha - Já falei que você é muito cheirosa? - ainda segurava seu rosto e a olhava nos olhos

- Já disse algumas vezes, agora vai - Sana tirou minha mão do seu rosto e me empurrou pra levantar

- Ok - disse sem vontade e fui ajudar

Já a noite depois da fogueira ser acesa começamos a cantar algumas músicas que meu pai adorava. Ele e meu avô tocavam violão, meu irmão tocava cajon e o restante acompanhava cantando.

Quando meu pai ficou doente o clima da casa era totalmente diferente disso. Não havia reuniões, todo mundo almoçava cada um no seu horário e minha mãe vivia chorando pela casa... Meu pai sempre me deu força pra qualquer coisa na vida, eu realmente não sei o que seria de nós se ele tivesse partido.

- Sana, pode trazer seus pais ou qualquer um dos seus parentes se quiser da próxima vez que vier - uma das minhas tias que distribuia a comida disse quando parou na frente dela

- Sim, claro... - a expressão de Sana mudou completamente

- Tudo bem? - toquei sua perna assim que minha tia saiu de perto

Ela assentiu - Eu só preciso... - levantou e pegou uma bebida alcoólica - ... Disso - despejou em seu copo e deu um gole rápido, em seguida fez uma careta