New Chances - SaiDa. 1ª temporada

67.

POV DAHYUN

Fiquei esperando Sana por um bom tempo desde que ela avisou que viria pra minha casa cuidar de mim, mas se passaram uma, duas, três horas e ela não apareceu. Dei alguns toques no celular dela mas só caía na caixa postal depois de chamar mais de vinte vezes.

Eu iria pra casa dela averiguar se tudo estava bem, eu iria se a minha gripe não estivesse atrapalhando. Minha febre estava alta, meu corpo tremia todo, com certeza eu estava piorando, então por causa disso peguei no sono.

Tenho quase certeza que era madrugada quando escuto barulhos na parte da frente da minha casa. Eu lentamente abri os olhos quando a campainha foi tocada, fiquei alguns segundos esperando se tocavam novamente porque eu não queria levantar, eu não conseguia devido a dor no corpo. Foi então que escutei meu nome ser chamado, e não chamado de uma forma qualquer, mas em tom de desespero. Meu corpo todo despertou quando eu percebi de quem era a voz, era a voz de Sana.

Saí da cama sem me importar se descalça, o clima estava frio depois da chuva de longos dois dias, e podia jurar que ainda chuviscava, entretanto não me importei, eu só queria ver seu rosto, eu só queria ver minha namorada. No momento que abri a porta me deparei com ela agachada de frente a mim, que quando escutou o barulho levantou o rosto em minha direção. Sua expressão era de desespero, de cansaço e de dor. Eu me quebrei por inteira ao ver aquilo.

Sana se levantou desequilibrando e me abraçou de maneira forte, quando segurei seu corpo senti que ele tremia e que obviamente ela chorava.

- Amor, o que aconteceu? - perguntei preocupada

- Dahyun me ajuda! - disse em meio ao choro

- Me fala o que aconteceu que eu ajudo

Mas ela nada falou, continuou chorando.

- Eu te dou um pouco de água, vem - puxei seu braço e entramos em casa

Deixei que ela se acalmasse de alguma forma por uns vinte minutos, a levei pro meu quarto, então voltei com o questionamento:

- Sana, o que aconteceu? São quase três da manhã, você está chorando e aparentemente suada

- Eu corri - fungou

- Correu? De quê?

- De mim mesma, mas eu não consegui

- Explica direito, por favor - segurei suas mãos - É uma crise?

- Não sei - suspirou - É muita coisa de uma vez só

- Ok, mas explica. O que exatamente aconteceu? - implorei pausadamente pela milésima vez

- Meu pai desmaiou lá em casa, então levei ele pro hospital e agora ele está fazendo uma cirurgia pra tirar o tumor, por isso não pude vir cuidar de você

- E onde é o tumor?

- Aparentemente é na cabeça

- Ai, sinto muito ter chamado ele de acéfalo aquele dia - cocei a nuca

- Não tem problema, nós duas sabemos que ele te fez muito mal - suspirou

- Então por isso está assim? Espera... Você veio correndo do hospital até aqui?

Ela assentiu em resposta e eu fiquei desesperada.

- Sana, Isso é preocupante! você poderia ter tido uma parada cardiorrespiratória! - me levantei irritada - Estava tentando se matar?!

- Não... - pude jurar que houve hesitação em sua fala

- Então o que estava tentando fazer?!