Capítulo VIII

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-Isabel- aquela voz rouca pronunciando meu nome arrepia os pelos do meu braço, ele analisa meu corpo sem qualquer pudor, encarando minha boca como se deseja-se mais que palavras.

-O que você faz aqui? -tento recuperar a compostura e formar alguns pensamentos lógicos.

-Estava entendiado no meu quarto e vim aqui pra te conhecer melhor- Alberto fala como se fosse a coisa mais simples do mundo.

-Você não tem noção do problema que pode nos colocar, não podemos ter qualquer contato, somos vigiados e o Marcelo deixou bem claro isso agora pouco.- olho para a câmera e perco alguns segundos tentando analisar se estamos sendo observados.

-Isabel -Alberto chama a minha atenção. -Como pretende encarar um programa, se te falta ousadia e coragem?-meu rosto ferve de raiva, como ele ousa.

-Coragem? você não imagina o quanto esse programa vai fazer diferença na minha vida, não posso por tudo a perder por quebrar uma  regra tão simples.- tento fechar a porta, porém ele coloca o pé na porta e entra como se tivesse sido convidado.

- Não precisa ter medo eu não mordo. Pelo menos não ainda

- Não é questão de medo Alberto, não quero ser prejudicada. Ele fecha a porta e entra, sem qualquer pudor.

-Isabel- fala meu nome saboreando cada letra- Pode ficar tranquila eu entrei aqui através de um ponto cego. - consigo respirar aliviada depois dessa informação, porém a desconfiança não me deixa relaxar.

-O que você quer comigo?-  Ele me olha demoradamente e se aproxima, posso sentir o calor do seu corpo junto ao meu.

- Eu quero tudo, porém nesse momento isso já basta.- sem qualquer aviso senti sua boca exigente um leve sabor de menta, exigente, bruto e forte, pedindo passagem, sua língua saboreando minha boca, tentando desvendar tudo, suas mãos escorregaram ao lado de meu corpo e sem nenhum pudor me puxou em direção ao seu corpo que queimava de desejo e diante disse me despertei desse desvaneio e com toda a minha determinação que no momento era quase nada, dei um empurrão.

- Ficou louco, como ousa me beijar assim.

- Na verdade Isabel seria louco se não te beijasse. Apenas matei a minha vontade. Estava louco pra provar o seu gosto,

-Sai agora do meu quarto agora- tremendo de raiva pela traição do meu corpo.

- Está com medo de não resistir.

Alberto parece adivinhar os meus pensamentos, não consigo entender porque ele está mexendo tanto assim comigo, desperto dos meus pensamentos.

- Por favor saia preciso descansar.

-Claro Isabel, eu vou, mas volto logo.- ao terminar de falar, me encara com aqueles olhos azuis e naturalmente um frio se instala na minha  barriga. 

Ao sair do meu quarto  fico completamente abalada, passo os dedos pela minha boca, e ainda consigo sentir o gosto adocicado  forte de alguma bebida que não sei identificar. No banheiro olho meu reflexo e vejo o quanto o beijo deixou rastro como no vermelho na minha boca e até mesma na ardência no meu rosto. Entro no banho tentando lavar esses pensamentos, a única coisa que sei é que sera uma longa noite.



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O CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora