Capítulo 12: Notícias

99 7 0
                                    

Haku via as árvores aparecer e desaparecer numa questão de segundos. Os comboios que interligavam toda a Nação da Terra com a Cidade da República eram assombrosamente rápidos.

Midori parecia relaxada, dormia docemente descansada no seu assento. Haku a olhava com uma certa inveja. Ele não tinha podido conciliar um sono tranquilo desde que fugiu de Zaofu.

Era incrível como mudavam as coisas de um momento para o outro.

Tentou relaxar, mas muitas coisas assombravam a sua mente. Não sabia para onde ia. Acompanhava Midori, mas não sabia muito bem para onde ia ela, só que estava à procura de Jonard.

Não tenho um plano, não tenho a certeza do que vou fazer. Perdi os meus poderes por não cumprir com as minhas responsabilidades. De que me serve voltar a casa? O meu melhor amigo foi embora. Começo a perguntar-me que classe de idiota eu sou. Vale a pena? Quis fugir das minhas responsabilidades. Ironicamente, já não tenho nenhuma. Assim como também não tenho um lugar para onde ir. Por acaso são as nossas responsabilidades e obrigações as que marcam o que somos e o caminho que devemos tomar? Não, não deveria de ser assim, mas ... Então, por que ao tentar ser livre acabei ficando perdido? Penso que me perdi em minha própria liberdade.

Perdi o meu rumo.

-Tens a certeza disto? – perguntou-lhe novamente Jacomo apesar da atitude firme de Kokomi.

-Completamente. – respondeu-lhe ela sem hesitar – Vou dar-lhes um alerta.

-Kokomi, estou de acordo nesse sentido. Também não me agrada o que fazem, mas ... não achas que só estás chateada com Amy e Ryu e o único que procuras é uma forma de retaliar?

Ela não olhou fixamente, com o semblante sério, sem mostrar nada mais que não fosse seriedade tratando de refletir toda a sua ira.

-Claro que não pode ser que só te guies pelas tuas emoções. – disse Jacomo retraindo das suas palavras anteriores.

Ambos caminhavam com pressa pelas ruas da Cidade da República, tinham chegado nessa mesma manhã depois de ter usado o sistema de comboios. Jacomo tinha insistido em que talvez Kokomi deveria ir primeiro a casa, mas ela se mostrou receosa em falar com o seu pai. Assim foi como ambos se puseram a andar pela avenida principal da cidade para chegar a uma das zonas mais importantes.

Jacomo estava fascinado, tinha vivido na Cidade da República durante alguns meses, mas a sua atividade se limitava só aos setores mais pobres da cidade, tudo parecia-lhe novo. Sentia que podia perder-se facilmente.

Kokomi era totalmente o oposto, movia-se facilmente pela cidade.

Chegaram a um edifício numa das margens da ilha. Um edifício alto, com quatro ou cinco andares de altura, talvez. Estava pintado de um tom acinzentado. Tinha quatro pilares no jardim da entrada, cada pilar tinha finamente talhado um símbolo dos quatro elementos. Além disso, uma linda pedra que decorava a ponta.

Jacomo ficou hipnotizado olhando para o pilar com o emblema do ar. Os três círculos em espiral finamente talhados. Sobre o pilar tinha uma ponta triangular de uma pedra preciosa delicadamente talhada, o seu tom branco era puro.

Ao entrar no edifício, tudo estava numa aparente calma. Não tinha pessoas nos corredores. Uns passos mais à frente estava um guarda de segurança que se aproximava rapidamente.

-Senhorita Kokomi? É a senhora?

-Para o lado. – disse ela movendo-o com o seu braço – Tenho uns assuntos a tratar com o meu pai.

-Está numa junta.

-Perfeito. – disse ela sorrindo – Então está no escritório dele.

-Onde se tinha metido?

Avatar: A Lenda de Haku (Traduzido e Adaptado)Onde histórias criam vida. Descubra agora